07 Eletricidade

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Caos

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Caos.

Os sons de ossos se quebrando e urros de dor invadiam a minha mente, acompanhados de flashes desgovernados de sangue e morte por todos os lados.

Morte.

Sempre luta e morte.

Eu não posso confiar na minha própria mente. Eu sou a merda de uma arma.

A arma da Hydra.

E nada nunca mudaria isso.

A verdade me cortava como mil facas, estraçalhando a ilusão que havia construído nos últimos dois anos.

As imagens e sons da morte das pessoas que eu matei agora voltavam com tudo, rasgando a fina linha de sanidade que eu tentava construir.

Retorci por dentro, em um misto de culpa e ódio.

Eu sou um fraco.

Dois longos anos de luta contra isso, e o maldito precisou só de um único minuto para foder com tudo.

As facas ainda rasgavam o meu peito quando tive consciência do meu corpo, sentado em algo, quase que pendurado pelo lado esquerdo.

Abri meus olhos lutando contra a claridade e a enxaqueca quando percebi que estava preso.

Uma prensa.

Inteligente, mas não eficiente.

O soldado invernal em mim voltava à ativa repentinamente, avaliando o obstáculo, compulsiva e repetidamente, tomando consciência do local onde eu estava, como uma sombra abaixo da minha pele.

Um invasor na minha cabeça, no meu corpo.

O maldito invasor que a Hydra colocou em mim.

Uma bala na minha cabeça teria sido melhor... Uma única bala ninguém mais precisaria morrer por minha causa.

Eu desejava essa bala ardentemente agora.

Nem isso os malditos me permitiam.

O invasor não permitiu que eu fizesse isso eu mesmo, e certamente não deixaria outros fazê-lo.

Ainda agonizava minha prisão silenciosa quando ouvi uma voz a minha frente.

-Hei Cap – o homem chamava.

Os instintos do soldado se erriçavam com a aproximação, forçando meus olhos e ouvidos.

-Steve? – sua imagem se formava com mais clareza agora.

Merda, o que eu fiz?

As imagens dele falando comigo no quarto antes da invasão voltavam. Não conseguia entender tudo, mas uma coisa era certeza. Ele agora era um fugitivo.

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