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Ao Acaso - Capítulo 15 e 16 - capítulo 16

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Depois de ter botado para fora tudo que havia comido pela manhã foi uma benção para Aya chegar à porta de casa e sentir o cheirinho de comida. Ele não tinha se dignado a comer nada até o momento, primeiro porque os lanches vendidos na cantina da faculdade não eram lá muito confiáveis, segundo porque ele temia encontrar Alec por lá então quando as aulas acabaram ele correu para casa.

Milena, a doce, adolescente que ele tinha tirado das ruas e impedido de entrar na prostituição ao contratá-la para tomar conta de Ayako também cozinhava o que era uma benção numa hora como aquela.
- Humm... O cheiro está bom. - Falou Alec abrindo a porta, parando chocado ao ver Johnny esparramado no tapete da sala brincando com seu filho que parecia se divertir muito.
- Ora, obrigada. Espero que o gosto esteja tão bom quanto o cheiro. - Falou uma segunda voz masculina que ele não reconhecia, mas dando alguns passos para dentro e olhando a pequena cozinha e o homem nela Aya quase caiu para trás. O homem que lá cozinhava tranquilamente era nada mais nada menos do que Anton Sakurai, uma das pessoas mais ricas e influentes do país e pai do homem que ele mais amava e odiava nessa vida.
- Aya... - Disse Johnny se levantando rapidamente, correndo até o moreninho ao vê-lo ficar branco e bambo, parecendo que ia desmaiar a qualquer minuto, mas ficando surpreso ao tocar o menor e levar um empurrão.
- Não me toque. O que você... Vocês estão fazendo aqui? - Gritou Aya.
Johnny atendeu ao desejo que brilhava nos olhos vermelhos e furiosos de não ser tocado e com toda calma do mundo, pelo menos na aparência, pois seu coração estava a mil e também dolorido pela rejeição, ele voltou para o lado do menininho de cinco anos, que parecia assustado com os gritos do pai.
- O papai tá nervoso né Ayako? - falou Johnny puxando o garotinho que sorriu, aceitando tão bem o outro homem, como só as crianças podiam fazer.
Aya olhou a cena sentindo um aperto no coração. Queria ir até Johnny e arrancar o filho dos braços do outro, mas ao ver a felicidade de Ayako não teve coragem. Olhou então para o moreno odiando o sorriso esperto que adornava o rosto dele. Ele estava usando Ayako para não ser expulso dali e Aya sabia muito bem disso.
Na cozinha Anton observava com atenção Aya. O rapaz era realmente lindo, muito mais do que ele imaginava, em beleza ele se comparava a Alec sem dar nem perder, e pelo modo raivoso que ele encarava seu filho dava para perceber que tinha personalidade, mas o que interessava ao Sakurai mais velho era o caráter do jovem rapaz, mas antes de conferir isso ele precisava deixar o filho conversar e de preferência acalmar o outro.
-Bem, o almoço está pronto, mas o Ayako não quer isso quer? O Ayako disse para o vovô que quer hambúrguer né?
- É! - Disse o pequeno feliz enquanto corria para os braços entendidos do homem que havia abaixado para receber a criança. Poderia vir a detestar o seu futuro genro dependendo do caráter dele, mas aquele pequeno... Já estava encantado com Ayako que ele notou agora vendo a pessoa por quem seu filho menor estava enamorado ser uma copia do pai, mas com os olhos de Johnny, se o filho não tivesse garantido que o menino não era filho dele ele não teria duvidas do fato.
- Vovô? - engasgou Aya, desespero correndo por sua face ao ver o homem com Ayako nos braços começar a se aproximar de si. - Para onde vocês vão?
- Vou levar o Ayako para lanchar! Não se preocupe, não vou raptar o seu filho, vou até levar a mocinha junto. - Falou Anton se referindo a Milena que estava sentada em um dos sofás parecendo um pouco confusa e constrangida.
- Vovô vai me levar para lanchar. - Falou o pequeno com alegria.
- Ayako, ele não é seu avô. - Ditou Aya severo, se esquecendo de que estava falando com seu amado filho de apenas cinco anos que pareceu querer chorar.
- Sou avô dele sim oras dele o do irmãozinho dele que está na sua barriga. - Falou Anton antes de passar por um Aya de boca aberta com o filho do rapaz no colo. Milena veio logo atrás dando um baixo pedido de desculpas que ele só entenderia depois. - Johnny deixou tudo por enquanto com você, depois será a minha vez de bater um papo com o Aya. - Falou o homem mais velho antes de sumir pela porta com Ayako e Milena em seu encalço.
Saindo do torpor em que estava Aya fez menção de correr atrás do filho mais Johnny já estava a sua frente, encostado na porta impedindo sua passagem.
- O que está fazendo? - Perguntou Aya avançando em cima de Johnny, sendo segurado pelos braços pelo maior que era obviamente mais forte. - Sai da minha frente, agora!
- Não se preocupe que seu filho está bem com o papai, temos assuntos pendentes a tratar.
- Não temos não. - Ditou Aya. - E me solta, está me machucando.
- Desculpa. - Falou Johnny soltando o menino, mas antes de sair da frente da porta trancou a mesma vendo para sua diversão o rapaz fazer bico e bufar. Calmamente ele foi até a sala, sentando-se no sofá velho, mas em perfeito estado da casa de Aya, o chamando para fazer o mesmo, vendo o menor virar o rosto irritado e o ignorar.
- Aya, deixa de ser turrão e vamos conversar.
- Não temos nada que conversar.
- Temo sim, afinal eu tenho parte no filho que está esperando.
- Que filho? - Engasgou Aya.
- Não tente me ludibriar. Foi fácil convencer a ingênua Milena abrir a boca Aya. Enjôos matinais, sonolência, azia, cólicas... Fora o teste de gravidez com resultado positivo na lixeira do banheiro. Se não está esperando um filho o que é?
- Deu... Positivo? - Perguntou Aya abalado. Ele tinha feito o teste de manhã, mas não tinha tido coragem de confirmar suas suspeitas e jogado o teste no lixo, saindo sem olhar para trás.
- Deu... - Falou Johnny. - Eu mesmo olhei.
- Como você pôde?
- Eu pude sim e fique sabendo que vamos nos casar.
- Hahahah Você está brincando não é?
- Eu nunca falei tão sério em toda minha vida Aya.
***********
Seu paraíso particular havia acabado de ser arruinado. - Pensou Ben ao ver um furacão ruivo invadir sua sala e se jogar em seus braços.
- Allan... Como você entrou? - Perguntou Ben, aborrecido.
Allan não respondeu afoito ele apenas ergueu o rosto salpicando o rosto do irmão de beijos, procurando a boca de Ben a devorando com luxuria, quase morrendo de alegria quando não foi afastado, ficando surpreso quando o irmão abriu a boca permitindo a entrada de sua língua e agarrou seus cabelos aprofundando ainda mais o beijo.
Surpreendendo ainda mais o irmão Ben o puxou para sentar-se em seu colo, depois tateando o seu corpo até chegar a calça a abrindo, tocando e manipulando o pênis de Allan até ele endurecer, logo abrindo a sua própria calça, juntando os dois membros excitados.
- Toque-me também. - Falou o moreno, sua voz em som de comando saindo rouca e brusca. Rosnando quando sentiu as mãos quentes de Allan fazendo o que foi ordenado, as duas mãos se entrelaçando sobre os membros escorregadios.
- Ben... - Gemeu Allan, sua voz, um misto de choro e deleite fazendo com que o moreno erguesse a cabeça e olhasse para o menor, reparando não pela primeira vez em como Allan era bonito, ainda, mas quando estava sentindo prazer. A pele branca molhada de suor, o cabelo vermelho grudado no rosto suado, os lábios vermelhos pelo beijo intenso, mas o que mais abalou o moreno foi ver o pequeno sorriso que adornava o rosto bonito do irmão e, quando os olhos verdes brilhantes pelas lagrimas de emoção de Allan se abriram Ben não conseguiu mais encará-lo, sentia vergonha de suas atitudes contraditórias, de seu desejo pelo próprio irmão.
- Te amo Ben. - Falou Allan, sentindo-se momentaneamente triste ao perceber que o irmão não conseguia olhar para si, mas também se sentindo alegre, estava tocando e sendo tocado por Ben e dessa vez não havia violência e tampouco dor, não estava sendo tratado como um objeto como das outras vezes.
Ao ouvir aquela declaração em uma voz baixa e melodiosa, porém firme Ben estremeceu e chegou ao seu auge sujando a mão de ambos, ouvindo Allan gemeu deleitado e pulsar em suas mãos também chegando ao orgasmo.
