XV

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Já haviam se passado três dias, e hoje era Quinta-feira, Ga-On acordou cedo, fez sua higiene e novamente roubou uma peça de roupa do alfa mais velho, porque sentiu que era mais confortável e ele não podia negar que o perfume dos feromônios do mesmo empregnados naquele moletom o faziam sentir seguro.

Acordou decidido que antes de voltar a visitar Woo-Bin, daria uma jeito na sua vida, pelo menos o que pode dar neste momento. Ele não havia faltado um dia sequer, e o alfa mais velho também não mesmo, pois eles queriam ter certeza que Woo-Bin estava seguro e sendo bem tratado.

Eles não tiveram notícias do pai do menino, pelo menos por enquanto e não queriam ter tão cedo mesmo. Ga-On na segunda visita descobriu que o fofucho, alcunha que deu secretamente a Woo-Bin, porque ele era muito fofo aos olhos de Onnie, amava pudim de caramelo. Portanto o casal usou isso para se aproximar do mais novo membro da família.

Porém hoje ele decidiu que iria mais tarde visitar Woo-Bin porque, ele já havia combinado com seus amigos sobre precisar de ajuda com a mudança e os mesmo se disporam para tal. O alfa até tentou dizer que K poderia lidar com isso, falando de seu guarda-costas, porém Ga-On disse que não. Ele poderia lidar com aquilo sozinho.

Portanto agora, após tomar seu desjejum e deixar o pequeno almoço de Elijah pronto, visto que Kang Yo-Han saia cedo de casa, e já havia levado a marmita que Ga-On preparou na noite anterior, porque quis, ele dizia que quando o alfa não comia de manhã ele voltava que nem um zombie a noite.

Ga-On neste momento estava a frente de sua nova casa a espera de Soo-Hyun, que tinha folga e decidiu ajudar também, a brisa era suave e fresca e ele estava estranhamente calmo com a ideia de sair da casa, “sozinho”, K seu novo guarda costas, até comentou que o achava estranho.

Pois, diferente da maioria, Ga-On não havia desenvolvido traumas evidentes após o ataque, porém o que o mais velho não sabia, era que ele simplesmente não contou a ninguém que sentia medo só de pensar em voltar a universidade e por tal motivo ele nem conseguia ir as provas finas presencialmente, algo que ele amava fazer.

E essas mudanças só vieram a calhar para o ômega, elas o mantinham ocupado, portanto mesmo que seu subconsciente tentasse, ele poderia muito bem descartar tal sentimentos negativos e se distrair aflorando os positivos, como por exemplo a felicidade pela adopção de Woo-Bin, a ansiedade e alegria pela sua mudança definitiva para a casa de seu alfa, a satisfação pela sua natural customização a rotina de Elijah e Yo-Han, uma péssima forma de lidar com isso? Sim, mas Ga-On não via outra forma tão prática e rápida com efeitos de curto prazo tão eficientes.

Foi tirado de seu transe após ouvir uma buzina animada por perto e, com essa demonstração em grande, Soo-Hyun havia chegado. Para sua surpresa, logo que a irmã se aproximou em seu Toyota, ele pode ver duas carinhas familiares no banco de passageiros já acenando para ele.

– Vocês não poderiam ficar a espera em casa né? – Disse o ômega, entrando no carro e sentando no banco do carona.

– Quem te dera! – Disse Key. – Você ganhou na loteria com Kang Yo-Han, saiu da periferia e veio morar em mansão de filme de terror. – Comentou Key, ele não via os amigos a dias, mas seu jeito não estava enferrujado.

– Diz o ômega, que vive com os sogros ricos e o namorado claramente futuro capitão da brigada de costumes da polícia, com bom rendimento mensal, e herança gorda. Você não tem moral para dar pitico aqui Key. – Apontou Ga-On, ele já sabia da reconciliação de Key e Min-Ho, e amou usar isso para calar seu amigo, que agora estava corado.

– Vocês dois são realmente impossívei, com seus noivos ricos e vivendo como burgueses safados. – Disse Onew, trazendo a mira para seu lado.

– Diz o recatado e do lar, Onew por favor, você vive naquele hotel cinco estrelas que nem aquelas madames ricas, você também não tem moral nenhuma aqui. – Ria Key do amigo.

TRANSBORDAR { ROMANCE_GAY - MPREG } ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora