Com as provas em mãos, Henrique se dirige à empresa do pai. É uma zona segura, raramente Gustavo aparece no local. Já que não pregou os olhos a noite toda, ele é um dos primeiros a chegar e aguarda ansioso a chegada do seu Antônio. Após duas horas, Antônio chega e se assusta com o filho. Olhos vermelhos, olheiras gigantes, mas parecia firme e determinado!
- Bom dia, meu filho! Precisava mesmo falar com você. Caiu da cama?
Antônio caminha até sua mesa e se acomoda em sua cadeira, voltando total atenção ao filho, que andava de um lado para o outro aflito.
- Bom dia! Você queria saber o que aconteceu, pai. Aqui estão as provas! - Henrique fala de forma fria, jogando o pendrive na mesa do pai.
- O que é isso? - indaga atônito.
- Veja com seus próprios olhos, pai!
Antônio fica em silêncio e obedece ao filho. O vídeo começa e cada palavra proferida por Gustavo, acentua a expressão de desgosto no rosto do pai.
- Não criei seu irmão assim, parece um clone da sua mãe! Sempre acreditei que Gustavo fosse um ótimo garoto. Essa raiva que ele tem de você, é pior que eu pensava! Conseguir usar uma menina tão doce feito a Luna, como um mero peão de um jogo tão doentio, é demais para mim!
Era vez de Antônio caminhar pelo escritório, passando as mãos pelos cabelos, parecia totalmente incrédulo.
- O engraçado, é que ele sempre afirmava que a amava! - Antônio balança a cabeça em negação.
- Gustavo perdeu o juízo, pai! Ele disse que no começo até gostava dela, mas depois que ela voltou para casa, tudo esfriou. Na verdade, não acredito mais em nada do que sai da boca daquele doente!
- E a Luna? Ela precisa saber, não é justo! Não acredito que o Gustavo foi tão infantil assim.
- Eu sei, pai! Não sei como falar isso para ela, mesmo possuindo uma prova concreta! A amiga dela, a Vick, sabe de tudo. Sempre acreditou na minha palavra!
- O André, vai ficar uma fera quando tomar ciência dessa história! A Luna, é o bem mais precioso da vida dele e ele a confiou ao Gustavo!
- Faça o que o senhor achar prudente! Só não queria que ela sofresse, mas sei que não tem jeito! - Henrique diz, com a voz embargada.
Seu Antônio ficou pensativo, logo o rosto esboça algo semelhante ao meio sorriso, como se tivesse achado a resposta.
- Vou pressionar o seu irmão a falar com ela, dizer que sei de tudo, afinal temos câmeras por toda a parte e ele esqueceu de um detalhe crucial enquanto estava cego por essa raiva nojenta.
- Ele pode ter problemas com você, mas não deveria ter envolvido a garota! E outra coisa, ele não precisa de contatos, ele é um Herman! Já tem peso no nome sozinho. Apenas inventou mais uma desculpa para não largar o "troféu". - Antônio bufa e pinça o nariz com as pontas dos dedos.
- Que situação! Por minha causa ela vai sofrer tudo isso... Não tenho nem coragem de olhar para ela, pai! - a voz do Henrique, saiu entrecortada, carregada com um misto de mágoa e culpa.
- Para com isso, filho! Seu irmão que foi longe demais. Não é um homem, é um moleque e vai ser tratado como tal! - disse, esmurrando a maciça mesa de madeira.
- Nada que o senhor diga, vai afastar essa dor e essa culpa que me assombra, pai! Nada!
Antônio se aproxima do filho, o acolhendo em um abraço reconfortante. Henrique desaba nos braços do pai, essa situação é demais para ele e o que é pior, estava temeroso pela reação da Luna.
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Bancando a babá [EM ANDAMENTO] -SEM REVISÃO
RomanceLuna é uma menina de 21 anos, de família rica e única herdeira da empresa dos pais. Para ganhar responsabilidade e a confiança deles, ela terá que bancar a babá! Dentro desse desafio, ela encontrou dois maiores ainda, também conhecidos como irmãos...