Valentina tem 23 anos e está quase a tornar-se enfermeira. Neste verão decidiu realizar um sonho antigo e viajar sozinha, para as mais bonitas praias do seu país.
Foi durante uma das suas caminhadas que o conheceu. Daniel Ricciardo, piloto de formu...
Hoje era sábado e consegui dormir até mais tarde, a minha dificuldade em adormecer na noite anterior, fez com que só conseguisse adormecer depois das duas da manhã.
O sol hoje estava escondido entre as nuvens, o clima mais frio está a começar a chegar.
Gosto desta altura do ano, faz parecer que tudo fica mais acolhedor.
Peguei no telemóvel para verificar as horas e para decidir o que irei fazer durante o dia.
Eram 10h e tinha duas mensagens não lidas.
"Parei de insistir em falar contigo porque percebi que necessitavas do teu espaço."
"Sei que precisas de respostas e estou pronto para as dar. Se achares oportuno falar nos próximos dias, estou livre este fim de semana."
Não pensei que ele estivesse disposto a conversar comigo tão cedo.
Levantei-me da cama e fui até a casa de banho fazer a minha higiene.
Quando voltei ao quarto peguei no aparelho para responder ao piloto.
"Também estarei livre este fim de semana."
Depois de fazer a cama e de vestir uma roupa confortável fui até a cozinha para comer alguma coisa.
Estava sozinha em casa. Para variar o meu pai tinha ido trabalhar e a minha mãe tinha levado o meu irmão ao futebol.
Carreguei no botão da máquina de café e enquanto o líquido caía na chávena fui atualizar as minhas redes sociais.
Depois de já estar no Instagram a ver as histórias dos meus amigos, recebi um alerta de mensagem.
" Perfeito, chegarei a Coimbra ainda hoje"
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O relógio do meu carro marcava 20h28 quando o estacionei de frente ao hotel onde Daniel estava hospedado.
Desliguei o motor e fiquei uns minutos sentada a observar os carros a passar na estrada e as folhas das árvores a cair lentamente para o passeio.
Quando finalmente ganhei coragem, saí do carro e entrei no hotel, dirigi-me ao elevador para subir ao 4º andar e especificamente à porta 158.
De frente para a porta número 158, aguardei uns segundos até bater na mesma.
Pouco tempo depois Daniel apareceu, tinha um ar cansado. Os seus caracóis estavam despenteados e no seu rosto estava um sorriso a tentar disfarçar a tristeza que trazia nos olhos.
Se eu achava que o que ele me tinha feito era extremamente doloroso era porque nunca o tinha visto assim. Partiu-me o coração vê-lo naquele estado.
