XI

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Key ficou petrificado por alguns minutos, ele sentiu que havia viajado no tempo.

Ele olhou ao redor, e diferente das árvores verdes de antes, e das lindas árvores de cerejeira rosadas e acácias avermelhadas, viu algumas das pessoas que o viram crescer o olharem torto, alguns cochichavam, e outros simplesmente apontavam para si e faziam comentários ruins.

Ele estava tonto, ele estava nervoso, ele queria correr, ele queria fugir. Ele não estava a aguentar.

Mesmo sabendo que se tratavam de peças de seu subconsciente, Key não conseguia voltar a realidade. Ele se encolheu, aconchegando seus cachorrinhos contra si.

Seu coração batia forte, sua respiração estava descarrilada, ele simplesmente não aguentava mais. Ele queria gritar mas não conseguia.

Até que ele sentiu mãos calorosas ao redor de sí, primeiro ele quis se afastar, porém o cheiro do shampoo de côco e chocolate de senhora Lee o relaxaram,  como se seu corpo soubesse que poderia desativar suas defesas e se deixar ser cuidado.

– Você hoje Fica comigo Ki-Bum. Se esse rapaz anda por aqui, não é seguro você ficar sozinho em casa, pelo menos por enquanto. Até que pelo menos Onew ou Ga-On estejam por perto. – Ela explica, e Key assente que sim, ainda um pouco perdido.

– Vamos passar no shopping e comprar algumas roupas para você, para que evitemos ir para sua casa, e por ocasião encontrar novamente com aquele peso morto. – Senhora Lee explica, agora agarrada a Key, com suas mãos ao redor do rapaz.

Lee Min-Ho ainda alheio a situação, decidiu não comentar nada, e simplesmente andou a alguns passoa de distância de Ki-Bum e sua mãe, perdido também em seus próprios pensamentos.

A ida ao shopping foi curta e breve, porém Key estava tão distraído, que se esqueceu de comprar um novo celular

Quando chegaram a residência Lee, Key estava um pouco melhor, porém não demorou a estar a cem por cento. Tanto sua cunhada, quanto sogro o mimavam igual a sogra, poderia se dizer que ele era mais da família que Lee Min-Ho.

E como não, senhor Lee respeitava Key, por o achar um ômega forte e obstinado. Ele dizia o que pensava, sem medos, ele defendia o que estava certo e gritava quando pensava que algo estava errado. Cuidava de seus pais e sogros com amor e respeito, e muito carinho.

Jéssica gostava de Key pois tinham personalidades semelhantes, mesmo a primeira sendo alfa. Key nunca se deixou intimidar, sempre deixou claro seus pontos, e era um amor de pessoa. Por isso que quando soube de parte da história, ela queria comer San-Ha vivo. Pois para ela de seu irmão não estava para defender seu ômega, ela como irmã defenderia. Porém nem foi necessário, Key lidou de tudo sozinho, causando mais respeito e preocupação por parte da família Lee.

Que mesmo sendo uma família bastante abastada e cheia de recursosl ainda assim vivia de forma humilde e simples.

– Key querido, onde está seu telefone? – Perguntou Senhora Lee ao sair da cozinha, junto do filho mais velho.

– Sua mãe acabou de me ligar, preocupada dizendo que não conseguia te contactar. O que se passa? – Ela reforçou e Key lembrou, o telefone estava quebrado em sua bolsa, o que o fez automaticamente pegar na mesma.

Porém contrário de seus sentimentos anteriores, ele deu uma risada falsa.

– Bem, essa manhã eu o deixei cair sem querer e ele quebrou. Tenho que comprar um novo e trocar o shipp também,é tão velho. – Mentiu Key, enquanto olhava para dos dedos entrelaçados de suas mãos.

– Você trocou a dois meses, Tsk Tsk... Essas crianças de hoje em dia. – Resmungou a senhora Lee.

– Amanhã vamos juntos comprar isso okay. Antes que sua mãe morra de ataque cardíaco. Nesta idade as pessoas vão por coisas muito pequenas. – Avisou senhora Lee.

TRANSBORDAR { ROMANCE_GAY - MPREG } ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora