18 Verdades

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Como diabos ela descobriu quem eu sou?

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Como diabos ela descobriu quem eu sou?

Eu repetia essa pergunta milhares de vezes desde que Shuri havia me chamado pelo meu nome de hacker enquanto seguia Ayo pelo corredor.

Não havia qualquer coisa ou traço que eu tivesse deixado para ligar esse nome a mim.

Era humilhante, mas eu teria que perguntar a ela, e não há nada pior para alguém como eu ter que fazer isso.

Wakanda é bem mais do que parece.

Algumas coisas que eu via, ainda da nave, simplesmente não eram fisicamente possíveis.

A própria propulsão da nave e o seu formato incomum indicavam uma mecânica completamente nova.

Não que entendesse muito disso, afinal era o campo do Tony, mas eu entendia o suficiente de energia para entender a forma básica de algumas coisas, e simplesmente havia algo ali que não se encaixava.

E ainda tinha a tecnologia que foi capaz de me impedir acesso aos arquivos sobre os meus pais.

Ninguém nunca conseguiu me impedir de acessar algo, e isso feria meu ego.

Shuri tinha informações sobre os meus pais.

Mais uma vez minha língua passeava sobre a marca de nascença, enquanto eu olhava intrigada para a pulseira de Ayo.

Pareciam esferas em tom grafite, mas quando tocadas tinham funções bem mais avançadas do que a minha pulseira que me ligava a Holiday.

Tudo aqui me dizia que eu estava em contato com um mundo completamente novo, e nele eu era uma maldita analfabeta.

Tudo isso me irritava, e muito.

Isso era bom. 

Qualquer coisa que me impedisse de pensar em Steve e James era bom.

A palavra vadia gritava na minha cabeça por causa da situação com os dois, e eu havia acabado de adicionar outro incidente nisso.

Nem meio minuto no mesmo cômodo que ele e eu já estava no seu colo.

O que está acontecendo comigo?

Me joguei sobre o sofá, com as duas mãos na nuca. O gosto de Steve ainda dançava na minha boca.

Mais uma vez enterrei esses pensamentos quando a voz de Holiday ecoou pelo quarto, finalmente autorizada a se conectar comigo.

O quarto era grande. 

Havia uma antessala nele, onde duas poltronas e uma mesa de centro com menos de vinte centímetros de altura surgia do chão. 

O ambiente era parcialmente separado por portas francesas em um vidro fumê decorado, que davam para uma cama enorme, bem ao lado podia ver a entrada do banheiro.

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