Capítulo 2

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Charlotte

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Charlotte

Sai do elevador, arrumando minha mochila nas costas e caminhando até o meu carro que estava estacionado a poucos metros de onde eu estava

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Sai do elevador, arrumando minha mochila nas costas e caminhando até o meu carro que estava estacionado a poucos metros de onde eu estava. Apertei o botão do alarme e entrei no automóvel, jogando a minha mochila no banco traseiro. Passei o cinto de segurança a minha frente, dando partida. Dirigi pela avenida que ia na direção de minha casa. O apartamento onde morava era um pouco afastado do centro, uma ótima escolha para quem quer se isolar do mundo exterior, como eu.
Assim que estacionei na garagem do prédio, percebi que já havia algo errado no mesmo. Nenhuma vaga estava ocupada, o que era completamente estranho. Sai do carro com um pouco de dificuldade, já que meus braços doíam por causa do treinamento. Apertei o botão do elevador e já estava ficando impaciente quando as portas se abriram. Novamente apertei o botão, porém dessa vez era para o meu andar. No caminho até ele, o elevador parou uma vez e um homem trajado de preto entrou. O silêncio reinava naquele local e pode ser coisa da minha cabeça, mas eu nunca o tinha visto aqui.
As portas se abriram no meu andar e antes que eu pudesse sair ele me puxou me empurrando para parede, segurando minhas mãos e fazendo com que eu batesse a cabeça.

- Para quem você trabalha? - perguntou e me apertou ainda mais - PARA QUEM VOCÊ TRABALHA? - cravou suas unhas no meu rosto. A dor física em meu corpo era insuportável, mas precisava mostrá-lo que não me deixava abalar tão fácil.

- Para sua mãe seu idiota. - pisei forte em seu pé, dando em seguida uma joelhada nas suas partes íntimas e um soco em seu rosto. Peguei a arma e a algema de dentro da bolsa, ainda imobilizado ele no chão. - Quem é você?

Ele deu um sorriso e não respondeu, deixando-me completamente irritada. Engatilhei a arma e encostei o cano na lateral do seu rosro ao mesmo tempo eu o algemava.

- Eu não vou perguntar pela terceira vez babaca, quem é você?

Com ele já roxo de tanta falta de ar, amenizei um pouco a sua garganta, dando espaço para que ele respirasse.

- Dimitri Hanson. - falou depois de ter conseguido recuperar o folêgo - Eu vim a mando de Joshua - tossiu - Joshua Morris.

Quem é vivo sempre aparece!

- Então agora ele manda os capangas fazerem o trabalho sujo por ele? - dei uma risada sarcástica, me afastando.

Peguei o celular dentro do bolso da jaqueta e acionei a polícia, explicando resumidamenre o que tinha acontecido. Se Joshua Morris está atrás de mim, é porque depois de tanto tempo ele decidiu ressurgir e está planejando algo a mais. Eu preciso investigar o que está acontecendo e se tem mais alguém envolvido nesse merda toda.

- Sorte a sua que está preso. - comentei, levantando-o do chão e saindo com ele do elevador que a essa altura, estava no hall de entrada - Se voltasse para o buraco onde Morris está escondido sem mim, com certeza não saíria vivo dessa. - entreguei ele para um dos oficiais, que o colocou dentro da viatura.

- Agente Davis, sou o policial Ronan. - um homem alto e robusto veio até mim - Lamento pelo o que aconteceu aqui hoje, mas achei que gostaria de saber que está livre para interroga-lo.

- Obrigada policial Ronan, mas hoje eu tive um dia difícil e só quero descansar. Esse caso é de vocês.

Ele nada disse, apenas assentiu e se foi. Respirei fundo olhando a pequena multidão que havia de formado para ver o que estava acontecendo. Guardei a arma no cós da minha calça e dei as costas para rua, entrando de volta do edifício. Dessa vez eu prefiri ir de escadas, até porque o meu andar não era muito alto.
Joguei a bolsa no sofá junto com a arma e me atirei dentro da banheira quente que eu havia enchido enquanto preparava um macarrão instantâneo. Me ensaboei de tudo quanto é forma e me enxaguei, vestindo meu roupão. Enquanto eu secava meu cabelo com a toalha, observava na televisão que um grupo de traficantes estava sendo investigados e que alguns de seus comparsas foram presos.

Peguei o meu prato de comida e me sentei no sofá, olhando para a televisão. Eu até que tentei prestar atenção no programa de entretenimento, mas na minha cabeça não saía a ideia de que Joshua Morris estava atrás de mim e que uma hora ou outra eu teria que ir até ele. Nossa história era muito complicada e trouxe muito sofrimento para ambas as partes, porém eu segui em frente e me dediquei o máximo que eu pude ao meu trabalho para esquecer e isso até que funcionou por um longo tempo. Porém o passado sempre me encontra, mesmo eu tentando fugir dele.

Meu celular apitou, indicando que uma mensagem havia chego. Quando li as palavras de Jay, desejei que ele estivesse aqui agora, pois ele sabia de tudo e me ajudaria com alguns conselhos baratos.

"Soube o que aconteceu na sua casa. Você está bem?"

"Estou, foi somente um susto. Obrigada por se preocupar comigo."

"Sempre irei me importar com você, Charlie. Se precisar conversar, eu estarei aqui."

"Obrigada Jay"

Bloquei a tela do celular e o coloquei em cima da mesa do centro, voltando a olhar pra a tela a minha frente. Meus olhos se encheram de lágrimas quando a imagem de Joshua já alguns anos atrás me caçando surgiu na minha cabeça, mas eu tratei de me acalmar assim que ouvi uma batida na porta. Abri a mesma um pouco cabisbaixa, mas fiquei surpresa quando vi Jay parado do lado de fora. Ele mostrou um pote de sorvete e duas colheres que estavam segurando e não hesitei em abraça-lo, puxando ele para dentro do meu apartamento.

- Você não me convenceu muito quando disse que estava bem. - ele sorriu tímido, sentando ao meu lado.

- Você sabe como é difícil reviver tudo isso. - dei a primeira colherada, saboreando o gostinho de chocolate com baunilha - Eu pensei que pudesse esquecer de tudo o que tinha acontecido, mas Joshua me achou.

- Você precisa ocupar a sua cabeça. Essa nova missão será para isso e sabe que estará mais segura ao lado de Tyler Lewis. - ele encheu sua colher - Isso se conseguir manter o disfarce.

- Eu sei. - dei de ombros, olhando para o chão.

- Vem aqui. - ele me puxou, abraçando-me quando minhas costas encostaram-se em seu tórax. - Não deixe que isso estrague tudo. Você merece muito ser feliz.

Eu não consegui responde-lo, até porque os seus carinhos em meu cabelo fizeram com que os meus olhos pensassem, denunciando o meu sono. Antes que eu pudesse perceber, acabei adormecendo nos braços de Jay, sem me preocupar com nada que me abalasse.

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Dupla Identidade (Readaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora