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Ao Acaso - Capítulo 12 - capítulo 13

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Enquanto o sol nascia do lado de fora anunciando a chegada da manhã, Johnny e Aya saldavam o novo dia entregues nos braços um do outro.
A

joelhado sobre a imensa e bagunçada cama de casal, com o rosto de frente para a imensa janela do quarto Aya podia ver o belo por do sol, porém ele não estava nem aí para tal espetáculo da natureza, pois tudo que conseguia era gemer, sua mente totalmente tomada de imagens sensuais enquanto sentia o corpo moreno e molhado de suor grudado as suas costas e o membro dentro do seu corpo investindo em si com calma, mas de forma firme e ritmada, fazendo com que o belo por do sol ficasse em segundo plano mediante o espetáculo que era ser profundamente possuído por aquele homem.
- Aya... - Gemeu Johnny, a voz rouca depois de tantos gritos e gemidos durante a noite de luxúria dos dois. - Quero gozar dentro de você. - Rosnou o moreno aumentando o ritmo das estocadas.
- Hummm... - Um gemido foi a repostas de Aya que revirou os vermelhos olhos ao sentir uma estocada particularmente profunda que atingiu a sua glândula de prazer e o fez estremecer e chegar ao auge novamente, talvez o décimo da noite, ou do dia, ele já não mais sabia, tinha perdido a capacidade de raciocinar a muito tempo assim como tinha perdido a conta de quantas vezes eles tinham gozado, tinha parado de contar na oitava vez. Retesando seu corpo ainda tomado por espasmos, ele finalmente se permitiu relaxar, e por fim deixou-se cair na cama, exausto sentindo o corpo maior caindo em cima do seu encaixado em suas costas o rosto moreno encostando-se ao seu, buscando a sua boca para um beijo sensual antes do Sakurai virar-se e sair de cima de si e foi só então que ele também percebeu que o outro também gozara. Dando um sorriso Aya se virou na cama para encarar o parceiro sorridente e, foi quando sentiu algo escorrendo por suas pernas.
- Mas o que você... - Espantou-se o garoto, o sorriso desaparecendo enquanto ficava branco. - Mas o que é isso? Você ejaculou... Dentro de mim? - Ele perguntou, se sentando rápido na cama, enquanto passava as mãos sobre o liquido brando que escorria abundante por entre suas coxas.

- Eu falei que iria. - Ralhou Johnny, também se sentando, confuso com a mudança de expressão no rosto no garoto, fazendo menção de abraçá-lo, mas sendo repelido pelo rapaz de olhos rubi que se levantou da cama um pouco bambo, catando suas roupas pelo chão e as vestindo com pressa, mesmo que estivesse um pouco enojado pelo estado do seu corpo, coberto de suor e fluidos ele tinha que sair dali. - Qual o problema Aya?
Aya permaneceu em silêncio enquanto caçava sua blusa pelo quarto, se criticando ao não perceber que Johnny não tinha colocado camisinha. Como ele pode se distrair assim, nunca havia cometido tal erro. Finalmente ele achou a camisa debaixo da cama se perguntando como a mesma tinha ido parar ali, mas logo descartando o pensamento, o fato mais importante era como tinha permitido ser possuído sem proteção, porém por mais que se perguntasse ele sabia bem a resposta, o problema era o homem sentado naquela cama, o problema era Johnny Sakurai e o poder que ele tinha de deixá-lo fora do ar, desligado de tudo ao não ser o prazer que ambos sentiam, juntos.
- Aya, eu perguntei qual o problema. - Falou Johnny se levantando, entrando na frente do rapaz já vestido e perdido em pensamentos o agarrando pelos ombros com força.
- O problema... - Começou o menor a falar, travando quando viu mais uma vez o belo corpo nu a sua frente, sentindo uma pontada de desejo e se odiando por isso. - O Problema, foi eu ter permitido, não foi eu não ter percebido que você, que nós estávamos desprotegidos.
- Ah... Foi isso. - Suspirou Johnny, voltando ao seu bom humor habitual. - Qual o problema? Eu não tinha mais preservativo, fora que foi ótimo, melhor ainda do que fazer com camisinha.
- Você escutou o que acabou de dizer? - Gritou Aya, odiando o fato de o moreno estar tão relaxado, desvencilhando-se dos braços que o seguravam, antes que sucumbisse e fosse atraído para eles. - Tem idéia da real situação? E se eu tivesse alguma doença? E se você tiver? Pior... Eu sou um, Tal Neo Johnny tenho certeza que você percebeu, e se eu engravidasse? - ainda aos berros completou Aya, sentindo seu corpo tremulo. Ele não tinha qualquer tipo de doença e duvidava que o outro tivesse, o que o aterrorizava mesmo era uma gravidez acidental.
- Desculpe, eu esqueci Aya, esqueci. - Lamentou-se Johnny um pouco assustado com a reação do rapaz. - Mas se acontecer, aconteceu.
- Não! Nunca diga isso. Você sabe o que é ser um pai solteiro? Pior, você sabe como é ser um Tal Neo com um filho para criar sozinho nessa cidade? Não, claro que não sabe.
- Você não entendeu. Se acontecer você não estará sozinho Aya, eu...
- Você o que? Iria assumir um filho bastardo com um prostituto? - Riu Aya sem humor algum. - É melhor eu ir embora.
Johnny permaneceu quieto dando a chance para Aya se afastar, mas não porque estava pensando nas palavras do menor ou não assumiria um filho de Aya, mas sim porque estava imaginando como seria um filho dele e do rapaz, quando se deu conta o menor já estava quase na porta.
- Espera... Não terminamos de conversar Aya, nós transamos sem camisinha e se...
- Não... Eu me protejo com as pílulas que o governo nos dá, o que nem sempre é garantido, mas tenho certeza que... - Aya estremeceu novamente sem ter coragem de encarar o outro. Ele sabia que as pílulas criadas para os Tal Neo que eram bem parecidas com anticoncepcionais e evitavam gravidez indesejadas não eram tão eficientes como o governo garantia, porém ele não tinha condições de comprar algo com uma qualidade melhor como os Tal Neo ricos tinham - Que o pior não tenha acontecido.
- O pior... - Resmungou Johnny, mas chateado com aquelas palavras do que gostaria. Então para Aya ter um filho com ele seria tão ruim assim? - Eu vou pegar o seu pagamento, espera só mais um pouco. - completou o moreno, indo até o closet do seu quarto, pegando a quantia que tinha prometido ao rapaz lentamente em uma tentativa de ganhar tempo para pensar no que falaria para Aya, não queria afastá-lo ainda mais, porém quando voltou ao quarto o outro já não estava mais lá.
- Droga! - Rosnou o moreno pensando em sair correndo atrás do rapaz, mas notando desanimado que ainda estava despido. O mais rapidamente que pode pegou sua calça do chão e colocou indo atrás de Aya, afinal a conversa dos dois ainda não tinha terminado. Além de ele dever dinheiro ao menor, tinha o fato da irresponsabilidade e esquecimento dele ter consequências e independente do que Aya fazia para viver Johnny sabia que se o rapaz tivesse engravidado ele estaria lá para apoiá-lo.

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