Charlotte
Tirei um pouco da água do meu cabelo e respirei fundo, sorrindo para Annie que parecia extremamente animada com tudo. Nós nos sentamos nas cadeiras, enquanto os meninos iam para o mar. Voltei a colocar o meu óculos de sol, aproveitando que essa era a hora perfeita para pegar um bronzeado.- Eu acho que encontrei o amor da minha vida. - Annie falou, olhando para algo além de mim.
Virei-me disfarçadamente até ver um homem que vinha em nossa direção. Ele tinha mais ou menos uns trinta e oito anos, 1,90 e pele bronzeada. A sunga minúscula que ele usava realçava cada parte do seu corpo, inclusive seu abdômen completamente definido. Meus olhos brilharam quando ele simplesmente parou na nossa frente e abriu um sorriso, fazendo com que minhas pernas parecessem gelatinas.
- Eu achei que estava vendo uma miragem, mas eu reconheço Charlotte Davis em qualquer lugar. - ele falou, cruzando os braços.
Semicerrei meus olhos tentando me lembrar de onde aquele rosto me parecia familiar, mas quando ele mudou de posição um estalo finalmente me fez voltar só normal.
- Mitch? Mitch Trevor? - perguntei, levantando-me da cadeira um pouco assustada, apontando para ele que assentiu. - Meu Deus, eu quase não te reconheci. - dei um sorriso, abraçando ele.
- Vou tomar isso como elogio. - retribuiu meu abraço. - Eu achei que nunca mais veria você na minha vida.
- Isso é o que aconteceu quando amigos tomam caminhos diferentes. - dei um sorriso, olhando para as meninas - Garotas, esse é Mitch Trevor. - indiquei para que ele sentasse em uma das cadeiras. - Estas são Chloe Lemoine e Annie Buchnan.
- Prazer em conhecê-las. - ele disse, olhando para elas - Faz o que, uns vinte anos?
- Acho que é por aí mesmo. Quando cheguei no orfanato eu tinha oito e você dezessete. Não demorou muito para que atingisse a maioridade e fosse embora, desde então nunca mais nos vimos. - respondi e ele assentiu, - Você está morando aqui?
- Sim, eu vivo em Oahu há treze anos. Sou salva vidas, mas hoje é meu dia de folga. - comentou, sorrindo - Bem eu preciso ir agora, meus amigos estão me esperando. Amanhã a noite faremos um lual em uma praia que tem aqui perto. Vocês estão convidadas.
- Obrigada Mitch. - dei um sorriso, levantando-me e o abraçando de novo - Você tem como anotar o meu número?
Ele assentiu e pediu para que eu colocasse o numero do meu telefone em seu celular, salvando-o. Enquanto eu observava ele se afastando, soube que mais cedo ou mais tarde elas falariam alguma coisa e não demorou muito para que isso acontecesse.
- Eu estou apaixonada. - Annie falou, observando ele que já se encontrava longe - Charlie de onde surgiu esse Deus grego?
Dei uma risada, me surpreendendo quando os garotos se aproximaram de nós. Ficamos aproveitando o sol e o mar por mais ou menos duas horas até todos decidirmos que estava ficando tarde e precisávamos descansar. Voltamos para a casa bem rápido e assim que cheguei fui direto para o chuveiro, lavando os meus fios com uma boa dose de shampoo e fazendo um pouco de hidratação, já que a água do mar acaba com eles.
Desci as escadas silenciosamente, estranhando que tudo estava muito quieto. Fui até a cozinha, olhando a geladeira e procurando por algo que eu pudesse comer. Fiz um sanduíche de presunto, queijo e requeijão e enchi um copo com suco de laranja, sentando-me na banqueta e apoiando meus cotovelos no balcão.Enquanto saboreava aquela maravilha, alguma lembranças da época do orfanato vieram me perturbar. Porém uma delas não fora tão ruim assim é quando eu simplesmente me deu conta eu já estava chorando.
"Os braços de Caleb rodearam o meu corpo e me trouxeram para mais próximo de si, afagando os meus fios. Eu podia ouvir ouvir as batidas do seu coração, já que o meu irmão sempre fora mais alto que eu. Calbe depositou um beijo em minha testa e se afastou, fazendo com que eu o olhasse.
- Não se preocupe Charlie, eu sempre irei cuidar de você."
Fechei os meus olhos com força, tentando espantar essa sensação de solidão e respirei fundo, abrindo-os quando ouvi um barulho muito próximo a mim.
Nathan estava parado na entrada da cozinha e me observava um pouco receoso. Enxuguei os meus olhos com as pontas dos meus dedos e tentei me recompor, virando o meu rosto para o outro lado.- Desculpe, eu não queria atrapalhar. - ele falou, passando por mim e indo até a geladeira.
- Tudo bem, eu já estava de saída. - levantei-me da banqueta e lavei o meu copo.
- Charlie? - a voz dele fez com que eu parasse no mesmo lugar e pedisse mentalmente para que ele não tocasse no assunto. - Por que estamos agindo assim?
Sua respiração estava em meus pescoço e eu poderia jurar que se eu me virasse, iria colocar contra o seu corpo. Suas mãos tocaram os meus ombros e eu suspirei, voltando a fechar os meus olhos e aproveitando aquela sensação que ele transmitia para mim. Seu rosto foi de encontro a minha clavícula e eu inclinei a minha cabeça para o lado afim de dar mais espaço para ele. Seus braços rodearem a minha cintura, puxando-me contra ele. Os beijos que ele depositava faziam o meu coração acelerar ainda mais e Nathan sabia perfeitamente qual era o seu efeito em mim.
- Nós não podemos. - minha voz saiu como um fio e um calafrio percorreu meu corpo - Você sabe que não podemos, Nathan.
- É por isso que eu te quero. - respondeu, virando-me - Eu necessito ter você e isso é mais forte do que eu.
Seus lábios foram de encontro aos meus, enquanto suas mãos desciam da minha cintura para a minha bunda. Ele apertou a mesma que estava sendo coberta apenas por um tecido fino do meu vestido e me empurrou delicadamente até o balcão, encostando-me nele. Uma de minhas mãos estavam em sua nuca, enquanto a outra repousava sobre o seu peito desnudo.
A porta da cozinha sendo aberta chamou a nossa atenção, fazendo com que nos separassemos bruscamente. O rosto de Annie estava vermelho por ter nos interrompido, assim como o meu por ter sido pega em flagrante.- Desculpe, mas eu vim pegar um garrafa de água. - ela disse meio sem jeito, indo até a geladeira e tirando de lá a garrafa - Podem continuar o que é que estavam fazendo.
Ela passou por nós e desapareceu do nosso campo de vista, fazendo com que olhassemos um para o outro. Ambos demos uma gargalhada e Nathan se aproximou, me abraçando. Retribui o seu gesto, imaginando que todo o meu autocontrole já estava perdido mesmo.
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Dupla Identidade (Readaptação)
General FictionESTE LIVRO ENCONTRA-SE EM PROCESSO DE READAPTAÇÃO PARA QUE AS VISUALIZAÇÕES NÃO FOSSEM PERDIDAS, OPTEI POR NÃO RETIRAR A PUBLICAÇÃO DO MESMO, OU SEJA, MUITOS CAPÍTULOS ESTÃO DESCONEXOS E FORA DE ORDEM. Charlotte Davis, uma renomada agente secreta q...