Estou cansada. Nunca me apaixonei por uma pessoa como aconteceu com Nathan. Ele é especial. Podem achar que nosso relacionamento fluiu muito rápido e eu concordo, mas sinto que no momento em que tivemos aquela noite na boate, mesmo não sendo a melhor, ou em um lugar melhor, foi ali que ele me ganhou. Mesmo sendo grosseiro comigo, eu me encantei e senti a mesma coisa que minha mãe descreveu no diário quando começou a namorar meu pai. Meu coração bateu mais forte naquele momento. Agora, eu aqui, agarrada com ele, na nossa lua de mel, é incrível. Sinto-me completa em anos depois da morte da minha mãe. Reencontrar meu pai, foi outra coisa que me deixou muito feliz. Vê-lo vivo, bem e com saúde, já sinto que posso viver em paz. Acho que entrei para a polícia pelo propósito de vingar a morte dos meus pais, mas durante o tempo que fiquei ali, amadureci e soube que vingança não é a melhor forma de se fazer justiça.
Sinto beijos quentes e molhados serem esparramados pelo meu corpo, me libertando dos meus pensamentos.— Sei que está acordada. — ele falou — Senti sua respiração mudar.
— Você é estraga prazeres. — falei ainda um pouco sonolenta, com a voz embargada pelo sono.
— Bom dia flor do dia. — beijou minha bochecha — Trouxe café para você.
— Eu agradeço senhor Lewis. — me sentei e puxei a bandeja.
— Faço de tudo para agrada-la senhora Lewis.
As semanas foram de passando e minha barriga saquinha, de quem malha, também. Estava com quase cinco meses e desde então, não peguei mais o diário de minha mãe na mão. Nathan voltou a trabalhar e eu também, mas dessa vez, apenas ficando na agência. Reece, como sempre, continua o Reece. Depois de ter salvo sua vida, ele me enche de presentes, de convites para irmos jantar em sua casa e várias outras coisas.
Já disse que ele, vai ser o padrinho do bebê.— Vamos Charlie. Estamos atrasados.
— Já estou indo. — peguei minha bolsa
Desci as escadas com cuidado e entrei no carro, pegando meu celular que estava tocando.
— Oi Tyler.
— E aí cunhadinha. — falou — Quando que vocês vem pra cá?
— Não sei. Seu irmão não responde quando eu pergunto. Estamos indo para o médico.
— Por que? Aconteceu alguma coisa com o bebê?
— Não, ele está bem. Só vamos saber o sexo hoje. Por isso que ele tá chato.
— Entendi. Deixa eu falar com ele.
Coloquei o aparelho na orelha do Nathan e ele falou com o irmão.
— Nós iremos Tyler. Não sei quando. Tá, iremos no próximo feriado. Vou passar pra ela.
Peguei o celular e levei em minha orelha.
— Pode falar.
— Ele disse que vocês vem no próximo feriado. Vou ficar esperando.
— Tudo bem. Até mais.
— Até. — ele desligou.
Coloquei o celular no bolso do casaco e liguei o rádio.
— Você falou sério sobre irmos no feriado?
— Não sei amor. Tyler estava me enchendo o saco em relação a isso. Vamos conversar sobre isso depois.
— Vamos sim amor. Por favor. — acariciei seu pescoço.
— Com você fazendo assim, fica impossível falar não. — ele sorriu — Tudo bem, iremos no próximo feriado.
Dei um super sorriso de orelha a orelha e beijei seu rosto.
— Eu te amo. Eu te amo. — limpei o batom do seu rosto. O bebê mexeu, chutando sem dó a minha barriga. Peguei sua mão e coloquei no lugar onde ele estava chutando. — Geralmente, ele não gosta de consultas.
— Ele está agitado. — Nathan falou — Ele gosta da voz do papai. Não é meu amor? — falou com a minha barriga.
— Acho melhor você olhar pra estrada. — ergui minha blusa e acariciei minha barriga.
Ele riu e colocou a mão em mim, acariciando minha barriga.
Paramos em frente ao consultório médico e entramos. Assim que a Juliana me viu, ela sorriu e pediu para que eu me aproximasse.
Sentei em frente a sua mesa e estendi as duas mãos para ela, que as segurou.— Como você está? — ela perguntou
— Pesada. — dei um sorriso — Vamos descobrir hoje se vai ser a Lorena...
— Ou o Lorenzo. — Nathan me interrompeu e colocou as mãos nos meus ombros.
— É, ele quer colocar Lorenzo. — assinei a minha guia e coloquei o meu dedo indicador no aparelho em cima da mesa — Até que horas?
— Tem uma pessoa na sua frente. — ela disse — Não se preocupa, não vai demorar.
— Tomara porque parece que a criança aqui já quer sair pro mundo. — me levantei com dificuldade e dei outro sorriso pra ela — Vou esperar lá. — caminhei com Nathan na minha cola, segurando minha bolsa e me sentei na fileira de cadeiras pretas do consultório.
— Lorenzo é? — perguntei, olhando pra ele.
— Combina com Lorena. — sorriu
— Certo. Se for menina, nós colocamos Lorena e se for menino, colocaremos Lorenzo okay?
— Okay. — encostei a cabeça no seu ombro.
Dez minutos se passaram e enquanto eu estava no banheiro, ouvi meu nome ser chamado. Sai na maior tranquilidade pela porta e passei por Juliana, acompanhando Nathan até a sala da doutora.
— Charlie! — sorriu e me cumprimentou — Olá Nathan.
— Olá doutora. — falei
— Doutora. — Nathan acenou com a cabeça.
— Com certeza devem estar super ansiosos para saber sobre o sexo do bebê. — ela sorriu e levantou-se — Vamos lá? — apontou para a sala ao lado.
Me levantei e caminhei para a sala indicada, deitei-me na cadeira inclinada e ergui a minha blusa. A médica passou aquele gel super gelado e ligou o aparelho, passando aquele negócio em minha barriga.
— É, o bebê está super forte. — ela sorriu — Querem ouvir o coração?
Apenas acenti. Ela apertou um botão no teclado e então o barulho começou a ecoar pela sala.
— Aqui é a região genital do bebê. — olhou para o aparelho — E tenho que dar os parabéns pois será uma linda garotinha.
Olhei para Nathan e tudo o que eu conseguia fazer era sorrir. Ele me abraçou e deu um beijo na minha testa, pegando e apertando minha mão.
A médica nos deu mais algumas orientações e pediu para que marcassemos a próxima consulta.
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Dupla Identidade (Readaptação)
Narrativa generaleESTE LIVRO ENCONTRA-SE EM PROCESSO DE READAPTAÇÃO PARA QUE AS VISUALIZAÇÕES NÃO FOSSEM PERDIDAS, OPTEI POR NÃO RETIRAR A PUBLICAÇÃO DO MESMO, OU SEJA, MUITOS CAPÍTULOS ESTÃO DESCONEXOS E FORA DE ORDEM. Charlotte Davis, uma renomada agente secreta q...