Dezenove

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CHRISTIAN

Eu estava desesperado.

Completamente desesperado.

Depois da bolsa de Anastasia romper eu saí gritando pelo hotel por ajuda de qualquer pessoa. Os funcionários me acalmaram da melhor maneira possível e chamaram uma ambulância.

— Isso não deveria estar acontecendo. — Anastasia murmura com uma voz chorosa enquanto aperta a minha mão. — Ela está adiantanda. E se tiver alguma coisa errada?

Me abaixo sobre ela e beijo sua testa, afastando as lágrimas dos cantos dos seus olhos.

— Não tem nada de errado, baby. Ela só decidiu conhecer o Havaí também. — Ana funga e me dá um sorriso. — E as mulheres que estão prestes a dar a luz não ficam histéricas? Estou te achando muito calma.

Anastasia suspira e faz uma careta, esfregando o lado esquerdo da barriga.

— Ficar nervosa agora só aumentaria a minha pressão e poderia deixar as coisas ainda piores. Estou com muita dor, confesso, mas também não é o fim do mundo.

— Você é incrível. As vezes eu ficava te olhando dormir e imaginava como seria esse momento. Todas as vezes só conseguia imaginar você gritando e me xingando por ter te engravidado.  — Ana gargalha, mas geme logo em seguida e aperta a minha mão com um pouco mais de força, respirando fundo um par de vezes. — Outra contração?

Ela assente e segura a respiração por alguns segundos como nos ensinaram no curso de grávidas.

— Estão vindo a cada cinco minutos. Não vai demorar para ela nascer.

Eu rio e dou um beijo na sua barriga. Phoebe se mexe na mesma hora com um chute forte e Anastasia geme novamente.

— Vou mandar o Taylor correr até uma loja de bebês e comprar tudo que ela e você possam precisar.

— Queria tanto que ela saísse do hospital com aquele macacão Prada vermelho. Dizem que é bom para proteção e boas energias. — Anastasia bufa e revira os olhos. — Já avisou a sua família?

Balanço a cabeça e digito uma mensagem para Taylor pedindo que ele providencie uma roupinha vermelha para a minha princesinha.

— Falei com a Mia, a família estava fora. Ela ficou histérica, óbvio, mas consegui acalmá-la e ela me prometeu que locarizaria todo mundo e eles viriam para cá assim que possível. Devem chegar amanhã.

— Não tem necessidade deles virem para cá. — dou um olhar debochado para Anastasia e ela revira os olhos.

— Parece que você não conhece a nossa família.

Ana sorri, mas fica séria quase que em seguida e uma sombra ilumina seus olhos.

— Eu queria ter a minha mãe comigo agora. Sabe, segurando a minha mão, dizendo que vai dar tudo certo. Carla errou, eu sei, mas ela ainda era a minha mãe. — seus olhos se enchem de lágrimas e meu coração aperta no peito.

— Não fique remoendo isso, baby. Ela não está aqui fisicamente mas está no seu coração e isso é o que importa. Não se apegue a lembranças ruins, isso não é bom. Procure lembrar só dos momentos divertidos que passou com ela, dos concelhos que ela te deu.

I Want Your LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora