Ao Acaso - Especial - Akira e Aaron - capítulo 11
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Akira Suzuki x Aaron Chevalier
Olhos vermelhos e espertos observavam avidamente o homem moreno praticamente escondido em um dos cantos da imensa sala onde acontecia a festa de apresentação do novo membro de uma das mais respeitadas famílias daquela cidade.
Aaron que era o jovem que observava com atenção seu objeto de fascínio não gostava muito de festas, mas ao descobrir que Akira Suzuki estaria ali e que ele poderia finalmente falar com ele se empolgou por poder comparecer aquela festa.
- Ficar do canto olhado não vai resolver Aaron. Vá até lá. - Falou o pai do menino, um belo homem loiro de olhos vermelhos assim como o filho, na verdade Aaron era uma perfeita cópia do seu pai Tal Neo, as únicas diferenças eram a altura e tamanho do cabelo.
Enquanto o pai do rapaz loiro era alto e tinha longos cabelos que chagavam ao meio das costas, Aaron era baixo para os seus 18 anos, tinha os cabelos curtos e repicados, com um comprido franjam que cobriam seus olhos cor rubi e charmosa sardas, que possuía em seu nariz e bochecha.
- Falar é fácil pai, mas... Eu não sei se consigo me aproximar dele. Eu sou invisível para o Akira.
- Pois trate de tornar-se visível menino. Você gosta desse rapaz ou não?
- Eu amo ele pai.
- Então corra atrás. Nada vem fácil nesse mundo meu filho, principalmente para pessoas como nós. Não deixe essa oportunidade passar querido ou você vai se arrepender para o resto da vida.
Aaron mordeu o lábio nervoso e mais uma vez lançou um olhar ao moreno, que olhava a festa parecendo entediado e então tomou a sua decisão. Seu pai Tal Neo, queria que ele se casasse por amor, porém seu outro pai, visando um futuro seguro para ele já estava atrás de um parceiro para um casamento arranjado, fato comum entre famílias que tinham filhos Tal Neo, eles viam o casamento arranjado como um modo de protegerem seus filhos da dura realidade que era a vida de Tal Neo que não possuía dinheiro e status, mas mais do que estar seguro em um casamento de conveniência com um parceiro rico que poderia proporcionar tudo a ele, Aaron queria casar por amor e no momento ele amava aquele moreno que parecia ignorar a sua existência.
Suspirando o loiro deu um passo e depois outro e outro enquanto seus olhos não saiam do moreno distraído que agora olhava pela janela. O pai do rapaz que observava tudo com um sorriso levou um susto quando alguém colocou a mão sobre seu ombro.
- Então ele tomou coragem Oga, incrível como ele puxou tudo em você até mesmo ser medroso. - Falou o homem moreno chamado Jin, o outro pai de Aaron.
- Haha muito engraçado Jin. Vamos torcer pela felicidade dele.
- Sim vamos e sorrindo os pais corujas ficaram olhando o filho de longe, zelando e torcendo pela felicidade do rapaz.
Enquanto isso Aaron finalmente se aproximava do seu objeto de desejo, notando desanimado que o outro sequer percebeu sua presença. Dando uma curta olhada para trás ele viu os pais abraçados, trocando caricias e confidencias com sorrisos nos lábios. Seus pais se amavam tanto e era aquilo que ele queria também, ser amado daquela forma e com isso em mente ele finalmente alcançou Akira.
- Entediado? - Perguntou Aaron incerto ao moreno, sentindo seu coração acelerar quando os olhos azuis do outro se conectaram aos seus.
- Um pouco e você também pelo jeito se não, não estaria falando comigo. - Respondeu Akira Suzuki de forma seca. Akira era alto, seu corpo era musculoso, mas não exageradamente, tinha 20 anos. Não tinha um rosto perfeito ou uma beleza clássica, mas era sim um homem bonito com seus cabelos castanhos escuros lisíssimos que chegavam até os ombros e os brilhantes olhos azul turquesa.
Aaron sentiu o canto dos olhos arderem com aquele fora. Devia ter esperado algo assim, mas apesar de frustrados e um pouco magoado e sem graça ele não desistiria sem lutar.
- Na verdade não. Essa foi apenas suma desculpa boba para falar com você. - Disse o menino sem graça.
