11 Entregue

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-Oi - ele diz envergonhado.

Meu deus, como ele pode parecer fofo desse jeito agora?

Isso definitivamente fode com a minha sanidade.

-Oi - eu respondi de volta, franzindo as sobrancelhas.

-Peguei pesado demais? - ele perguntava, ainda em um tom envergonhado.

Era algo surreal.

Em um momento ele me fode duro e impiedoso, provocando meus desejos mais lascivos e pecaminosos, e no outro me dá esse sorriso doce e inocente?

James é uma maldita montanha russa emocional. E eu me perco completamente nela.

- Não ...- eu respondi sorrindo - você é forte.

Eu agora sentia cada lugar que ele me apertou com força.

- Mas não me machucou. Você estava se controlando, não é? - emendei doce, ainda fazendo carinho no seu cabelo.

- É difícil segurar ele - ele devaneava, agora fazendo círculos com seus polegares no meu abdômen.

-Quem James? - eu tateava as perguntas.

Ele pareceu pensar por um minuto. Eu continuei fazendo carinho, encorajando-o.

- Essa coisa que fizeram comigo - ele dizia vencido. - Acho que intensifica coisas em mim....eu me torno outra pessoa.

As palavras voavam pela sua boca, de uma forma que eu sequer podia imaginar horas antes.

Eu não via mais a neurose de ataque nos seus olhos.

- Como quando me prensou contra o vidro lá em cima? - Eu olhei em direção aos seus olhos. Ele levantou a cabeça para mim.

- Seus olhos mudam. Eu percebi. - Disse sorrindo para ele.

Ele se levantou devagar.

O assunto o incomodava, mas eu não queria perdê-lo.

Ele pegava sua camisa de volta no chão a colocando de volta. Seus olhos fugiram de mim.

Eu o vi retirar o preservativo e dar um nó, enquanto procurava sua calça.

-Ei ...Olhe para mim - eu agora pedia a ele, me levantando sobre os cotovelos.

Ele fechou a sua calça e olhava para mim, ainda doce e sereno, guardando o preservativo no bolso.

Curioso.

-Eu não conseguiria parar de olhar nem que me pedisse - ele respondia, parecendo lamber cada parte do meu corpo.

Senti o sangue irrigar as minhas bochechas.

Ele inclinou seu corpo sobre mim outra vez, passando seu nariz sobre o meu, em um gesto tão doce e inesperado que me derreteu.

-Você estava chorando. - Ele dizia sobre o meu rosto, parecendo medir as palavras.

Seus olhos eram curiosos. Eu não queria falar sobre isso, mas era difícil resistir.

-Eu danço quando estou feliz e quando estou triste... - disse simplesmente.

-Não parece triste agora - ele devolvia avaliando a minha expressão - acho que fiz alguma coisa certa...

Ele soltou um sorriso torto, doce e inocente. Um novo rubor subia pelo meu rosto.

Ele me beijou docemente, agora calmo e compassado, parecendo apreciar cada centímetro dos meus lábios.

- Você fica linda quando ruboriza desse jeito. - James agora me dava um sorriso avassalador.

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