Mais uma vez você perde os sentidos... Foi como se o chão se abrisse e você tivesse sido engolida pela escuridão. Desacordada e estirada no chão, você é socorrida pelo seu pai e seu ex-sogro, que estavam extremamente aflitos.
— Vamos levá-la ao hospital, ela bateu a cabeça com certa força. Luna pode ter sofrido uma concussão, Ant. — André disse, dando suaves batidinhas em seu rosto, tentando acordá-la.
Seu pai buscava se manter calmo, ao contrário da sua mãe que estava consternada. Olivia chorava compulsivamente, observando seu corpo imóvel no chão.
— Me ajuda aqui, Antônio!
André, a levanta do chão, por não ter mais a vitalidade de antes, era difícil carregá-la sozinho. Antônio segura você pelos pés, enquanto seu pai, a segura com firmeza pelo tronco. Gustavo se aproxima, na intenção de ajudá-los, mas é escorraçado por André, que esbraveja só de pensar, no causador de toda aquela dor, tocando novamente em sua preciosa filha.
— Vai embora, Gustavo! — André ruge, como um leão protegendo sua prole — Olha o que você fez! Você não é um terço do homem que seu pai é! É melhor sair daqui agora, antes que perca o último fio de autocontrole e arrebente essa sua cara de pau!
Com a mandíbula travada e os olhos fumegantes, não faltaria muito para André te pôr no chão e partir para cima do Gustavo. Vendo a cena lamentável, Antônio intervém:
— Obedece, Gustavo! Já causou confusão demais por aqui! — disse, de forma ríspida, com o desgosto estampado em seu rosto.
Gustavo os observa atentamente uma última vez, com os olhos marejados e totalmente desorientados, parece que o remorso já está dando as caras em seu coração. Sem saber o que dizer ou como agir, ele cambaleia porta afora, sem olhar para trás, sumindo entre a vegetação do vasto jardim.
Não demora muito para você chegar até o hospital. As crianças foram deixadas com a Roberta, uma das funcionárias e a espera por notícias suas, foi devastadora. Os minutos mais pareciam horas e dona Olívia, mal conseguia ficar em pé, pois seu corpo todo tremia. O doutor Rubens, aparece diante deles. Olívia se levanta rapidamente e se não fosse por seu pai, ela teria desfalecido ali mesmo.
— Pelo amor de Deus, Rubens, como minha filha está?
— Bom, dona Olívia... Ela sofreu de uma Síncope reflexa , que é uma queda súbita de frequência cardíaca e pressão arterial que provoca desmaios, muitas vezes em reação a um fator desencadeante estressante. No geral, ela está bem, mas preciso mantê-la em observação, já que bateu a cabeça de forma tão brusca. — ele sorri de forma nervosa — Antes que eu me esqueça, ela pode ter apenas um acompanhante.
Ambos suspiram aliviados, Olívia abraça o esposo, em busca de conforto. Mas ainda havia algo que a intrigava:
— Tem algo que devemos saber? — disse, arqueando a sobrancelha.
— Já entendi onde a senhora quer chegar... — Rubens a olha diretamente nos olhos — Ela não está grávida, pode ficar tranquila.
— Graças a Deus! — murmura baixinho — Obrigada, doutor. Eu mesma vou acompanhar a minha filha!
— Obrigado, Rubens. Não sabe o quanto essa notícia nos animou. — André estende a mão para o médico, que abre um sorriso amigável e replica o ato.
— Que dia péssimo! — Antônio bufa, se atirando na minúscula poltrona da recepção do hospital.
— Nem me fale, companheiro. Não sabe o quanto me dói ver minha filha nesse estado!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bancando a babá [EM ANDAMENTO] -SEM REVISÃO
RomanceLuna é uma menina de 21 anos, de família rica e única herdeira da empresa dos pais. Para ganhar responsabilidade e a confiança deles, ela terá que bancar a babá! Dentro desse desafio, ela encontrou dois maiores ainda, também conhecidos como irmãos...