Se apoiando no ombro de Ben Allan deixou-se ficar assim, feliz, sabendo que a pequena fortuna que tinha dado a um dos empregados da empresa para entrar havia valido a pena, mas ficando decepcionado quando a voz amarga de Ben chegou ao seu ouvido.
- Era isso que você queria? Isso que veio buscar Allan? - Perguntou o moreno ríspido. Não conseguia entender porque o irmão tinha que aparecer nas piores horas possíveis como para alavancar a sua frustração e assim como para um meio de escape dela.
- Se você está se referindo a sexo a reposta é não, o que eu busco é você, o seu amor. - Respondeu o ruivo firme.
- Isso eu não posso te dar. Você sabe que eu amo outra pessoa. - Ditou Ben.
- Quem? O Alec, que vai casar em uma semana? Ou a Sarah, aquela mulher ordinária e vingativa que você diz estar namorando, mesmo que isso seja uma grande farsa? Quem você ama Ben?
- Quem te falou uma coisa dessas sobre a Sarah? - Disse Ben erguendo Allan e se levantando sem conseguir encará-lo, arrumando as roupas, e correndo para o banheiro, lavando as mãos com pressa como se a prova do seu prazer fosse um mostro que ia devorá-lo a qualquer momento. - Eu amo a Sarah sim.
- Mas ela não te ama. Será que você é tão idiota para cometer o mesmo erro que cometeu com Alec novamente? - Perguntou Allan exasperado.
- Hahahha Você fala isso porque não conseguiu seduzi-la como fez com Alec não é? - Disse Ben amargo, ao pensar que alguns dias atrás Allan tinha ido ao seu apartamento e tentado algo com Sarah, mas a mulher era muito esperta para não entender qual era a do irmão.
- Alec... Agora tocamos no assunto certo. Como você quer que eu acredite que você foi se apaixonar logo pela prima do futuro marido do seu ex. Eu não sou idiota Ben, o que está acontecendo? Você a está usando para chegar até o Alec?
- Cala boca! - Disse Bem dando um tapa na cara de Allan. - Eu não sou igual a você. - Falou o moreno, mas algo em seu intimo gritou que sim ele era exatamente igual o irmão afinal não era ele que estava enganando Alec?
- Então você a ama? - Falou Allan pondo a mão sobre o rosto vermelho e dolorido, sentindo que aquela agressão tinha sido a gota d'água. - Por que se você ama mesmo aquela mulher você é muito cego Ben.
- O que você quer dizer com isso?
- Cabelos ruivos, pele branca e olhos verdes. Ela não te lembra alguém?
- O que você... - Ben parou de falar, ao ver Allan começar a andar até a porta, arregalando os olhos ao perceber onde o rapaz queria chegar com aquele papo.
- Você é um tolo bem, buscando em outra pessoa o que você já tem.
- Você não sabe o que está falando.
- Não sei? Então quando você chegar a sua casa, olhar para aquela mulher, quando tocá-la, pense nas minhas palavras e veja se não estou certo. Você me procura nela toda vez que você a toca Ben mais se você quer a substituta, fique com ela mais se lembre de que eu sei que toda vez que a beija e toca-la está pensando em mim.
- Não seja tolo Allan...
- Você me ama Ben, mas quando perceber talvez seja muito tarde, por isso estou te falando. Quando chegar a casa olhe bem a sua "mulher" e reflita sobre tudo que eu te falei. Eu sei que você ainda está correndo atrás do Alec, mas que senti algo pela Sarah. Ben talvez esteja na hora de você perceber que está procurando o amor no lugar errado.
-...
- Eu volto Ben... Mas eu te digo, a próxima vez será a ultima, eu simplesmente cansei de ser maltrato. Eu quero ser amado e se você realmente não pode me amar como um amante, eu vou procurar uma pessoa que possa.
Ben viu de boca aberta Alan deixar seu escritório de cabeça erguida. Desde que havia se declarado que Allan forçava a barra, invadia seu escritório a qualquer hora e só saia de lá arrastado e de cabeça baixa, sem nenhuma dignidade, mas agora ali estava ele, saindo por contra própria dando a ultima palavra.
Se ele queria se livrar do irmão aquela era a sua oportunidade, mas então por qual motivo ele sentia-se tão vazio ao ver o irmão ir embora?
