A semana passou depressa, você passou boa parte dela se esgueirando do Henrique. Era difícil tomar coragem e fazer o que prometeu para Gustavo.
Em uma noite solitária, os pensamentos te torturam e após diversos copos de bebida, você decide ser a hora certa de falar com o Henrique. Em momento de "coragem", você liga para ele e pede para que te encontre em um bar, não muito longe do seu prédio. Você pega a primeira roupa que vê pela frente, um vestido preto rendado, soltinho e curto, para combinar com o vibe mórbida que você já se encontrava. Após chamar um Uber, o que foi prudente da sua parte, já que estava levemente embriagada. Você chega ao seu destino, não foi difícil encontrar o Henrique na multidão, alto e imponente, sua figura se destacava em meio aos demais. Ele te avista e abre um imenso sorriso que logo desaparece quando notou sua expressão triste e confusa.
- Julgando pelo cheiro de álcool e ter me evitado a semana inteira, não é um encontro comum, não é? - sua voz era baixa e a preocupação ecoava em cada uma das palavras que saíram da boca do Henrique.
Você o abraça forte e molha o peito dele com suas lágrimas. Henrique acaricia seus cabelos e deixa você chorar por um tempo.
- Me fala logo o que foi! Não consigo te ver assim, marrentinha! - Henrique disse, alarmado.
- Não posso ser sua amiga... - você diz com a voz embargada - Mauricinho, é melhor assim. Não posso ficar do seu lado agora, logo você vai encontrar uma pessoa tão especial quanto você me mostrou que é. Me desculpa, mauricinho!
- Como assim? O que eu fiz? - ele indaga, se desvencilhando do abraço, para encontrar seu olhar.
- Só entenda que é melhor assim e eu tenho que ir.
Você o abraça mais uma vez e se afasta antes que ele consiga falar algo, correndo para longe dele.
- "Está feito! Vai ser melhor para nós três!" - você pensa, tentando acreditar nessas palavras, enquanto caminha desnorteada até sua casa.
- "Merda! Certeza que é coisa do Gustavo. Não acredito nisso." - Henrique pensa.
Henrique estava arrasado e ainda não digeriu o que acabara de acontecer. Ele se senta no bar, pede uma dose de whisky e a vira de uma só vez. Logo em seguida, retira o celular do bolso e liga para uma das pessoas que mais entende sua amada, a Vick. Em sua cabeça, não era prudente ir atrás da Luna, mas precisava de respostas. Não demora muito para que Vick atenda a ligação:
- Então ela falou com você? - Vick indaga, antes mesmo que Henrique, dissesse alô.
- Então você sabia? - Henrique solta um longo suspiro frustrado - Dava para ver que ela bebeu bastante antes de ir falar comigo!
- Desculpe, Henrique. Não podia te avisar a respeito. E a Luna é boazinha demais, ela não ia ter coragem de te esculachar. O que vai fazer agora?
- Vou embora, não vou teimar. Mas se um dia ela me procurar, vou receber de braços abertos. - Henrique se dá por vencido.
- Ela já se decidiu! Prometo que te mantenho informado sobre tudo, mas não complica para ela, Henrique.
- Pode deixar, volto para casa ainda essa semana, Vick! - Henrique começa a chorar, feito um bebê.
- Já te falei, Deus sabe o que faz. Não precisa ficar assim, vai passar! - Vick diz, de forma reconfortante.
- Espero que não demore muito para isso, ela não me deu nem tempo para me despedir. - Henrique choraminga.
- Ela odeia despedidas, Henrique!
- Vou deixar os dois em paz, só espero que ela seja muito feliz!
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Bancando a babá [EM ANDAMENTO] -SEM REVISÃO
RomanceLuna é uma menina de 21 anos, de família rica e única herdeira da empresa dos pais. Para ganhar responsabilidade e a confiança deles, ela terá que bancar a babá! Dentro desse desafio, ela encontrou dois maiores ainda, também conhecidos como irmãos...