Capítulo 26- Welcome Home

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No limiar do horizonte, onde o homem sempre tentar chegar com um troféu e ouro, um raio de luz via-se a subir, a levantar lentamente, sem pressas eminentes, mas com um objetivo ciente de chegar cada vez mais alto, mais no topo, com a sua luz a aumentar a cada instante, cada momento belo e ofuscante, que esta fonte de luz daria para tudo o que aparecera á frente, tudo o que estivesse á superfície dessa linha do horizonte, que separa o dia da noite, que torna tudo no seu cimo claro e vivo, cheio de cor e brilho, as arvores, a vida, o céu, o mar, os pássaros a voar, as viagens entre o oceano, as rotinas cheias de ciclos momentâneos, tudo seria iluminado e acordado por esta fonte de luz vinda de uma bola ardente de chamas e reações nucleares, das quais não se viam ou sentiam, mas que nos chegariam sobre uma bela forma de decorar o seu de tons rosados e azulados, conforme a sua chegada subia, para o alto, de um nascer do sol gentil.

Mais um, para ser concreto, o 94º nascer do Sol daquele ano, fresco para o novo conjunto de tantos futuros anos, a década, a nova década de 40 que chegara á vida de tantos e tantas, onde mais nasceres do Sol e pores do mesmo viriam, choros e alegrias, momentos que mudariam a vida, especialmente quando se entrara nele em momento de guerra ardente e sofrida que tornava a humanidade cinzenta e fria, e que estaria na pele de cada um que ia partinos aos poucos, gota a gota, para as missões que estariam por vir.

Dos corredores, vazios e iluminados pelos raios de sol que entravam pelas janelas laterais fazendo belas pinturas visuais nas paredes com mosaico de tijolo branco, corredor esse que conforme avançamos, em direção á última porta do mesmo, em câmera lenta, sempre direita, onde ouvíamos um ou outro murmuro de conversa mínima, numa base mais vazia, num Março menos frio, onde o que se ouviria mais chilrear dos pássaros lá de fora, camiões e motas a partirem da base, estes sons vinham e iam, conforme avançávamos neste panorama cinemático, sempre lento e estático, que se aproximava em direção de uma porta de madeira negra, trabalhada e firme, plena, que parecia esconder algo na parte de trás e que, conforme o fim do corredor chagava, vemos a porta a abrir lentamente, como num sonho onde alguém nos chama para ir, avançar e ver o que estaria do outro lado...

De lá saíra, em grande postura e sorriso na sua face sonolenta mas viva, uma Andrea nova, uma Andrea mais madura, mais adulta, envelhecida queiram dizer, onde as faces dariam um ar mais autoritário e confiante, onde a sua atitude seria de determinação e energia viva, uma Andrea completamente diferente do que a gente vira naquele corredor, 3 meses antes... Ela não ficara perdida para sempre no vazio da perda, do sofrimento melancólico, na loucura da saudade infinita que não teria cura a não ser a sua nova postura para as memorias para trás do seu ver... Esta caíra, durante dias, semanas, ficara solitária, amarga, triste, depressiva, vazia, sem propósito ou vontade de arranjar tal, mas lá se erguer, com ajuda de Arlet e Ethan, e uma nova Andrea, mais feliz, mais madura, mais astuta, e pronta para cumprir o seu papel na guerra como Tenente-mor, saindo daquela porta com cartas e folhas cheias de rotas e cartografia que seria o seu forte, andando pelo corredor com um andar forte e determinada, em direção á esquadra de onde os generais e capitães planeavam missões para os futuros soldados que partiam a cada dia... esta passara pela cantina, sorrindo e desejando bom dia às cozinheiras que lhe respondiam com alegria ver alguém que já seria família naquela casa, de seguida pelos novos soldados, dos quais seriam abaixo dela e mostrariam respeito e esta sempre repreendia-os e mandava-os treinar em vez de conversar enquanto andava determinada, e estes sorrindo faziam o que esta ordenava.

Por fim, entrara numa sala onde de costas e despercebidos, Arlet e Edward estariam no planeamento daquela que seria uma missão secreta em nome do estado inglês, em nome de Churchill ele próprio, que enviara uma grande correspondência que estaria em cima da mesa de planos e mapas de uma europa toda riscada.

-Bom dia rapazes! - diz Andrea entrando com energia, andando em direção da secretária para deixar os novos mapas e rotas pedidas.

-Bom dia miúda! Mais um dia bem disposta hein?- pergunta um Arlet igualmente mudado, parecia que aqueles 3 meses teriam transformado aquela gente mais nova em homens e mulheres com mais 3 anos.

𝑳𝒂 𝑳𝒂𝒄𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒊 𝑮𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora