CHRISTIAN
Anastasia entra no quarto minutos depois bastante nervosa. Todos nós olhamos para ela, curiosos e apreensivos.
— Elliot, como está? — ela joga a bolsa sobre a poltrona e caminha até o meu irmão, dando um beijo na testa dele.
Elliot sorri e pega a mão direita dela, apertando carinhosamente.
— Estou bem, Ana. Me desculpe ter atrapalhado as férias de vocês. — ela revira os olhos e dá um tapinha no ombro dele.
— A família sempre vem em primeiro lugar.
— E por falar em família parece que alguém está pensando em começar uma. — Mia morde o lábio inferior e pisca para mim, desviando os olhos para o anel na mão esquerda da minha garota.
— Não era para ser anunciado assim mas já que estão todos aqui não vejo porque não dizer. — puxo Ana para mim e beijo seus lábios delicadamente, levantando sua mão esquerda. — Nós estamos noivos. O casamento é em um mês.
— CHRISTIAN. — minha mãe grita e coloca as mãos na cintura, balançando a cabeça. — Isso é impossível. Não se prepara um casamento em quatro semanas, filho.
— Mãe, a Ana tem você, a Mia, podemos contratar uma planejadora de eventos, não importa. Eu só não abro mão da data.
Ana olha para mim e sorri, concordando com a cabeça.
Essa é a minha garota.
Todos se envolvem entre as preocupações com o meu irmão e com o nosso casamento e aproveito para puxar Anastasia para um cantinho mais afastado.
— Entrou tão nervosa. Seu pai te faz alguma coisa? — ela suspira e esfrega o rosto.
— Não, ele só falou muita merda. Nada de novo na verdade. Nunca pensei que meu pai fosse tão idiota. — Anastasia suspira e se abraça, olhando pela janela. — Eu só não quero ele perto de nós. Sei lá, tem alguma coisa nele que é estranha, Christian. Ray primeiro era um marido amoroso e dedicado. Depois que minha mãe morreu ele se tornou esse fanático religioso totalmente pirado e agora ele é um filho da puta.
— Seu pai sempre me pareceu uma pessoa tão calma. Me lembro dele com a sua mãe, o carinho que ele sempre teve com ela. Daí veio a coisa toda da religião, a mania dele de querer te proteger do mundo. A reação do Ray agora também me surpreende.
Graças a Deus ele não chegou ao fundo da história, caso contrário ele poderia deixar de ser religioso para se transformar em assassino.
— Eu não sei onde ele quer chegar com isso e tenho medo de imaginar. As vezes parece que ele esconde alguma coisa que eu ainda desconheço. — ela reflete por alguns segundos e meu coração falha uma batida. — Mas isso não importa mais. Olha, nós temos um casamento para planeja agora, nosso tempo está curto e devemos nos dedicar somente ao que realmente importa.
Ana me dá um beijo e vai até minha mãe, passando o braço ao redor do seu pescoço enquanto ela discute com Mia o melhor lugar para se realizar a cerimônia e paleta de cores.
É o que nós precisamos agora.
Nos concentrar no futuro e deixar o passado aonde ele pertence.