- Desculpa, não queria ser grosso. - Disse o moreno notando o constrangimento do menino enquanto reparava mais no rapaz, e o que mais chamavam atenção eram os adoráveis olhos vermelhos quase praticamente escondidos atrás da franja.
- Não foi. Meu nome é Aaron Chevalier sou filho do embaixador da frança, assim como também tenho um pai japonês. - Disse o menino alegre e Akira se admirou por ele não esconder que era filho de dois homens, mas também com aqueles olhos vermelhos, definitivamente ele não conseguiria esconder que era um Tal Neo porém não era para o bico de Akira.
- Entendo. - Disse Akira um tanto ríspido. - Filho do embaixador... Sou Akira Suzuki sou amigo do marido de Takafumi Minase, o dono da festa, sou também o reles entregador da pizzaria de Yue Minase e só estou nessa festa por isso então se não se incomodar deveria procurar alguém com mais... Cultura para te fazer companhia.
Akira se odiou naquele momento ao ver os olhos vermelhos lacrimejarem, mas se afastar do menino era melhor pensou já virando as costas e saindo, ficando surpreso a sentir sua mão sendo segurada por mãos pequenas e macias.
- Desculpa. Eu sabia quem você era.
- Sabia? - perguntou Akira surpreso.
Aaron balançou a cabeça e largou a mão de Akira a levando ao seu próprio rosto e enxugando os olhos.
- Há um tempo você entregou pizza na casa de um amigo meu. Eu te vi e me apaixonei, mas pensei que nunca mais te veria novamente, no entanto eu te vi algumas outras vezes e gostei ainda mais de você então eu procurei saber mais sobre você. - Aaron parou a narrativa e sorriu um sorriso lindo na opinião de Akira. - Por coincidência eu conheci um primo seu que me contou muito sobre você e quando descobri que você estaria aqui implorei para os meus pais me trazerem.
Akira estava muito surpreso pela história do outro, mas ainda não achava que era digno de pensar em ter algo com aquele menino.
- Entendo. Mas nós temos vidas diferentes. O que seu pai pensaria se você começasse a sair com um entregador de pizza? - perguntou o maior em uma tentativa de se livrar do menino.
- Ele sabe que eu gosto de você. Eu conto tudo para os meus pais e eu vou te contar um segredo. Meu outro pai que é um Tal Neo era um garoto de programa quando ele conheceu o meu pai mas o amor destrói barreiras é nisso que eu e meus pais acreditamos. - Disse o menino sorrindo fazendo Akira sorrir também.
- Você tem razão. Desculpa, acho que estou meio desconfiado com o amor, mas... Acho que podemos nos conhecer. Vamos lá para fora para podermos conversar direito. Esse lugar me sufoca.
Akira observou o menino corar e abrir um imenso sorriso com os olhos vermelhos brilhando em alegria então de repente ele esqueceu tudo, festa, classe social, Yue. Tudo que ele queria era ver Aaron Chevalier sorrir.
Porém Akira não foi capaz de encontrar Aaron uma segunda vez. O loiro era especial ele notou depois da longa conversa que eles tiveram do lado de fora da festa. Aaron perguntou se ele acreditava em amor a primeira vista, se uma pessoa podia realmente se apaixonar assim tão fácil por outra, e a primeira coisa que veio na cabeça dele foi dizer não, mas olhando os olhos do menino, perdidos no céu e aquele sorriso tímido e brilhante ele disse sim, que acreditava por naquele momento ele se apaixonou por Aaron e antes de seus pais irem buscá-lo para levá-lo embora Akira, combinou o segundo encontro com o rapaz, um segundo encontro que nunca aconteceu.
- Não acredito que você vai fazer isso Akira. Você vai dar um bolo no menino? - Perguntou Hikaru Suzuki primo de Akira, com um olhar reprovatório.
- É o melhor para ele. Eu não sei o que estava passando por minha cabeça quando eu marquei esse encontro Hikaru, era para eu ter deixado as coisas claras com o Aaron naquela festa, porém eu fui fraco, foi à semelhança dele com o Yue...
- Mentiroso. - Ditou Hikaru. - Covarde. Não me venha com esse papo de que você aceitou conversar com ele, ficaram horas e horas paquerando, combinou um segundo encontro porque ele te lembrava do "seu grande amor Yue", pois sei que não é verdade e também não adianta dizer que vocês são de mundos diferentes e Bla, Bla, Bla, que isso é não cola mais Akira.
- Você não entende Hikaru.
- E nem você Akira. Se você fosse homem pelo menos teria ido encontrá-lo, mesmo que fosse só para dizer que não quer nada com ele, não deixá-lo esperando assim.
Akira suspirou sabendo que o primo tinha razão. Olhou no relógio vendo que já tinha passado umas três horas desde o horário marcado e provavelmente o loiro nem estaria mais no local combinado então deu apenas de ombros afinal tinha que trabalhar. Depois do que tinha feito Aaron Chevalier ia esquecê-lo e se ele fosse esperto faria o mesmo.
Enquanto isso Aaron chegava à casa arrasado. Depois de esperar três horas no café marcado com Akira ele finalmente percebeu que o moreno não ia aparecer.
- Ei Aaron... Como foi? - Perguntou Oga pai do menino ansioso, quando o filho entrou.
- Não foi. Ele não apareceu. - Falou o loiro tentando sorrir, mas falhando miseravelmente. - m-mas deve... Deve ter ac-contecido algo para... - Aaron ainda tentou se enganar, porém não conseguiu terminar de falar e se entregou ao choro que ameaçava desabar a horas.
- Sinto muito meu filho, mas se ele não apareceu é porque ele é um tolo que não te merece...
- Não. - Falou Aaron se desvencilhando do pai. - Eu não vou desistir dele pai, ainda não posso eu o amo, amo tanto.
- Tudo bem meu filho. Tudo bem. Talvez ele apenas tenha sentido medo. Eu também fugi do sue pai quando nos conhecemos então se você acha que vale a pena tentar tente, mas não vá longe de mais se perceber que ele não te quer, não insista.
- Eu vou tentar pai, mas apenas mais uma vez. - Falou Aaron voltando a desabar.
Naquela noite Aaron chorou muito nos braços do pai, mas no dia seguinte estava pronto para a batalha. Ele sabia o endereço da casa do moreno, porém preferiu procurá-lo no trabalho, pois assim ele não teria como fugir.
Aaron chegou quando a pizzaria onde o moreno trabalhava estava abrindo e sorrindo ele viu o moreno pelas portas de vidro. Suspirando profundamente ele se aproximou tocando a maçaneta e entrando no lugar mesmo que na porta ainda estivesse com a placa de fechado.
- Desculpe, mas ainda estamos... - Começou Akira a falar virando-se para a porta, parando ao deparar-se com o loiro.
- Eu sei, mas... Eu preciso falar com você Akira.
- Aaron... - Falou o Suzuki surpreso sem saber o que fazer sentindo seu coração bater como um louco dentro do peito.
- Por que você não apareceu ontem? - Foi direto o loiro.
Akira ficou um tempo sem saber o que dizer, contudo não podia deixar o loiro sem uma resposta. Se ele tinha ido até ali buscá-las e por mais complicado que fosse para ele Aaron tinha o direito de ouvir o que pensava.
- Porque aquele encontro seria um erro, só iria te dar falsas esperanças de que pudéssemos ter algo no futuro. E antes que você diga, fui um covarde sim por não ter ido falar isso na sua cara sinto muito por isso Aaron.
- Você não gosta de mim? - Perguntou Aaron com lágrimas nos olhos, mas tentando fortemente não derramá-las, não queria transformar aquele episódio em um drama.
- Não é isso Aaron. - Respondeu Akira corando um pouco, desviando o olhar temendo que o loiro visse seus verdadeiros sentimentos em seus olhos.
- Então foi covardia sim. - Aaron disse confiante, vendo os olhos azuis se arregalarem. - De que você tem tanto medo Akira?
- Nós somos incompatíveis, somos de mundos diferentes e...
- Novamente pergunto. Você gosta de mim? - Interrompeu Aaron prendendo seu olhar ao do outro o obrigando a olhá-lo nos olhos e dizer que não gostava dele.
- Eu gosto de você Aaron - Respondeu o moreno, deixando transparecer em seus olhos todo o carinho e querer pelo rapaz. - gosto até demais. - acrescentou o moreno baixinho.
- Então me de uma chance. - Falou Aaron se aproximando e num ato corajoso puxando o moreno contra si o beijando, um beijo desajeitado e tímido, mas que ganhou força quando Akira o enlaçou, mostrando ao menino como se fazia, com calma e certa delicadeza, beijaram-se até ficarem sem ar.
- Akira... Eu amo você... - Falou o rapaz, tentando novamente beijar o moreno, com esperança brilhando nos olhos rubis, no entanto sendo afastado pelos braços poderosos do moreno.
- Aaron não... Não vai dar certo. - Falou Akira se afastando, largando Aaron com relutância e virando-se fazendo menção de entrar na cozinha.
- Vou me casar Akira. - Disse Aaron surpreendendo o outro, aquela sendo sua ultima tentativa desesperada de conseguir a atenção de Akira, jurando a ele mesmo que seria a ultima vez que correria atrás do moreno. - Daqui a uma semana vou aceitar oficialmente o pedido de casamento do filho de um amigo do meu pai, mas se você quiser ficar comigo eu não me caso. Você tem uma semana para decidir, na segunda feira eu aceitarei o pedido se você não me procurar até lá.
- Eu não vou Aaron. Tenho certeza que será mais feliz com alguém da sua classe social. Boa sorte. - Falou Akira ouvindo os passos apressados de Aaron e depois o barulho da porta batendo finalmente tendo coragem de olhar para trás, porém o loiro já tinha desaparecido. - Droga.
Aaron saiu da pizzaria apressado e arrasado lutando arduamente contra as lágrimas, sabendo que aquelas tinham sido as palavras finais do moreno o pior de tudo era que sentia que Akira gostava dele, porém não podia forçar o moreno a aceitar o fato ou ficar com ele, o único jeito então era aceitar seu destino. Como ele falou para o moreno ia aceitar o pedido de casamento, um casamento de conveniência onde ele sabia que seria infeliz.
A semana passou rápida e infeliz para Aaron que pensava que Akira tinha se mostrado um homem de palavra no momento mais inconveniente possível. Ele não quis entrar em detalhes conversou com o pai aceitando a proposta de casamento feita pelo filho de um dos amigos de Jin. Hoje era o dia que conheceria seu futuro marido, um rico e jovem empresário que inclusive moraria com ele na frança.
Sem disposição alguma Aaron se arrumou tranquilamente, só saindo do quarto naquele dia ao ouvir a campainha tocar anunciando a chegada do seu futuro marido. Descendo lentamente ele foi para a sala onde ouvia vozes alegres enquanto se preparava para fingir uma felicidade que ele não possuía, sorrindo sem vontade ele entrou na sala vendo seu sorriso desaparecer, parando chocado no meio da sala.
- Oh! Meu filho, venha, venha cumprimentar seu futuro marido.
- Marido? Mas... Como? Akira?
- Oi Aaron. - Falou Akira com um sorriso enquanto se levantava pegando um buque que havia trazido para o menino e estendendo ao mesmo.
Aaron tampou a boca enquanto chorava baixando vendo o moreno se aproximar lentamente e tocar seu rosto, limpando suas lágrimas.
- O que está acontecendo? Você está querendo brincar comigo? - Perguntou o Chevalier relutante e tremulo aceitando o buque de rosas.
- Não. Eu sou o seu noivo Aaron, procurei seu pai no meio da semana depois de quase enlouquecer tentando negar que não te amava e que não queria construir uma vida com você e falhar miseravelmente. Eu te amo Aaron, desculpa ter sido tão covarde até agora.
- Akira. - choramingou o rapaz deixando o buque cair no chão e se agarrando ao moreno desesperadamente, temendo que aquilo fosse apenas mais um dos seus sonhos românticos.
Akira abriu ainda mais o sorriso e enlaçou a cintura de Aaron o erguendo, girando um pouco antes de levá-lo até o sofá sentado com o loiro em seu colo e de frente para os pais emocionados do rapaz.
- Como que vocês conseguiram me esconder isso? - Perguntou Aaron aos pais.
- Foi difícil, principalmente ao vê-lo como um zumbi pelos cantos da casa. - Respondeu Oga limpando as lágrimas. - Ah meu filho você não imagina a minha felicidade quando o Jin me contou que o Akira o procurou para pedir sua mão.
- Não acredito que fez mesmo isso Akira.
- Fiz. Era o certo a se fazer e antes que diga algo é algo que queria. Agora somos noivos, mas nosso casamento não vai ser rápido, antes eu quero terminar meus estudos e ter um bom emprego para poder te dar o que você merece.
- Oh! Akira...
- Mas tem um problema. - Falou Jin.
- Qual? - Perguntou Aaron.
- Nós vamos voltar para frança mês que vem e como já conversei com o Akira nós não podemos te deixar para trás filho.
- Não. Eu não quero voltar pai...
- Calma Aaron... Seu pai fez uma proposta ao Akira.
- Proposta?
- Sim, quero que ele venha com a gente. Tenho um apartamento lá vocês podem morar lá, arranjarei um emprego e ele pode até estudar se quiser e dando certo ou não vocês dois o Akira poderá ficar no apartamento o tempo que quiser sem nenhum custo.
- Mas ele...
- Eu aceitei Aaron. Aceitei o apartamento e a sugestão para terminar os estudos lá, mas o emprego eu quero conseguir sozinho e enquanto não conseguir posso me sustentar, tenho algumas economias e... Eu tenho certeza que dará certo entre nós dois, pois eu o amo.
- Oh! Akira. - Aaron se jogou nos braços do noivo, buscando a boca do moreno com carinho e em meio a esse contato os dois sequer perceberam os pais do loiro, saírem da sala.
- Não está acontecendo rápido demais para você? - Perguntou Aaron hesitante.
- Está, mas não importo, pois sei que não vou me arrepender das minhas escolhas e você? Está certo de que é isso que quer? Está certo de que realmente sou eu que você quer?
Aaron olhou dentro dos olhos azuis de Akira e depois olhou em volta vendo que os pais dele não estavam mais ali. Se ele queria, se tinha certeza que queria ficar com Akira? Sim, sim, sim ele tinha certeza que o maior era o homem da sua vida assim como sabia que amanhã depois e depois de amanhã, daqui a mil anos ia continuar tendo certeza e amando aquele homem, mas ele sentia que agora palavras não bastavam.
Se levantando Aaron puxou a mão de Akira que pareceu confuso, mas seguiu o rapaz silencioso só parando em frente a uma porta e mesmo sem ver o rosto de Aaron o moreno já sabia muito bem o que aquilo significava.
- Aaron... Eu não acho que seja uma boa ideia. - Falou o moreno engolindo em seco quando o menino olhou para ele com os olhos brilhando com vários tipos de emoção, Amor, paixão, desejo, necessidade, querer e certa timidez.
- Por quê? Eu te amo. - Disse o loiro abrindo a porta e entrando no quarto de costas. - E quero fazer amor com você.
- Aaron. - Murmurou Akira incerto, ainda parado na porta, vendo Aaron a começar a tirar as roupas com o rosto totalmente corado.
- Você não quer? - Perguntou Aaron parando incerto. Olhando de modo suplicante para o moreno.
- Claro que quero.
- Então vem. - Chamou o loiro, estendendo a mão, mordendo o lábio em um misto de desejo e medo de ser recusado.
Akira não tinha como negar. Apesar de achar que as coisas estavam acontecendo rápido demais não conseguiria negar nada ao loiro, não quando ele lhe encarava daquela maneira desejosa e temerosa, com o rosto vermelho e os lábios crispados em apreensão e esperança. Ele entrou no quarto sem tirar os olhos dos de Aaron, batendo a porta as suas costas com um suave click, aproximando-se do rapaz e impedindo que ele retirasse a calça, pois a blusa já estava no chão. Sorrindo ele tocou o rosto corado de Aaron o acariciando com carinho, dando um beijo delicado na ponta do nariz arrebitado.
- Eu te amo Aaron, quando eu te conheci juro que nunca pensei que viria a te amar assim, ainda mais tão rapidamente.
- Me prove. - Falou Aaron em um rompante de coragem, enquanto se colocava nas pontas dos pés e envolvia o pescoço de Akira reivindicando os lábios do moreno em um beijo sedento.
Akira gemeu por entre o beijo, agarrando os ombros de Aaron, sentindo como a pele branca e imaculada era macia, descendo suas mãos curiosas sobre as costas do rapaz até o quadril o agarrando e puxando contra si, notando surpreso que o outro já estava excitado.
- Akira. - Murmurou Aaron desfazendo o beijo por falta de ar, dando passos trôpegos para trás e levantando a cabeça deparando-se com o olhar azul que observava seu corpo com avidez e evidente aprovação.
- Tão bonito. - Murmurou Akira estendendo as mãos e tocando os ombros com algumas sardas de Aaron. - E fica lindo, muito lindo assim vermelho de vergonha, mas eu estou ansioso para vê-lo corado de paixão meu amor.
Aaron mordeu o lábio um pouco constrangido, mas ele também estava ansioso para ser de Akira. Erguendo os olhos voltou a se aproximar do moreno segurando a barra da camisa dele, começando a puxá-la por cima quando recebeu um sorriso de consentimento do maior. Ao retirar a peça ele arregalou os olhos, admirando o corpo de pele dourada de ombros largos e fortes e braços poderosos, o peito sarado e a barriga tanquinho, Akira era ainda mais lindo do que ele imaginava. Deslizando timidamente a mãos pelo peito do maior ele alcançou as calças do moreno, porém o Suzuki foi mais rápido e o parou.
- Ainda não Aaron.
- Por quê?
- Não quero que aconteça tão rápido. È sua primeira vez não é, tem que ser especial.
- Sim é minha primeira vez e eu vou fazer amor com o homem que amo tem algo mais especial que isso?
- Claro que tem. Você merecia um jantar romântico, regado a bom vinho e comida, com uma musica romântica ao fundo, depois eu te levaria para um lugar especial, decorado com requinte, a cama coberta por pétalas e rosa e tudo que você tem direito, então exploraria seu corpo com calma e faria amor com você de um jeito doce e especial.
- Eu não preciso disso Akira. Nós não precisamos de ideias predeterminadas sobre romance ou amor ou como deveria ser uma primeira vez. Termos um ao outro e poder fazer amor tendo a certeza de ser amado me basta.
- Ah Aaron. Você é demais. - Murmurou Akira encantado em como alguém que nasceu em berço de ouro e sempre teve de tudo podia ser tão simples como aquele garoto. Sorrindo ele pegou o rapaz no colo dando um rodopio com ele e depois indo em direção à cama jogando o loiro nela.
Aaron deu um gritinho quando foi erguido, gargalhando ao ser girado e jogado na cama, perdendo o riso ao ver a expressão sensual do seu moreno.
Akira desceu os olhos famintos por todo o corpo de Aaron enquanto lambia os lábios repentinamente secos demais antes de se ajoelhar na cama e se juntar ao menino, deitando-se sobre Aaron, mas sem depositar seu peso sobre o corpo pequeno sentindo o loiro agarrar seus cabelos e o puxar para um beijo lento que se intensificava aos poucos, assim como as caricias, as línguas se embolavam de modo preguiçoso, explorando e se buscando assim como os braços e pernas que se entrelaçavam e o casal que não queria saber mais nada que não fosse um ao outro.
Aaron cingiu a cintura de Akira com as pernas o puxando mais contra si, esfregando os corpos, seu membro excitado roçando contra o de Akira, seu corpo quente que só queria mais e mais daquelas sensações novas e deliciosas.
- Akira eu... Eu quero
- Quer o que meu amor? - Perguntou Akira salpicando o rosto de Aaron de beijinhos, dando um ultimo beijo sobre a boca do loiro e uma curta lambida antes de olhar nos olhos vermelhos de Aaron.
- Quero você. - respondeu o loiro.
Akira sentiu todos os pelos do seu corpo eriçar e seu membro pulsar desejoso e rapidamente obrigou-se a se acalmar. Tinha muita coisa ainda a mostrar para Aaron naquela noite. Negando o desejo de seu corpo Akira deslizou a língua pelo pescoço de Aaron, lambendo e sugando, deixando uma trilha de marcas vermelhas e saliva até o peito do menino que gemia arrastado. O moreno chegou até os mamilos do rapaz os lambendo e mordendo, enquanto acariciava o outro, apertando e beliscando delicadamente sentindo os pequenos botões rosados ficarem rígidos ao seu toque, gostando de escutar os adoráveis gritinhos de Aaron. Sua boca exploratória desceu mais, passando pela barriga lisinha, chegando ao umbiguinho pequeno, enfiando a língua, enchendo o buraquinho com saliva e depois descendo mais. Abrindo a calça do loiro ele a retirou lentamente.
Aaron se apoiou em seus cotovelos para olhar o que o moreno estava fazendo depois que o sentiu retirar suas calças e cuecas se surpreendendo ao ver o moreno tão perto do seu baixo ventre, sentindo o hálito quente da boca máscula em seu membro excitado. Abrindo a boca em um gemido mudo ao ter sue membro envolvido por aquela boca quente e deliciosa.
- Aaron... Está bom? - Perguntou o moreno parando de sugar o membro de Aaron, dando beijos e pequenas lambidas em toda extensão enquanto falava, ouvindo seu pequeno ronronar em aprovação.
- Sim... Bom, muito bom... Não para Akira.
Akira sorriu, não tinha pretensão de parar mesmo, queria dar prazer a Aaron e abrindo mais as pernas do loiro ele melhor se ajeitou de modo a poder prepará-lo para ser penetrado sem parar de sugá-lo. Usando sua saliva para lubrificar seus dedos ele inseriu um dedo dentro do corpo menor que não ofereceu nenhum tipo de resistência ao intruso dedo que se movia de modo um tanto apressado no interior quente de Aaron então rapidamente ele inseriu o segundo dedo que encontrou certa dificuldade, mas com habilidade ele distraiu o menino com sua boca esperta o fazendo relaxar e permitir a entrada de mais um dedo.
- Aaah... A-aki-raaa! - Aaron gemia, suspirava e ronronava não pensando ser possível sentir todas aquelas sensações juntas. Dor e prazer se misturavam e ele já não sabia mais qual era qual, na verdade tudo que o importava era sentir a boca do moreno em seu membro e os dedos logos dedos dentro de si o tocando de uma maneira que estava o deixando louco. Abrindo mais as pernas ele pedia, implorava por mais, balançando o quadril de forma impudica e despudorada, totalmente perdido naquele prazer.
- Aaron... Eu não aguento mais. Posso? Posso te possuir? - Perguntou o Suzuki parando de sugar o rapaz ofegante tirando os dedos lentamente do interior de Aaron.
- Sim. - Respondeu Aaron se sentindo vazios sem a boca quente em seu membro e os dedos dentro de si, mas sabendo que em breve teria o que mais desejava.
Akira retirou a carteira do bolso da calça a abrindo e procurando por camisinhas notando desanimado que não tinha nenhuma.
- Droga... Aaron eu... Não posso.
- O que? - Perguntou o rapaz meio aéreo.
- Não posso eu... Não trouxe camisinhas, nunca pensei que... Droga você e um tal Neo entende?
Aaron entendeu a preocupação do moreno e levantando-se correu até seu guarda roupa pegando uma pequena caixa abrindo e despejando sue conteúdo sobre o colo de Akira que havia sentando na beirada da cama.
- Papai me obriga a guardar... - Falou corando, se referindo as varias camisinhas sobre o colo de Akira. - Ele disse que é para não sermos surpreendidos por uma gravidez indesejada. - completou de modo sem graça com medo do que Akira pensaria dele.
- Entendo. Que bom que seus pais são prevenidos senão não poderíamos fazer amor. - Sorriu Akira, adorando o rubor que cobria o loiro. Abrindo rapidamente uma camisinha e jogando as que estavam em seu colo de lado ele abriu a calça retirando seu membro da cueca e se protegendo rapidamente, chamando Aaron que obedientemente se aproximou, sendo puxado para o colo do maior.
- Não vai se arrepender?
- Nunca. - Respondeu Aaron sentindo-se ser penetrado. Era diferente do que imaginava, mas não era ruim. Doía sim, mas não era uma dor suportável. Tentou pensar em qualquer outra coisa para se distrair do incômodo quando sentiu seu lábio inferior ser capturado pelos dentes de Akira, que passou a brincar com a boca do menor de forma provocativa o distraindo habilmente da dor, tomando sua boca de forma definitiva quando ele foi totalmente penetrado, engolindo o seu gemido alto.
- Quente e apertado... Aahhh Aaron, bom... Muito bom. - gemeu arrastado o Suzuki agarrando as nádegas do loiro e começando a movê-lo.
Aaron mordeu os lábios tentando conter os gemidos, abrindo mais as pernas e sentindo o moreno ir mais fundo tocando em um ponto que o fez gritar de prazer enquanto se apoiava melhor na cama e começava a mover os quadris da forma que queria indo rápido e forte, sendo penetrado de forma selvagem, quase brutal quase morrendo de prazer a cada estocada.
Akira não estava muito diferente. Segurava a cintura do loiro com força o ajudando a mover-se cada vez mais depressa enquanto erguia os próprios quadris com força se enterrando mais e mais em Aaron infiltrando a mão entre os corpos, tocando o membro do loiro que gritou e estremeceu gozando melando sua mão e apertando o canal que ficou ainda mais estreito o fazendo chegar ao auge, gemendo ferozmente e caindo deitado na cama, puxando Aaron com ele.
- Bom? - Perguntou Akira ofegante.
- Muito. - Respondeu Aaron com um sorriso no rosto.
Akira não podia ver mais sabia que o loiro estava sorrindo assim como ele e rolando o corpo ele de dentro do loiro e se ajeitou melhor na cama puxando Aaron consigo, deixando o rapaz de lado sobre seu corpo, aninhado em seu ombro sabendo que apesar de precipitado nunca se arrependeria de suas escolhas, de nenhuma delas.
Com esse pensamento ele ficou acariciando os cabelos do loiro até ele dormir e depois de maneira mais delicada e silenciosa possível se levantou indo até o banheiro do quarto onde se livrou do preservativo e tomou um rápido banho, antes de volta com uma toalha úmida limpando todo o corpo de Aaron o adorando em cada gesto. Depois ele se vestiu e desceu tinha que falar com os pais do loiro sobre o que tinha acabado de acontecer, não queria e nem podia perder a confiança que eles piamente depositaram nele.
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Dia seguinte.
- Então... Eles decidiram ficar mais um tempo aqui? - Perguntou Aaron enroscado no corpo de Akira depois de novamente fazerem amor, sentindo o sol da manhã que entrava pela cortina e aquecia os corpos relaxados e satisfeitos.
- Sim. Seu pai arranjou um novo projeto na embaixada, mas eu sei que ele quer apenas esperar para ver o que será de nós e digo-o não fico nada satisfeito com o que aconteceu entre nós ontem à noite, quase me bateu. - Riu Akira depois da tensa conversa com os pais do menino na noite passada, mas apesar deles terem achado o ato do casal um tanto precipitado eles entendiam como eles se sentiam, eram jovens e apaixonados o que tinham de errado se entregar a esse amor? O importante era se cuidarem e não arriscar uma gravidez indesejada, mas eles tinham pensado nisso na noite passado o que deixou os pais do menino mais aliviados.
- Então... Já que vamos ficar por mais uns meses você se arrepende de ter dormido comigo?
- Você acha que me arrependo? - perguntou Akira com um sorriso.
Não, claro que não. - Pensou Aaron, mas não teve coragem de verbalizar seus pensamentos.
- Olha, eu não me arrependo de nada Aaron. Nada.
- Não me acha oferecido?
- Talvez um pouco. - Brincou Akira vendo Aaron franzir os cenho e quase chorar. - Aaron, estou brincando. Não me arrependo de nada meu amor, na verdade depois de ontem tive mais certeza ainda do que quero. Mas confesso que estou aliviado por não precisarmos ir agora para frança assim você vai ter tempo para pensar e ver se é isso que você quer mesmo.
- Eu não vou mudar de ideia nunca, mas e você?
- Eu também e eu já disse Aaron e vou repetir, eu te amo e quero construir uma família contigo. Você não pode mais fugir agora que nossos caminhos se cruzaram, pois o nosso destino agora e seguir por ele, juntos.
Fim
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ao acaso
FanfictionExpulso de casa de mãos totalmente vazias e abandonado pelo namorado viu como única opção vagar pelas ruas. Sem ter para onde ir ou o que comer, tudo que tinha sobrado de sua antiga vida era a roupa que vestia e sua dignidade mas quanto mais passava...