Capítulo 24- Desculpa, eu te amo!

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"Querida você não consegue ver
que isto está me matando?
Eu não quero te pressionar querida
E eu não quero mandar em você
É que eu simplesmente não posso respirar sem ti
Sinto como se estivesse perdendo o controle

Eu tenho um bolso cheio de dinheiro sim eu tenho
E outro cheio de chaves que não têm fronteiras
Mas quando se trata de amor
Eu simplesmente não posso te tirar de minha mente..."

 (Lenny Kravitz - Can't Get You Off My Mind)

***

O fim de semana passa voando e logo Gustavo vai embora, o medo que ele se afaste de novo só aumenta. Depois de uma segunda-feira de trabalho você toma um banho e segue para faculdade, assim que estaciona, encontra as meninas sentadas em um dos bancos do campus. Você se aproxima rapidamente e nota que a conversa cessa quando você chega de fato perto delas. Suas amigas nunca foram de te esconder nada, ao julgar pela troca de olhares suspeitos, está acontecendo algo.

— Olá, gatinha! — Jô fala sorridente, tirando a mochila do banco e dando espaço para você sentar.

— Oi, minhas lindas. O que fofocam? — você diz como quem não quer nada.

— Temos algumas coisas que acreditamos que você deva saber! — Núbia fala visivelmente nervosa.

— Conta logo!

Elas repetem tudo que Henrique falou na mesa no sábado. Sua cabeça entra em parafuso, você fica transtornada. Depois de um bom tempo tentando digerir o que elas te contaram, com a voz falha, você consegue formular uma frase:

— Vocês estão falando sério? Sempre acreditei que talvez ele só queria diversão, já que a atração física é notável.

— Não é só físico, ele está apaixonado por você de verdade! — Núbia fala de forma apreensiva, você a encara em busca de um sorrisinho, acreditando ser alguma brincadeira delas.

— Eu não posso fazer nada a respeito, estou com o Gustavo e agora estamos bem. — você bufa, passando a mão no rosto — Não quero falar mais sobre isso.

"Não sei como me sentir a respeito, gosto do Henrique como amigo e nunca imaginei nada sério com ele. Até porque ele era um mauricinho galinha..." você pensa. 

— Amor, se tem certeza do que sente não enche a cabeça com suposições... — Vick fala de forma compreensiva.

— Já escuto as engrenagens da cabeça dela girando... — Jô passa a mão pelos seus cabelos.

— Vocês me conhecem tão bem!

O sinal toca e vocês entram para sala. Óbvio que sua mente viaja, é muita coisa para digerir agora.

***

Era quarta-feira, não haveria aula na faculdade, o que é uma ótima oportunidade de adiantar seus projetos na empresa. O sol se despede e você permanece submersa em pensamentos e projetos.

Sua concentração vai embora, ao ouvir intensas batidas na porta. Ao liberar a entrada do visitante, a porta se abre e Henrique passa por ela. Com os primeiros botões da camisa abertos, um sorriso de lado e um olhar cativante, ele se encosta no batente da porta do escritório.

— Boa noite, marrentinha! Você não vai embora?

— Oi, mauricinho. Estava adiantando algumas coisas.

— Você parece cansada. Precisa de ajuda ou de uma bebida?

— Não combinamos de não sairmos sozinhos, Henrique?

Bancando a babá [EM ANDAMENTO] -SEM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora