Nas terras orientais do norte de África, onde o legado de uma civilização que marcara a evolução da humanidade em vários aspetos, onde o calor encontra-se em qualquer lado e tudo é iluminado pelos raios de Sol incandescentes que não têm á sua frente uma única nuvem no que seria um seu desértico, árido, e quente. Na grande cidade de Alexandria, terra de começos novos com a governação inglesa a decorrer, onde todo o tipo de maravilhas poderiam ser encontradas, tecidos ricos, cores belas e quentes, vibrantes e visíveis até mesmos por aqueles com falta de vida, cores encontradas nas variadas especiarias, nas variadas culturas das vestes, das maquilhagens, das casas, das ruas, nas belas palmeiras, no mar azul do mediterrâneo que embatia na costa do norte de África, onde nas docas, num navio militar inglês, saiam 3 figuras, de vestes frescas, parecidas, cor de areia e de folha de oliva que olhavam deslumbrados para o que seria o completo contraio da Europa conhecida, da Inglaterra fria de onde viriam, onde o calor apertava, e o mar refrescava.
-E aqui apresento-vos, a terra onde se encontra tudo, terra de legado histórico de um belo império romano em terras ancestrais do Egito, um pouco o que acontece ainda nos dias de hoje só observamos o que os ingleses fazem por aqui... Apresento-vos, Alexandria.- diz o general, de malas posadas no chão e braços diante o seu corpo, a apontar para o caminho de madeira que os levaria a uma bela praça principal, onde casas se erguiam, como uma pequena Londres no meio de um deserto quente e belo.
-Uau! África! Nem acredito que sai da Europa pela primeira vez!- dizia Andrea, olhando em volta maravilhada, para os novos costumes, culturas, pessoas, para as cores, o céu azul ofuscante, mais limpo do que alguma vez vira em Sicília, onde as gaivotas voavam pelo ar sobre a única aragem fresca daquelas terras, a aragem do mar fresco.
-Uau! Calor...- diz Arlet irónico, com um ar de cansaço de desconforto devido ao calor estremo.
-Então manito? Não eras a brasa de Sicília?- dizia Andrea a gozar com ele.
-Sim sim, os tempos mudaram e um homem envelhece.
O general lançara uma grande gargalhada olhando de seguida para o Arlet com olhos de quem dissera "Cala-te que o velho aqui sou eu", de seguida seguiram caminho para a grande praça principal, onde os prédios administrativos inglês, de dois andares, três no máximo, situavam-se em volta de jardins construídos provavelmente numa época vitoriana, uma vez que no meio de tanta pobreza existia sempre um ou outro belo e grandioso jardim, mas a colónia que batia o recorde de jardins belos no meio da precariedade era a Índia, o Egito nem chegava perto.
Um comerciante, de estatura mais baixa, de roupas amarelas cor de baunilha, uma espécie de camisa larga e leve que percorria o corpo todo e que ficava em conjunto com umas calças brancas leves, de chapéu de palha e que cuidaria de alguns camelos parados seria o alvo da curta caminhada dos 3 militares que, para o general Edward, seria o próximo homem co quem iria falar.
-Oh companheiro! Olhe ajude-me lá aqui!
O homem olhara de baixo para cima para o general e, ao ver a estatura do mesmo, de homem enchido de músculos que poderiam ser apercebidos pela camisa branca justa que teria com uma calças chino cor de creme de café, posta para dentro e com alguns botões desapertados a mostrar um colar de ouro com a cruz de Cristo, daria logo a informação ao comerciante que ou aquele homem era rico, ou ia roubar alguma coisa, ou (o que parecera mais possível) seria um general militar da Inglaterra.
-Sim sim? -respondia o comerciante em um inglês com sotaque carregado.
-Arranje lá um bom camelo para os "cavaleiros ingleses"- diz este as últimas duas palavras com um tom diferente, fazendo os olhos do comerciante arregalarem e mesmo sorrir.
-Ah! Cavaleiros ingleses! Esperava por vocês!- diz o mesmo saído de cena, atravessando a rua e indo para um beco sem saída entre 2 prédios administrativos, um que seria os correios e o outro que seria os serviços académicos
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𝑳𝒂 𝑳𝒂𝒄𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒊 𝑮𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂
Ficción histórica"O tempo é algo relativo, as rotinas algo derrubáveis, o que parece ser para sempre não é, e o que está sempre a mudar poderá estagnar." Eis a lição desta história carregada neste livro, nestas páginas, onde 5 adolescentes numa Sicília de 1939 vêm a...