Renascer

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Me chamo Maria Eduarda e comecei a namorar muito nova, com 14 anos e ele já 20 anos. Encantada por ele, me casei aos 20 anos. Isso, talvez, por minha mãe me prender muito. Achei que casando, teria mais liberdade em sair, mas isso acarretou também uma gravidez não planejada. Mesmo eu estando infeliz, acabei aceitando mesmo ficar, porque depois de 6 anos depois veio o segundo filho. Em ambos os casos, não planejado. Por filhos, sociedade, pais e família, achei teria que corresponder aos anseios de todos. Mas os anos foram se passando e aquele aperto no peito, aquela angústia foi tomando conta de mim. 

Ele muito ciumento, e ao mesmo tempo frio. Só cobranças, me sufocando, me colocando para baixo, me desmotivando em todos os sentidos. Parei pra pensar em como iria fazer para sair disso de tudo que estava vivendo, pois mesmo vivendo assim, era fiel, mesmo com vários homens que me cobiçavam, apesar de eu ser gordinha. Mas me mantive firme.

Até que, um dia, resolvi a dar a volta por cima. Meus filhos já estavam grandes e, agora eu ia cuidar de mim. Comecei primeiro a emagrecer, perdendo 20kg. Os homens começaram a me olhar de uma forma diferente e vi que eu não estava jogada as traças. Fiz abdomeplastia, e coloquei um silicone, elevando os seios. Eu estava me sentindo muito bem, mas o ex, por orgulho nem me elogiava, mas os da rua sim. Daí pensei: "Porquê continuar isso"? O cara nunca falou que eu era importante para ele ou que eu estava linda,  nunca falou que me amava. Então resolvi a mudar de vida, após 23 anos de casamento. Com 38 anos, pensei:  "Ainda consigo dar a volta por cima e ser feliz". 

Foi quando fui parar em um grupo de WhatsApp de uma cidade a quase 85km da minha, com pessoas que nunca tive contato. Nesse grupo postavam de tudo, mas uma pessoa lá me chamou a atenção. Por falar muito e ser participativo sempre, comecei a pensar "huuuum, gostei"! Corri e fui olhar a foto do perfil do WhatsApp. Quando o vi, o achei muito lindo. Foi quando resolvi a chamar ele para conversar no privado. 

Ele tinha uma boa conversa, dava atenção. Tudo que eu, no momento, estava precisando.

Mas tinha um porém: Estava casada ainda e infeliz, passando por muitas brigas. Do outro lado, me xavecando, querendo me conhecer, dizendo que  esperava eu resolver minha vida, estava o Rafael. Ele queria vir me conhecer de qualquer jeito, mas, como eu estava casada, ainda não tinha lugar. Foi quando ele comentou comigo sobre irmos para um motel.

Chegou o grande dia, meu coração disparado. Nervosa e ansiosa, recebo uma mensagem que ele me manda, dizendo "estou indo. Quase morri, mas pensei no quanto precisava daquilo. Me preparei com ansiedade, mas com toda a paciência, mas não sem pensar no que eu iria fazer. Onde ficaríamos? Como seria? Me indagava intimamente, esperando ter uma solução em mente. Mas jamais pensei em desistir do encontro, pois meu corpo já rejeitava o de meu marido. A presença dele em minha vida já me incomodava demais.

Quando fui me encontrar com o Rafael, passamos uma tarde agradável bebendo, até que fomos para o motel. Ele me perguntou se eu tinha certeza disso ou se era efeito da bebida, pois eu poderia me arrepender. Eu disse que não, pois só me arrependo das coisas que eu não fiz. Quando chegamos ao motel, ao entrarmos no quarto, ele já veio me segurando com força pela cintura. A sensação daquelas mãos me pegando me incendiou toda. Eu me senti como um vulcão, prestes a explodir.

Sua boca veio ao meu pescoço, enquanto suas mãos fortes tocaram meus seios por cima da roupa, eu senti um calor me envolvendo intensamente, me deixando louca, excitada, querendo que aquele homem me pegasse de todas as formas possíveis. Queria o beijo dele, mas ele me manteve de costas, quando começou a tirar minha roupa lentamente. A cada peça que ele tirava, eu senti suas mãos quentes me tocarem deliciosamente, me fazendo querer ir além de tudo. Além do prazer.

