CHRISTIAN
O sol está se pondo quando nós finamente chegamos em Seattle. Parou de chover e o céu agora está estrelado e o verão começa a dar suas caras. Eu tiro o meu paletó e o jogo em cima da minha bolsa, arregaçando as mangas da minha camisa e abro as janelas, permitindo que o vento entre.
Anastasia ainda dorme com a cabeça no meu colo. Ela pegou no sono assim que levantamos vôo, provavelmente cansada da nossa trepada de reencontro. Como ela dorme como os mortos não foi difícil levantá-la nos meus braços e colocá-la no carro. O trânsito está um completo inferno, mas eu não reclamo. Quanto mais tempo eu puder ficar com a minha garota eu porra vou aproveitar.
Meu celular vibra ao meu lado e eu me mexo calmamente para pegá-lo. O nome de Elliot brilha na tela e e eu sorrio. Faz tempo que não falo com o meu irmão.
Deslizo a tela para aceitar a chamada e aperto a cintura de Ana, sorrindo com o seu suspiro feliz.
— Ei, cara, quanto tempo. — a voz do meu irmão vem pelo fone, me enchendo de saudade.
— Verdade. Crescer foi uma merda. Nós nunca mais tivemos tempo para tomar uma cerveja ou jogar vídeo game. — Elliot gargalha.
— Concordo, mas vamos mudar isso nesse verão. — ele soa decidido, da forma que só ele consegue.
— Conte comigo.
— Só para saber, eu estou atrapalhando alguma coisa? Você está fodendo a sua assistente insuportável? — posso visualizar a careta dele enquanto fala de Leila.
Ninguém da minha família gostou dela, em nenhuma porra de segundo. Eu nunca a apresentei como namorada ou qualquer outra merda. Nós éramos amigos com benefícios, isso até Anastasia Steele cruzar o meu caminho, roubar o meu coração e definitivamente me estragar para qualquer outra mulher.
Sei que ela é filha de um grande amigo, quase um pai, mas porra, a garota agora é minha.
— Christian?
— Não, eu não estou com a Leila. Eu a demiti, na verdade. — murmuro indiferente. — Ela achou que eu era obrigado a aceitar a sua merda.
No momento em que falei com ela eu me senti mal, um filho da puta. Mas foi só olhar para Anastasia que eu desejei nunca nem ter conhecido Leila.
Sorridente. Bonita. Sexy como o inferno.
Minha garota.
— Aí minhas bolas, sério? Puta que pariu eu acho que toquei o céu. — reviro os olhos para o lado feminino de Elliot falando mais alto. — Agora sim nós vamos foder a porra dessa cidade.
Não, irmão.
Há só uma boceta que eu quero foder, e olhando para o estado que me encontro eu terei que deslizar um anel no dedo de Anastasia só para segurá-la ao meu lado até a hora da minha morte.
— Agradeço o oferta mas vou passar, cara. — Elliot engasga, eu acho. — Elliot? Tudo bem ai, cara?
Ele suspira, tossindo e rindo no meu ouvido.
— Você virou gay? — reprimo uma gargalhada com medo de despertar Ana do seu sono inocente.
Sono inocente... a única coisa que ela tem que pode ser classificada assim.
Mas sinceramente tenho minhas dúvidas se é tão inocente assim.
— Não, eu não virei gay. Vamos nos limitar a dizer que achei a mulher perfeita.