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(não sei, mas acho que +18)

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(não sei, mas acho que +18)

Ela gostaria de poder congelar o tempo por algumas horas apenas e ficar nesse exato momento até que se cansasse, ela com a perna em cima da dele enquanto sua mão acariciava o joelho dela e sua cabeça se apoiava em seus braços fortes. A lua cheia brilhando em seu ápice a cima deles, a suave brisa acariciando seus cabelos e o perfume dele a envolvendo, o barulho dos brinquedos parecem se tornar plano de fundo, a cadeira para com eles no topo, ela retira os olhos do céu e os vira para Azriel, eles não dizem nada, apenas absorvem a intensidade entre si.

- Posso fazer uma pergunta? – ela diz abaixo depois de certo tempo.

- Acabou de fazer – pontua sorrindo e retira as mãos do joelho dela para colocar uma mexa atrás da orelha.

- Além dessa – ela pisca vagarosamente.

- Você sempre pode perguntar qualquer coisa – a mão volta para a coxa e aperta.

- Se você tivesse a casa perfeita – ela começa animada – quais as quatro coisas que não poderia faltar nela?

- Bom – diz depois de um tempo e seu sorriso aumenta – área de luta ao ar livre – ele para e pensa – uma sacada bem grande nos fundos, onde dá pra ver o sol nascer – pausa – uma cozinha espaçosa e – mais uma pausa – um piano na sala.

- Parece uma casa grande – reflete.

- E você? Quatro coisas da sua casa perfeita.

- Uma pequena biblioteca, obviamente, com um sofá confortável, almofadas, um puff bem grande que eu possa quase deitar – ela responde imediatamente e a roda gigante volta a girar – uma banheira bem grande no banheiro do quarto, uma área de luta – dirige um sorriso para ele – uma geladeira de duas portas – finaliza e o tempo acaba, Azriel leva a trava de segurança e eles deixam o brinquedo.

- Parece uma casa grande também – ele diz entrelaçando seus dedos nos dela e eles começam a andar para a saída do parque.

O caminho até o carro foi silencioso, ela passava o dedo nas costas da mão dele e ele dava suaves apertos em retribuição. Ele parecia tão perdido em pensamentos quanto ela, então por um momento deixou a mente vagar, deixou os pensamentos voltarem a alguns anos atrás. Até uma memória, em fragmentos.

Voltou até uma noite específica, em que ela estava deitada em seu minúsculo quarto divido do orfanato. Ela encarava a janela ao lado da cama, até que Catrin apareceu abrindo o vidro e entrando, ela respirava como se tivesse corrido uma maratona.

- Você deveria ter ido conosco – ela falava rápida e animadamente – você teria amada tudo, tantas luzes e cores, doces deliciosos e pessoas bonitas – ela colocava o cabelo preto em um coque enquanto tirava a maquiagem revelando um rosto completamente sem sardas – sério Gwyn, foi perfeito.

- Quem sabe da próxima vez, Cat – ela se sentava – mas me conte tudo – sua voz era curiosa – cada detalhe.

- Eu vou – e Catrin contou tudo, cada brinquedo, cada sensação, cada susto e cada emoção. E quando terminou – você teria se divertido, Gwyn, você precisa viver – ela estava de pijamas se deitando na minúscula cama junto dela – prometa pra mim – pediu sonolenta – prometa que vai viver tudo – a abraçou e dormiu.

AU| GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora