Numa manhã posterior aos acontecimentos anteriormente observados e relatados, fresca e luminosa onde as belas nuvens brancas acompanhavam as gaivotas e não deixavam o céu sozinho e abandonado que até lhe davam uma certa beleza angelical, como se só pela sua presença e cor branca como a espuma de um mar lípido destaca-se aquele dia como sendo um "bom dia", Diego conduzia pelas colinas de Sicília, no seu Fiat vermelho, enquanto passava pelas casas de pedra das senhoras que estendiam as suas belas roupas dos seus marinheiros e as crianças andavam de bicicleta por entre turistas que tinham a coragem de subir tais subidas a pé, ou porque a curiosidade mata, ou porque andavam num carro alugado. O mesmo, iria na direção da maior mansão de Sicília, do lado oposto da montanha, colado ao mar e aos montes rochosos, mansão essa que pertencera ao seu Tio.
Este familiar de Diego seria um militar importante, "General ou tenente ou algo assim" pensava o mesmo uma vez que este não conhecia a hierarquia existente dentro do exército, mas cuja importância não apontava nessa direção, por pena do seu Tio claro, que o tentava sempre puxar para as suas pisadas, mas sem sucesso.
Após os seus estudos, e sem rumo para seguir, Diego apenas fora para Sicília, terra da sua infância de criança e adolescente, por seu tio, um homem que participara na primeira grande guerra, com uma certa idade, mas com um espírito do qual estaria pronto para outra mais sangrenta ainda. Diego e Tio tinham uma boa relação, uma vez que o seu familiar nunca tivera mulher ou filhos devidos á sua vida, mas que sempre desejara alguém para deixar o seu legado levando sempre o seu afeto por Diego ser de pai e filho.
Conforme o Fiat vermelho de Diego subia pelas clinas, este parara em frente aos grandes portões verdes-escuros da propriedade do seu tio, que estava agarrado aos muros de pedra estilo medieval, de onde um mordomo, que o reconhecera de imediato, abrira os portões para o mesmo entrar.
Conforme este avançava pela única estrada que levava às portas da mansão, coberta por árvores e sobreiros belos, á direita via os jardins e espaço de lazer e á sua esquerda as vinhas, pomares, estábulos e quintas, este pensava se falaria ou não ao seu familiar da sua nova amiga e vida que tinha em Sicília, uma vez que Tio mostrava sempre uma grande preocupação com o seu sobrinho que era caracterizado como sendo um "lobo solitário do norte esquecido", talvez sim... talvez não...
Ao fazer meia rotunda á fonte que se posicionava em frente das portas da mansão, após a estrada reta e línea de pelo menos 1 km, o mesmo estacionava o seu carro em frente á mansão de onde o seu Tio saia para ver a chegada do seu sobrinho.
-Ah Diego! Bem-vindo, meu rapaz- dizia tio saindo pelas portas e demonstrando grande felicidade por ver o sobrinho.
-Bom dia, tio, como está?
-Bem, bem meu rapaz, ainda vivo se é isso que perguntas- diz com um sorriso- entra, entra, ia mesmo agora tomar o pequeno-almoço, já comeste?
-Olhe por acaso não- diz entrando na mansão, indo para a sala de entrada, coberta por uma atmosfera nobre de onde se deparava com uma escadaria enorme agarrada á parede, paredes essas cobertas por pedra cinzenta e madeira de orvalho e pinturas de cenários de guerra e belas damas, seguido então o tio pela sua direita em direção á sala de pequeno-almoço.
-E depois não às de estar tão magricelas- diz tio, um homem igualmente magricelas ou até mais do que Diego, que para os olhos da sociedade seria descrito como tendo um corpo bem definido e completamente equilibrado.
-Quer mesmo falar sobre isso...- diz o mesmo rindo- mas vá como tem estado nestes últimos dias?
-Olha meu jovem, parado demais... por mais que tente arranjar algo para fazer estou aqui fechado nesta mansão dia após dia, a sorte é que ainda te tenho a ti que vens aparecendo.
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𝑳𝒂 𝑳𝒂𝒄𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒊 𝑮𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂
Fiction Historique"O tempo é algo relativo, as rotinas algo derrubáveis, o que parece ser para sempre não é, e o que está sempre a mudar poderá estagnar." Eis a lição desta história carregada neste livro, nestas páginas, onde 5 adolescentes numa Sicília de 1939 vêm a...