CHRISTIAN
Eu estava desesperado.
Completamente desesperado.
Depois da bolsa de Anastasia romper eu saí gritando pelo hotel por ajuda de qualquer pessoa. Os funcionários me acalmaram da melhor maneira possível e chamaram uma ambulância.
— Isso não deveria estar acontecendo. — Anastasia murmura com uma voz chorosa enquanto aperta a minha mão. — Ela está adiantanda. E se tiver alguma coisa errada?
Me abaixo sobre ela e beijo sua testa, afastando as lágrimas dos cantos dos seus olhos.
— Não tem nada de errado, baby. Ela só decidiu conhecer o Havaí também. — Ana funga e me dá um sorriso. — E as mulheres que estão prestes a dar a luz não ficam histéricas? Estou te achando muito calma.
Anastasia suspira e faz uma careta, esfregando o lado esquerdo da barriga.
— Ficar nervosa agora só aumentaria a minha pressão e poderia deixar as coisas ainda piores. Estou com muita dor, confesso, mas também não é o fim do mundo.
— Você é incrível. As vezes eu ficava te olhando dormir e imaginava como seria esse momento. Todas as vezes só conseguia imaginar você gritando e me xingando por ter te engravidado. — Ana gargalha, mas geme logo em seguida e aperta a minha mão com um pouco mais de força, respirando fundo um par de vezes. — Outra contração?
Ela assente e segura a respiração por alguns segundos como nos ensinaram no curso de grávidas.
— Estão vindo a cada cinco minutos. Não vai demorar para ela nascer.
Eu rio e dou um beijo na sua barriga. Phoebe se mexe na mesma hora com um chute forte e Anastasia geme novamente.
— Vou mandar o Taylor correr até uma loja de bebês e comprar tudo que ela e você possam precisar.
— Queria tanto que ela saísse do hospital com aquele macacão Prada vermelho. Dizem que é bom para proteção e boas energias. — Anastasia bufa e revira os olhos. — Já avisou a sua família?
Balanço a cabeça e digito uma mensagem para Taylor pedindo que ele providencie uma roupinha vermelha para a minha princesinha.
— Falei com a Mia, a família estava fora. Ela ficou histérica, óbvio, mas consegui acalmá-la e ela me prometeu que locarizaria todo mundo e eles viriam para cá assim que possível. Devem chegar amanhã.
— Não tem necessidade deles virem para cá. — dou um olhar debochado para Anastasia e ela revira os olhos.
— Parece que você não conhece a nossa família.
Ana sorri, mas fica séria quase que em seguida e uma sombra ilumina seus olhos.
— Eu queria ter a minha mãe comigo agora. Sabe, segurando a minha mão, dizendo que vai dar tudo certo. Carla errou, eu sei, mas ela ainda era a minha mãe. — seus olhos se enchem de lágrimas e meu coração aperta no peito.
— Não fique remoendo isso, baby. Ela não está aqui fisicamente mas está no seu coração e isso é o que importa. Não se apegue a lembranças ruins, isso não é bom. Procure lembrar só dos momentos divertidos que passou com ela, dos concelhos que ela te deu.