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Ele sabia que se continuasse rolando na cama daquele jeito nunca iria dormir, mas não conseguia eliminar aquela inquietude dele, ele não conseguia entender por que estava daquele jeito, o dia havia sido muito bom, mesmo com várias pessoas correndo para lá e para cá montando o salão, as decorações, os lugares para a cerimonia ao ar livre. Mas desde que eles se recolheram para dormir, visto que o dia amanhã começava cedo, ele não conseguia parar quieto, ele tentou assistir alguma coisa na TV do quarto, tentou arrumar as coisas de novo, mas não estava funcionando.
Talvez eu só precise checar se Gwyn está bem mais uma vez. Eles haviam trocado poucas palavras desde que chegaram, devido à movimentação toda, mas ele a deixou no quarto e mandou uma mensagem de boa noite assim que chegou ao próprio, ela respondeu como sempre fazia, porém alguma coisa não estava convencendo ele. Perdendo a luta contra a parte de si mesmo que falava que estava tudo bem, Azriel se levanta da cama coloca uma camiseta e segue para a ala direita.
Ele sabia que ela contar sua história a ele na viagem havia sido tão difícil quanto ele contar a própria. Sabia que dormir aqui não era simples para ela, e ele queria tornar tudo melhor e mais fácil para ela, como ela fazia por ele, então ele só precisaria checar mais uma vez se aquela mulher, forte, destemida e encantadora estava se sentindo bem.
Então ele chegou a porta dela e deu uma leve batida, no mesmo instante escutou a voz dela um pouco alarmada e parecendo bem distante da porta.
- Quem é? - ele pode sentir a voz dela tremer e isso apertou seu coração.
- Sou eu - respondeu com a voz mais reconfortante que tinha e o suspiro que ela soltou foi totalmente audível para ele.
Azriel escutou passos apressados chegarem a porta, mas ela não foi aberta no momento, ele escutou ela mexer em coisas atrás da porta, arrastar alguma coisa até que enfim ouviu a tranca desvirar duas vezes, seu coração se quebrou um pouco quando ele viu as duas cadeiras ao lado da porta com uma mala que definitivamente não estava vazia.
Ele também pode ver a respiração rápida dela e os olhos cansados, haviam fios colados na têmpora dela que estavam molhados, antes que pudesse fazer mais alguma observação sente os braços quentes dela em volta de seu pescoço.
- Você não deveria estar dormindo, Berdara? – ele diz com a voz abafada pelo cabelo dela em um tentativa de lhe aliviar a mente.
- Não acredito que tenha alguém dormindo nessa casa, além dos funcionários – ela dá de ombros quando o solta do abraço.
- Você poderia ter me mandado mensagem falando que estava sem sono.
- Acredito que você também deveria estar dormindo.
- Gwyn – ele pausa passando o cabelo para trás da orelha – não vou deixar nada acontecer com você, sabe disso né? – ela concorda.
- Estou com medo, tentei dormir, mas toda vez que fecho os olhos estou de volta à aquela noite, às vezes ainda acontece, principalmente quando estou num lugar que nunca fui antes. Minha psicóloga sempre diz para fazer algo que me acalme nesses momentos, gosto de olhar a lua – ela aponta com a cabeça para a janela – e me lembrar de que sou a rocha contra qual as ondas quebram, nada pode me quebrar – ela sussurra e fecha os olhos inspirando.