ANASTASIA
Christian olha para mim cheio de expectativas, suor começando a brotar na sua testa.
Meu coração acelera no peito enquanto lágrimas vem aos meus olhos. O sorriso dele caí na mesma hora.
— Me desculpe, Ana. É muito cedo, eu sei. Não se preocupe, baby, pode pensar com calma que eu... — agarro seu rosto e o beijo com força, puxando-o para dentro do carro comigo.
— É claro que eu quero me casar com você, Christian. Eu te amo tanto. — ele sorri e desliza o diamante enorme no meu anelar, beijando minha mão.
— Você tem um mês. — arregalo meus olhos.
— É brincadeira, certo? Quem planeja um casamento em um mês? Tem que ser o evento do ano e para isso eu preciso de tempo. — Christian revira os olhos e me puxa para o seu colo, beijando minha bochecha.
— E vai ser o casamento do ano como você sempre sonhou. Podemos voltar de viagem mais cedo e minha mãe vai te ajudar com tudo. Também tem a Kate e a Mia que vão estar do seu lado. Contrate uma planejadora, sei lá, mas você tem um mês. — Christian olha para mim com uma sobrancelha arqueada. — E fim de papo.
A área de festas do Port Palace Hotel é um sonho absoluto. Com flores vermelhas e brancas dispostas em vasos de porcelana e candelabros dourados sobre as mesas é quase uma explosão de sofisticação e romantismo. A vista para o mar é de tirar o fôlego, a lua grande e brilhante dando um show no céu.
Um homem de meia idade chama o nome de Christian e caminha até nós com um sorriso, balançando a cabeça para mim antes de apertá-lo num abraço apertado. Os dois trocam frases em um francês perfeito antes de Christian me puxar pela cintura e beijar minha têmpora.
— Oliver, essa é minha noiva, Anastasia Steele. — Christian murmura em inglês. O homem sorri mais amplamente e aperta a minha mão.
— É um prazer conhecê-la, querida. Oliver Pechinnè. — balanço a cabeça, sorrindo docemente. — Seu nome não me parece estranho. — ele para por um momento, me encarando minuciosamente. — Sim, claro. Você é a filha do Ray.
Estremeço com a menção do nome do meu pai, disfarçando com um sorriso forçado.
— Isso mesmo, senhor. — Christian me aperta com mais força e beija meu cabelos.
— E como vai o seu pai? Ouvi dizer que os negócios dele não estavam no seu melhor momento. — arqueio uma sobrancelha para ele, desviando meus olhos para Christian que dá de ombros indiferente.
— Ele está bem e os negócios também. Sabe como é, as vezes acontecem movimentos errados mas no geral está tudo ótimo. — Oliver sorri e dá um tapinha no ombro de Christian.
— Fez uma ótima escolha, garoto. Espero o convite do casamento. — ele ri antes de se desculpar e ir atrás de uma mulher que deve ter a minha idade.
— Isso é verdade? — pergunto baixinho, olhando para as pessoas ao nosso redor.
— O quê é verdade? — Christian pega duas taças de champagne com o garçom e me entrega uma, tomando um longo gole da sua.
— Que os negócios do meu pai estão indo mal. Sabe alguma coisa sobre isso? — Christian dá de ombros e abraça a minha cintura, me puxando em direção as mesas.