De volta á melancólica e negra Roma, Diego estaria voltado da sua missão, o dia era 16 de Dezembro de 1939, o tempo meteorológico frio e nublado, o céu estaria decorado e coberto com nuvens cinzentas claras, que dariam àquelas terras uma certa fantasia medieval e intelectual, que faria qualquer homem de grande sabedoria efetuar uma bela rotina de pegar no seu humilde jornal, vestir a sua gabardine ou sobretudo longo negro, com um cascol e chapéu castanho-escuro e, posteriormente, deslocar-se para o café mais próximo onde pediria um café expresso longo, e se sentaria na esplanada em frente às portas do café, mesmo sobre o passeio colado á estrada movimentada, debaixo do telheiro de pano vermelho e molhado que o tapava da chuva molha parvos e o permitia ter um momento pacifico naquele que seria um ambiente barulhento da cidade, de uma capital de um país em guerra, conforme camiões militares ou metros superficiais passavam em frente dele, decorando a rua bela com casas altas e trabalhadas em mármore, uma bela imitação italiana da moda arquitetónica francesa nas suas casas residenciais, debaixo daquele ambiente melancólico, belo e intelectual.
Eis uma imagem que seria exatamente a mesma que Diego viria do assento de trás do seu carro, onde seria levado para uma reunião com a sua ordem de magistrados secretos, homens de mistério mas que não teriam nada a provar. Diego viria do seu lugar, lado a lado com Sofia que lia um livro de filosofia, grosso como um tijolo mas fino em frases peculiares. Homens a ler os seus jornais, calmos e pacíficos, sem um trabalho aparente e físico, uma vez que recebiam das suas universidades que estariam vaziam, sem estudos, alunos, sem grandes aulas e programas extracurriculares banais, uma vez que os jovens que deveriam encher aquelas salas enormes das universidades com blocos enormes estariam vazias, apenas com um ou outro génio que graças ao seu intelecto conseguira arranjar justificação para fugir á guerra, algo que se deve de agradecer aos estudos sociológicos e científicos feitos na época... Diego passara por essas mesmas universidades, onde sentira uma bela saudade da vida aborrecida que tivera ali, este nunca gostara da escola, numa gostara do modo de ensino rudimentar, banal e atrasado naquele que deveria ser um sistema altamente atualizado, mas que estaria atrasado pelo menos uns 100 anos, e que continuaria assim durante muitos mais, uma vez que os alunos acostumavam-se e não piavam sobre as regras impostas, as horas extensas e mortas sem vida a fazer o que é chamado de "aprender", tortura infantil a seu próprio ver... mas ainda assim sentia saudades, de sair das aulas e ir para a biblioteca pacifica ler e escrever mil fantasias sobre moléculas ou físicas, ou durante as suas pausas de estudos, bela poesia da qual não classificava como "bonita" mas que daria um belo livro de mil maravilhas... talvez para depois da guerra infinita.
Este via as fontes, cheias de belos monstros e anjos, histórias retratadas na arquitetura renascentista, quer fonte nas mesmas quedas de água no meio de parques urbanos, que fosse nos grandes monumentos de telheiros laranja e altura nobre e nas estátuas utilizadas para decorar as fachadas, de forma a fazê-las sorrir, mas que apenas dariam uma maior melancolia aquilo que seria bela poesia sobre a forma de arte abstrata... parece que as mentes intelectuais são sempre de certa forma... depressivas.
Mas por fim chegaram, ao hotel onde tudo começara, ambos saíram, sorrindo um para o outro confiantes que a sua descoberta, que fora estudada durante a última década de dias na Etiópia e que demonstrara resultados esplêndidos que fariam até própria Sofia mudar de ideias acerca daquele artefacto mágico, misterioso mas fantástico que daria uma revolução não apenas na guerra, mas na ciência em si.
Na mesma sala, onde tudo começara, o poder do anel de pedra negra fora desvendado e mostrado aos políticos e cientistas, generais e socialistas que ficaram de certa forma aterrorizados com impossível magia, mas maravilhados com o que aquilo poderia dar ao eixo em termos de vantagem. Tio estaria na mesma sala, olhando para o sobrinho com orgulho, uma vez que este ter-se-ia mostrado útil e dando uma boa imagem ao General Libra por ter trazido tal rapaz jovem e audaz para aquela ordem.
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𝑳𝒂 𝑳𝒂𝒄𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒊 𝑮𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂
Ficção Histórica"O tempo é algo relativo, as rotinas algo derrubáveis, o que parece ser para sempre não é, e o que está sempre a mudar poderá estagnar." Eis a lição desta história carregada neste livro, nestas páginas, onde 5 adolescentes numa Sicília de 1939 vêm a...