A fuga

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- Ah, isso seria ótimo. Mas espero que não esteja fazendo isso para proteger ela! - disse Henry

- Não, realmente fui eu, quem matou aquelas pessoas.

- Ralf... - fiquei olhando pra ele, eu sabia que ele não tinha matado ninguém, só estava me protegendo, como sempre.

- Fique tranquila, Lia.

- Pois bem, venha comigo então. - disse Henry, olhando pra Ralf

- Ok.

Ele ia com Henry, mas antes veio pra perto de mim, me olhou no fundo dos olhos e me beijou. Eu não esperava, mas assumo que gostei daquilo.

A raiva de Henry aumentou com aquela cena, mas eu nem me importava. A única coisa que eu conseguia pensar, era que tinha que fazer alguma coisa pra ajudar Ralf. Ele foi seguindo Henry, e eu fui vendo os dois desaparecerem na floresta.

Entrei em casa, andei de um lado pro outro, tentando pensar em uma solução, mas nada parecia bom naquele momento. Resolvi ir ver ele.

Foi irritante chegar lá, e ver Ralf preso. Ele estava mais pálido que o normal, estava com fome. Eu nunca tinha o visto com fome, mas nunca presenciei ele se alimentando de alguma coisa... Ou alguém.

Consegui fazer com que deixassem a gente conversar. Na verdade não falamos quase nada. Eu pensei em tudo, no nosso plano de fuga, e como ele pode ler meus pensamentos, ele pôde entender tudo muito bem. Sem ninguém suspeitar de nada.

Quando caiu a noite, eu esperava por ele na esquina da delegacia, apesar de estar a poucas horas preso. Ele estava morrendo de fome, ele me disse isso, e eu notei também... Seus olhos estavam fundos e escuros, sua pele mais branca, e ele permanecia quieto demais pra alguém com problemas de autocontrole.

Depois de vinte minutos esperando, ouvi um barulho na delegacia, era ele.

Ele conseguiu fazer o guarda abrir a jaula... Ops.. Cela. Ele empurrou o guarda no chão, e conseguiu quebrar as algemas, pegou a chave e o trancou lá dentro.

Não demorou muito pra ele vim me encontrar, mas estava tudo muito calmo... Saimos correndo. A gente ia pegar o último trem da noite, e ir pra algum lugar pela manhã... Iamos sumir, literalmente.

- Onde vocês vão? - disse Henry, e sua admirável esposa apontando a arma pra gente.

- Por que você não finge que não viu nada, e deixa a gente passar? - falou Ralf, que finalmente, estava perdendo a calma... Culpa da fome, isso não era bom.

Meu SubconscienteOnde histórias criam vida. Descubra agora