Suas mãos entraram em minha lingerie, até que chegaram à minha intimidade. Sim, ele usou as duas mãos para me tocar intimamente. Segurei sua nuca e ele não tirou a boca de meu pescoço. Ele ainda me fez rebolar muito e eu fiquei fora de mim. Não conseguindo mais resistir, eu ia pedir para ele me chupar muito gostoso. Mas nem precisei pedir. Ele me virou e me fez sentar na ponta da cama, tirou minha calcinha e veio com tudo. Eu estava muito molhada, o que ele me disse ser ótimo para ele.

Ele abriu bem as minhas pernas e me torturou muito com seus lábios, fazendo-os descer e subir, roçando minha vulva deliciosamente. Eu nem conseguia pensar. Só queria sentir aquela boca me devorando inteira. E ele não me desapontou em nada. Fez meu corpo tremer de prazer com aquilo. Ele apertou minhas coxas, puxando meu corpo para que sua boca fizesse cada vez mais forte. Rebolei naquela boca com força, vendo até onde ele iria.

Mas ele ainda fez mais. Me fez sentar sobre sua boca gostosa e me provou mesmo. Eu me apoiei naquela cabeceira para que eu não me desprendesse dele. Ele fez de tudo com a minha intimidade. Eu cheguei a quase perder as minhas forças durante essa preliminar tão maravilhosa. Ele sabe como fazer e fez gostoso comigo. Quando senti que ia desfalecer, eu resisti, pois queria ser invadida por aquele homem.

Desci e arranquei suas roupas com violência e ansiedade. Seu corpo parecia um parque de diversões. Eu me deliciei e o beijei muito, provocando-o. Quando abri sua calça, puxei rapidamente seu membro para fora, colocando-o ao meu serviço. Fiz com ele tudo o que ele fez comigo e ainda mais. Fui cruel com ele o tempo todo. Quando terminei, assim como ele fez comigo, ele já tinha quase chegado ao ápice. 

Subi e me encaixei nele perfeitamente, uma vez sobre ele, entreguei meu corpo aquele homem, decidida a fazer movimentos que o deixassem louco, tanto quanto eu estava louca. Ele me segurou pela cintura fortemente, como se guiasse meus movimentos. Eu sentia uma liberdade tão grande em estar com ele, como se eu antes fosse presa, enclausurada, e ele fosse meu galante herói, me libertando-me a libido, me fazendo provar algo novo, uma sensação ainda não experimentada.

Quando eu dei por mim, ele me virou de costas e me pegou com toda a força. Ele literalmente me possui de forma tão louca, tão insana, uma forma com que eu jamais sonhei antes. Mas longe de pensar que ele estava no comando da situação. Era eu quem estava ali de forma independente, livre, alvoroçada, querendo me satisfazer de toda a luxúria que me fosse permitida e a ele atribuída. 

Ele ainda me levantou, me apoiou na cabeceira da cama e me pegou por trás com toda a vontade. Por várias vezes senti seu membro pulsar dentro de mim. Eu fui às raias da loucura e do prazer com aquilo. Mas eu queria mais. Dizem que somos o sexo frágil, mas não é verdade. Senti como se meu corpo suportasse toda aquela carga de excitação durante horas. E assim foi. Enquanto ele não me fez chegar ao meu ápice pelo menos mais algumas vezes, eu não parei. 

Acabei por atingir o meu limite. Meu corpo perdeu todas as energias e cai naquela cama, com forças suficientes apenas para buscar fôlego para voltar a respirar com mais calma e tranquilidade. Eu não sentia nada a não ser a satisfação de um momento de paixão ardente, intenso, vívido, como eu coloquei na cabeça que merecia. Terminamos ali, deixando aquele sabor delicioso de quero mais.

Mas eu precisava voltar para a casa antes que desse algum problema. Fui tomar banho com ele. No banho o membro dele continuava duro. Não acreditei e pensei comigo "como eu vou deixar ele ir embora desse jeito"? Mas não tive escolha. Voltamos a nos falar nos próximos dias, e conversa vai e vem, já toda empolgada na próxima vinda dele, e nessas conversas descobri que ele tinha 23 anos e eu estava com 38 anos. Quase enfartei (risos) Pensei: "Será isso loucura"? Mais meu desejo e o dele só aumentava a cada dia, e a vontade de se ver era ainda maior.

Ismael Faria
Baseado no relato de Maria Eduarda

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