O Encontro

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Chegamos ao restaurante, Adryene tenta abrir a porta para descer, mas eu a seguro.

- Não! Espera eu dar a volta e abrir a porta pra você.

Ela acena com a cabeça. Desço do carro e dou a volta sem tirar os olhos dela, abro a porta e seguro sua mão ajudando a descer. Assim que sai ofereço o braço e ela aceita. Entramos no restaurante e em uma das mesas tem um grupo homens que pararam de falar e olharam diretamente para Adryene e isso já me consome.

Olho feio para eles que me ignoram com sucesso, mantendo os olhares nela, eu então dou um beijo no rosto dela. Ela me olha sem entender, mas não diz nada. O garçom nos leva até uma mesa no fundo do grande salão. Me posiciono na mesa de maneira que obstrua a visão daqueles homens.

- O que foi aquele beijo surpresa? - ela me questiona.

- Você não percebe o quanto é linda e chama atenção onde entra não é? - respondo tentando disfarçar meu nervosismo.

Ela me olha e faz cara de quem não entendeu nada.

- Quando entramos, a mesa la na frente, tem uns 8 caras, pararam de falar para olharem para você, te beijei para mostrar que você está acompanhada. - respiro fundo e continuo - foi somente um beijo para deixar claro que você está comigo, mas poderia ter feito uma cena de novela e ter te dado o beijo que estou louco para te dar desde o primeiro dia que te vi.

Ela sorri sem graça, e que sorriso incrível ela tem, ela fica corada a deixando ainda mais linda eu sorrio de volta e passo a mão no rosto dela.

- Ninguém mais poderá me olhar? - ela sabe me provocar.

- Pode! Desde que não olhem como se fossem te despir.

Ela sorri mais ainda me aliviando a tensão. O garçom chega com o cardápio. Ela vai com os olhos direto nos preços e pelo visto achou tudo caro.

- Sério que esse é o valor de um prato para uma pessoa? - ela pergunta séria.

A olho por cima do cardápio.

- Não se preocupa com o preço, peça o que quiser e por favor, hoje se permita beber pelo menos uma taça de vinho comigo, nada de suco.

Sorrio para ela que fecha o cardápio e apoia o cotovelo na mesa e me encara sedutoramente, ela com certeza não sabe o poder de sedução que tem.

- Vamos lá! Quero que você me surpreenda, eu como de tudo, mas não quero nada alcoólico.

- Então ta - digo baixando o cardápio - eu escolho nossos pratos, mas você vai beber pelo menos uma taça, não vou deixar você ficar bêbada. 

Ela concorda. O jantar flui perfeitamente. Falamos um pouco sobre nós e depois de finalizarmos o jantar nos levantamos para sair. Pego na mão dela e quando vamos passar perto daqueles gaviões eu a coloco na minha frente para que eles não tenham visão do corpo dela. Caminhamos até o carro e entramos.

- Daniel! Esse carro é seu?

- Sim! Porque? Já dirigiu um desse? - pergunto sem nenhuma maldade.

Ela começa a gargalhar que quase chora, encosta a cabeça no banco e eu fico sem entender e dou risada da gargalhada dela.

- O que foi que eu disse? Será que fiz você beber demais?

- Ai meu Deus, essa foi boa! Desculpa, mas eu nunca nem tinha visto um desse de perto quanto mais dirigir um. Eu só dirigi fusca na minha vida.

Eu assenti e a olhei com uma sobrancelha levantada.

- Quer dirigir? - pergunto

Ela me olha de queixo caído e pisca várias vezes.

O RECOMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora