Nosso jantar foi incrível, Daniel é um homem misterioso e ao mesmo tempo me deixa a vontade e presta atenção em tudo que eu digo. Ele teve uma cena de ciúmes e acho fofo na verdade, João nunca foi assim comigo, atencioso, acho que até hoje só conheci homens imbecis que não sabem valorizar as mulheres, será que todos os estrangeiros são iguais ao Daniel? Bom, não quero descobrir, meu foco aqui é trabalhar e proporcionar o melhor para meus filhos.
Depois do jantar ele me ofereceu o carro dele, mas gente, que homem oferece um Porsche para uma mulher que acaba de conhecer? Tive uma crise de riso e depois me bateu uma tristeza, João nunca deixava eu sair com nosso Fusca, as raras vezes que sai foram para levar meus filhos ao médico.
Acho que Daniel percebeu e tentou me distrair, perguntou se poderíamos passar na casa dele e eu concordei, achei que iria ficar no carro esperando, mas ele me fez entrar e meu Deus que casa linda, mas deve dar um trabalho para manter tudo aquilo limpo, pra mim não dá. Conheci a Margot, uma senhora doce e me pareceu muito simpática. Achei estranho quando Daniel me disse que nunca trouxe uma mulher na sua casa, mas depois ele me explicou o porque e até que entendo ele, não deve ser fácil ter grana, nunca se sabe se quem se aproxima é porque gosta dele ou somente está interessado no que o dinheiro dele pode proporcionar. Eu nunca fui vislumbrada com dinheiro, sempre batalhei muito para conquistar as coisas.
Ele me chama para conhecer o restante da casa, fico com receio, mas acabo aceitando.
- Daniel, eu já vi uns seis quartos. Quantas pessoas moram aqui com você?
Ele ri e vira para me olhar nos olhos, pega minhas mãos e beija e a outra mão ele passa pelo meu rosto, causando novamente aquelas sensações que não sei se gostaria de estar sentindo dentro da casa dele.
- Na verdade princesa. A casa fica mais com a Margot e os funcionários, eu quase não fico aqui, é muito solitário. Espero um dia ter uma família bem grande para morar aqui comigo.
Ele abre mais uma porta e esse com certeza é o quarto dele, e minha Nossa Senhora, que quarto lindo.
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Eu hesito um pouco para entrar.
- Vem, não vou te morder, a não ser que você queira que eu morda, vou ficar feliz em atender seu pedido.
Ele me olha com cara de safado e sorri de lado, me deixando corada.
- Ai minha Nossa, quando eu falei que caberia minha casa, dos meus pais e da minha irmã na sua casa eu estava enganada. As três caberiam no seu quarto.
Olho tudo ao redor antes de me virar e ver Daniel que está com as mãos no bolso encostado na parede observando cada movimento meu.
Quando o olho e nossos olhos se encontram ele vem caminhando bem devagar até mim. Ele passa a mão no meu rosto, analisando cada detalhe e para os olhos na minha boca. Cadê o ar dos meus pulmões? Ele passa o polegar nos meu lábios, estou ofegante e sinceramente já nem sei mais se quero ganhar o desafio. Ele afasta uma mecha do meu cabelo e segura minha nuca.
