Bem... Não importava, eu sabia que ele voltaria, ele precisava de mim tanto quanto eu dele. E provavelmente ele voltaria pra casa, para cuidar do casal.
Tive que ir embora sozinha, já que os dois foram embora, puro sentimentalismo, isso acaba com as pessoas... Foi até bom. Eu me sentia melhor sem os dois e seus confrontos.
Quando cheguei, senti algo estranho, uma presença e parecia ser de uma mulher.
- Você demorou...
Me virei, e Karine veio pra cima de mim... Uau, por essa eu não esperava! Consegui desviar dela, mas ela era forte, se me acertasse, fraca como estou, cairia fácil.
- Vamos acertar as contas irmã!
Fugir dela era solução por enquanto, mas não era uma tarefa muito fácil. Ela me puxou pelos cabelos e me jogou no sofá, estava com algum objeto na mão, mas não consegui ver o que era.
Eu me sentia mal, estava perdida. Sozinha com ela, isso era péssimo, eu não conseguia nem me mexer direito. Uma luta nada justa!
- Precisa de uma mão? - disse Ralf, tirando ela de cima de mim, e a jogando contra a janela.
Ele estava o tempo todo comigo... Eu sabia que ele não me deixaria! Olhei para o rosto dela, estava diferente... A expressão tinha mudado, não era a mesma que se mostrava na frente dos outros. Parece que ela é meio... Duas caras.
- Melhor você não se intrometer... Isso não é assunto pra você!
- Eu não vou a lugar algum, vamos brincar garota, isso pode ser interessante.
Ela foi pra cima dele, como se fosse um animal. O que não deixava de ser verdade... Mas Ralf era forte, e não pegava leve com ela.
Eu sabia que tinha que fazer algo, então resolvi sair dali, precisava achar uma solução, e Ralf compreendeu isso rápido.
Comecei a correr enquanto ele segurava ela, quando sai de lá, olhei pra casa de novo. E minha irmã estava mudada, não era mais ela... Era um demônio. Agora sim preciso correr.
Peguei impulso e corri o máximo que podia, estava a noite e a mata estava fechada demais... Mas ela conseguiu me seguir, enquanto ela corria atrás de mim, Ralf corria atrás dela... Suas presas estavam pra fora, mais grandes e afiadas, seus olhos em um tom avermelhado, e conseguia correr atrás dela sem se cansar.
Eu precisava sair de lá, se eu continuasse... Ela me mataria.. Sem suar! Meus esforços eram grandes demais... Eu estava fraca, de repente, minha visão ficou embasada, eu não conseguia ver direito... Quando me dei conta, estava no chão, tropecei em algo.
Vi ela vindo em minha direção... Eu não podia fazer mais nada.. Estava acabado, fechei os olhos. Eu podia escutar seus passos na terra fofa, e meu coração disparado.
E meu subconsciente falava: " Acabou, Lia..."
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Meu Subconsciente
Mystery / ThrillerTodos nós, somos algo no subconsciente. Algo fora do normal, somos todos seres sobrenaturais.