Capítulo 35 Antes

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   Era sábado. Acordei umas dez horas. Sandra viria jantar em casa, e ela havia adorado a ideia de ser um jantar em família. Papai deu pulinhos de alegria, me deu beijos e muitos beijos, me agradecendo por ter tido uma ideia magnífica. Não era para tanto... Mas confesso que é muito bom receber carinhos de meus pais.
   Tomei café, tomei um banho rápido e me joguei no sofá. Senti falta do Lucas, que estava na casa de um amiguinho. Ao mesmo tempo que sentia saudades, estava me sentindo aliviada. Irmãos. Mandei uma mensagem para meu namorado.

Eu: Amor, vem aqui hoje? '❤❤

  Esperei dois minutos e nada. Resolvi ligar a TV. Estava passando o filme Velozes e Furiosos 6. Eu assistia aquele filme com meu pai sempre que ele passava na sky. Não só aquele filme, pois admito que meu pai adorava ver filmes repetidos, e no início, eu o reprimia e achava uma bobagem, perda de tempo. Mas, com o tempo, fui me acostumando e acabei por pegar seu hábito. Só o MIB Homens de Preto, nós assistimos mais de dez vezes, o Rambo, muito mais, Piratas do Caribe, Matrix, e outros. Por isso, deixei naquele canal e me empolguei em ver aqueles caras que eu achava o máximo, detonarem.  Vin Diesel era um ótimo ator, eu amava ele de coração, por ele ser careca, forte demais e estilo aquela música Turn dowm for what. Já o Paul Walker, ele também era incrível, mas morreu... E aquele havia partido meu coração.
   Estava inerte, concentrada no filme, quando meu celular vibrou, me assustando. Peguei-o e abri a mensagem.

Titi ❤: Okay, estou indo, Mamu. '-'. Estarei ai daqui uns vinte minutos... Bjs.

  Desliguei o celular e me concentrei em Velozes e Furiosos.

*****

  Luiz chegara em um pouco mais de vinte minutos. Abri a porta e ele me puxou bruscamente pela cintura, colando nossos lábios com desejo. Ficamos ali por um bom tempo, pois ouvi uma voz grossa ecoar pela sala:

___ Entrem, fechem a porta, depois se beijem. ___ era meu pai, mas, ao contrário do que imaginei, ele não estava bravo, mas com razão. Nos desgrudamos e eu fiz como ele dissera. Papai deu um aperto de mão no Luiz e depois nós dois subimos. Pensei que ele fosse dizer para ficarmos ali mesmo, ___ para meio que nos vijiar ___, porém ele não disse absolutamente nada. Estranhei, e o agradeci mentalmente.
  
___ Mancada. ___ Titico retrucou, deitando-se em minha cama. Fiz o mesmo, porém, deitei minha cabeça em seu peito.

___ O quê? O meu pai? Ah, não esquenta, amor. Ele não estava bravo... Ele não nos convidou para ficarmos ali, então, acho que não está bravo ou... Ah, sei lá.

___ Acho que ele confia em você. ___ levantei minha cabeça para olhá-lo. Sorriu.

___ Humhum, fico feliz. Ele sabe que pode confiar em mim. ___ selei nossos lábios, e ele suspirou.

___ Você é viciante, amor. ___ ele sorriu malicioso. Distribuiu beijos desde o meu pescoço, passando pela orelha, onde arrepiei com uma mordidinha, até chegar em minha boca. Nos selamos demoradamente, paramos apenas porque nos faltou fôlego. Depois iniciamos outro mais lento e sem pressa alguma. Ficamos não curtindo até tarde, quando já era hora do almoço. Almoçamos uma macarronada deliciosa que minha mãe fez, tomamos a coca-cola que meu pai havia comprado no mercadinho mais próximo e depois, fomos para o sofá, com os pratos na mão. Minha mãe tinha feito pudim, e ela sempre arrasava na cozinha, principalmente com doces.

ClarisseOnde histórias criam vida. Descubra agora