06 P!nk

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Havia algo de mágico em vê-la caminhar decidida pelo ambiente, tão segura de si em direção aos monitores que agora brotavam das paredes

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Havia algo de mágico em vê-la caminhar decidida pelo ambiente, tão segura de si em direção aos monitores que agora brotavam das paredes.

Seus pés agora não usavam saltos, mas o silencio de seus passos só faziam tudo parecer ainda mais intrigante.

Era como um felino, silencioso e pronto para dar o bote.

Suas mãos agora mexiam nos cabelos, enrolando-os em si mesmos em um coque, evidenciando a tatuagem do pescoço, enquanto ela dizia comandos que eu sequer entendia para a voz no ambiente.

Me perdi entre as luas no seu pescoço quando ela repentinamente se virou para mim, parecendo repetir uma pergunta.

-Capitão?

-Desculpe. - Encarei seus olhos, e percebi dor em seu olhar. Ela ainda estava com raiva de mim.

-Tem certeza que ele não fez isso? - ela perguntava, avaliando a minha reação.

Eu ainda olhava a pele exposta do seu pescoço, tentando me controlar.

-Se fez, não foi por vontade própria. -Declarei firme.

Ela me encarou por alguns minutos, explorando meus olhos.

Seu semblante mudou completamente ao ouvir que Bucky era o Soldado invernal, e certamente havia mais ali para se saber.

-Holiday, liga para o Floyd na linha segura. - Sua voz era imperativa e metálica ainda prendendo meus olhos quando ela finalmente se virou para os monitores as palavras dispararam pela sua boca.

-Eu quero saber onde está o soldado invernal. - Ela dizia cruzando só braços diante das telas

- Esse homem passou setenta anos enganando todas as forças de segurança do mundo, e não me parece que seria idiota a ponto de se deixar filmar em algo grande como isso. - Ela parecia pensar em voz alta - se ele fosse fazer seria silencioso e ninguém saberia. O que significa que alguém pode querer que todos pensem que foi ele.

-Quem teria interesse em incriminar o Barnes? - ela olhava para mim, feroz. Precisei pensar para responder. Sua voz agora era ácida.

-Qualquer um que tenha contas a acertar com ele eu acho. - Respondi.

-Isso não ajuda - ela declarava voltando as costas para mim. - Ele tem meios, e deve ter dinheiro. - Ela divagava - o braço de metal precisa ser escondido, então lugares quentes está fora de cogitação.

-Certo - Eu me surpreendia cada palavra

-Ele passou a vida preso e no gelo. Então também não vai escolher um lugar frio demais caso realmente esteja se lembrando de quem é. Eu odiaria o gelo por causa disso - ela raciocinava.

Ela sabe muito sobre ele... O que mais ela sabe?

Uma preocupação agora rondava a minha mente, mas teria que esperar o momento certo.

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