2 - Portimão

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Assim que cheguei a Portimão dirigir-me ao hotel para poder fazer o check-in e deixar as malas todas no quarto.
Está um lindo dia de sol no Algarve, e aproveitei o facto de estar no quarto do hotel para vestir um dos meus biquínis e trocar as all star por uma havaianas para poder finalmente ir a praia.

Assim que cheguei à praia do Alemão passei pelas várias famílias, tanto estrangeiras como portuguesas, que já estavam a aproveitar o sol quente de Portimão. Estiquei a minha toalha perto do mar e tirei os chinelos para ir molhar os pés. A água estava ótima mas voltei para a toalha para poder colocar protetor solar na minha pele branca sem correr o risco de acabar as ferias como um pimento.

Por volta das 17h volto para o hotel para tirar o sal do meu corpo e para ainda conseguir aproveitar o pôr do sol enquanto dou uma caminhada junto ás praias

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Por volta das 17h volto para o hotel para tirar o sal do meu corpo e para ainda conseguir aproveitar o pôr do sol enquanto dou uma caminhada junto ás praias. Após o banho visto umas leggins pretas, um top azul coloco os meus fones com uma das minhas playlists e a minha pequena mochila às costas onde guardo os meus documentos e penduro uma garrafa de água.

Em poucos minutos chego à zona das praias e começo então a caminhar com um ritmo mais acelerado e a contemplar o sol que começa a esconder-se atrás do mar. O sol estava já quase todo escondido pelo mar quando sinto alguém a tocar no meu ombro.

- Olá, desculpa incomodar. - disse o rapaz ligeiramente mais alto que eu e com um sorriso no rosto.

- Oi, sem problema. - provavelmente olhei para ele bastante assustada por não estar à espera de ser interrompida na minha caminhada e ele volta a falar.

- Desculpa se te assustei - disse ele diminuindo o sorriso e a baixar o olhar para a sua mão direita.

- Oh meu deus, a minha garrafa, obrigada, sou mesmo desastrada - começo a sorrir porque perder coisas para mim é algo bastante frequente - só não perco a cabeça porque está agarrada ao corpo, muito obrigada - digo enquanto ele me entrega a garrafa.

- Sem problema - diz o rapaz dando uma pequena gargalhada - queres uma foto?

- Uma foto? - inclinei a cabeça ligeiramente para o lado esquerdo sem perceber o porque de ele me perguntar aquilo - Uma foto de que?

- Tu não fazes a menor ideia de quem eu sou pois não?

- Não! Deveria saber? - sorri para ele ainda com um ar bastante confuso.

- Vou-me apresentar - disse enquanto estica a mão direita para mim - Daniel Ricciardo, piloto de Formula 1.

- Valentina Álvares - respondi enquanto o comprimento com um aperto de mão - e como já deves ter percebido não acompanho Formula 1.

- Já deu para perceber - diz enquanto coloca a sua mão ao longo do corpo e com um ligeiro sorriso nos lábios - mas nunca tivestes interesse pelo desporto?

- O meu pai costuma ver na televisão e o pouco que sei sobre f1 aprendi por causa dele.

- E gostavas de aprender mais? - Daniel pergunta enquanto coloca as mãos dentro dos bolsos dos calções - este fim de semana a corrida vai ser aqui em Portimão, se quiseres eu posso levar-te lá.

- Não sei - digo reticente, como é que eu sei que as intensões dele são boas? Ele até pode estar a dizer a verdade em ser piloto de f1, mas como é que vou saber que é seguro? - não leves a mal, mas eu não te conheço.

- Posso garantir que não tenho más intensões, até porque é impossível estar lá sozinhos, há sempre mecânicos e jornalistas por todo o lado - diz tentando acalmar as minhas preocupações - Se preferires trocamos números e vamos falando, não é necessário dares uma resposta já.

- Ok, mas o facto de eu te dar o meu número não significa que eu vá - ainda nem tinha terminado de falar e ele já tinha colocado o telemóvel à minha frente para que eu pode-se digitar o meu número.

Digito o meu número no seu Iphone 12 e entrego o telemóvel ainda com algum receio. Ele recebe o aparelho olhando para o visor e dando um pequeno sorriso.

- Gostei de te conhecer Valentina - o piloto diz enquanto acena com a mão esquerda e retoma a sua corrida pelos passadiços de madeira.

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