17 de janeiro
Segunda feira
10 : 15 AMIngrid narrando
Anteontem, aquele churrasco foi muito legal, me divertir, fiquei com raiva do B1, dancei debochando da cara dele, beijei uns cara aí e por fim recebi uma massagem digníssima do Carlos a noite.
No domingo as meninas e eu ficamos só relaxando na piscina, tomando uma tequila, e escutando umas sofrência.Tinha tudo pra ser perfeito hoje também, mas chego na facul' e descubro que meu pai me tirou da faculdade de direito e agora vou ter que me rematrícula
O bom é que agora eu posso estudar sobre algo que eu realmente quero e não o que ele queria, já não vou me formar como advogada e sim como pediatra, vou cuidar das crianças. Amoooo
E o ruim é que agora não tenho mais ninguém pra pagar minha faculdadeEu só espero chegar em casa e ter mais uma massagem do Belo , só ele mesmo pra tirar meu estresse que passei naquele inferno resolvendo as coisas.
Agora tô subindo o morro, naquele sol que dá pra fritar um ovo no asfalto, preciso nem ir pra praia por que aqui eu já consigo uma bela marquinha e ainda fico com as pernas malhada.
Só o luxo.
Escuto um estrondo vindo do começo da rua e vejo fogos ser lançado pro auto.
O que tá rolando minha gente ???
olhei pra trás e vi um monte de cara armado subindo, tiros começaram, era Polícia contra os valores. Minhas pernas pareciam ter congelado e eu não conseguia me mover, fiquei com os olhos arregalados olhando pessoas inocentes sendo mortas, os fardados sendo mortos , eu estava um pouco longe de onde tava aquele furdunço mas dava pra ver detalhes do que tá a acontecendo.
Sinto puxar meu braço
suspirei aliviada em ver o Carlos me levando pra um beco. Ele segurava um fuzil e usava colete.
ㅡ Porra novinha, tu tem que chegar na casa do chefe logo . Se não quem morre sou eu.ㅡ Ué ????ㅡ Anda que eu vou te dando cobertura.
Balancei a cabeça em concordância e fui seguindo Ele.
Os tiros tavam mais altos e mais perto. Estou Assustada, sem saber o que fazer, minhas pernas não param de tremer e a cena dos moradores vindo do trabalho pra almoçar com a família não saía da minha cabeça. Mas agora tenho que focar em chegar em casa em segurança.
Respirei fundo e comecei andar com presa, atenta a tudo.Me assustei com os tiros atrás de mim me fazendo virar na mesma hora, o Carlos tava em trocação. Merda. Corri e me escondi atrás do muro de uma casa. Fiquei acocada com as mãos no ouvido e minha respiração acelerada, minhas pernas tremiam e o medo me consumia, medo dos meus amigos se machucarem e medo de eu mesma morrer no meio desse tiroteio, Olhei pra rua e o Carlos ainda atirava contra os invasores, ele atirava e se escondia atrás da parede do outro lado da rua. Abaixei minha cabeça e olhei pro chão tentando controlar minha respiração ou eu vou ter um treco agora mesmo.
ㅡ Ingrid porra , levanta daí e bora pra casa.ㅡ Escutei a voz do B1 que já se aproximou me ajudando a levantar ㅡ Leva ela e fica lá com as meninas Belo Cuida delas que eu assumo daqui parceiro
Ele assentiu e me puxou pelo braço. Subimos algumas ruas até chegar em casa, as meninas tavam no sofá chorando e quando me viram me abraçaram desesperadas e isso me fez chorar também, é difícil pra elas, meu coração tá doendo só de ver minhas meninas assim.
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Caminho Da Perdição
General Fiction- EU QUE MANDO NESSA PORRA - Gritou parecendo um maluco comigo - Manda na porra desse morro, mas em mim não - virei as costas e comecei subir as escadas nem ligando pra esse merda - Não vira as costa pra mim enquanto eu estiver falando caralho Se...