******
Aya encarava o Sakurai que estava falando baixinho ao telefone celular na sala, porém com os olhos sobre ele enquanto estava na cozinha comendo a saborosa refeição feita pelo pai do moreno. Eles ainda não tinham entrado em consenso sobre nada, na verdade a sua vontade era gritar, discutir, e de preferência botar o moreno para fora do seu lar, mas agora lá estava ele, sentado na pequena bancada da cozinha terminado seu gigantesco prato de comida, comida essa que Johnny o havia obrigado a comer, parando no meio da discussão sobre o "casamento" deles porque sua barriga tinha roncado.
Terminando de comer, ele automaticamente sentiu seu estomago embrulhar novamente não podendo evitar pensar com um enorme sorriso que se vomitasse em cima de Johnny ele poderia ir embora e nunca mais voltar.
- Está pensando em mim para estar com esse sorrisinho bobo Aya? - Perguntou Johnny se aproximando e olhando o prato vazio do rapaz, enquanto colocava o aparelho celular no bolso.
- Pior que estou, mas acredite não é o que você está pensando. - Tratou de dizer Aya.
- Foi o que imaginei. - Falou o moreno dando de ombros. - Agora que você e nosso filho estão alimentados vamos?
- Vamos aonde? E não me venha com essa de nosso filho... - Aya hesitou um pouco. - Eu nem sei se estou mesmo esperando outro filho.
- Pois vamos confirmar isso agora.
- O que?
Johnny deliberadamente ignorou as perguntas e broncas de Aya, enquanto literalmente arrastava o rapaz para fora de casa, abrindo a porta do carro e colocando o rapaz lá antes de entrar rapidamente e dar partida.
Em questão de minutos Aya viu a paisagem das ruas mudar do seu bairro pobre a uma das partes mais nobres e discretas da cidade. Altivo Aya abriu a porta e saiu assim que Johnny parou o carro, ele conhecia aquele lugar, sabia para onde tinha sido levado. Na pequena, mas bela casinha branca que eles estavam em frente havia um consultório de ginecologia e obstetrícia, um dos melhores da cidade.
- Como você conseguiu marcar uma consulta aqui? As agendas dos obstetras desse lugar estão sempre lotadas, existe até período de espera para conseguir uma consulta. - Perguntou Aya mais ao olhar para o rosto sério de Johnny entendeu, para um Sakurai nada naquela cidade era impossível. - não precisa responder.
- Não sou adepto ao lema "dinheiro compra tudo" Aya mais nesse caso ter nome e dinheiro veio a calhar.
Aya não disse nada, em silencio entrou no consultório e em silencio saiu. Gravidez confirmada consulta com uma famosa e cara obstetra remarcada para dali um mês. Agora era oficial, estava esperando um filho de Johnny Sakurai e Aya não poderia estar mais feliz e triste com o fato.
Johnny por outro lado estava radiante. Nunca pretendeu ser pai tão cedo, mas se tinha acontecido ele iria fazer o que tinha que ser feito, começando por agora. - Pensou enquanto via um Aya sonolento se instalar no banco do carro e quando o moreninho pegou no sono ele parou o carro ligando para o pai e mudando os planos do dia.
- Aya... Acorda! - Falou Johnny balançando delicadamente o ombro do rapaz adormecido, sentindo o corpo estremecer, um estranho desejo, não apenas sexual mais de posse também o abater quando os olhos vermelhos e sonolentos se abriram para ele.
- Já estamos em casa? -Perguntou o Aya.
- Já. - Falou o moreno. Rapidamente ele saiu do carro e abriu a porta do passageiro e antes que Aya pudesse ter alguma reação pegou o rapaz no colo o levando para dentro de casa.
- Mas o que é isso! - Gritou Aya, se retorcendo no colo do moreno que apenas ria da atitude do mais novo. - Essa não é a minha casa.
- Agora é. - Falou Johnny. - Essa é a nossa casa, minha, sua, do Ayako e da Milena.
- Você acha que eu vou aceitar isso? Você sumiu por duas semanas Johnny, duas semanas. Tem ideia de como eu fiquei por todo esse tempo? Agora você chega como se nada tivesse acontecido e acha que vai ficar tudo bem? - Gritou Aya histérico.
- Aya...
- Não o culpe. A culpa foi minha. - Falou Anton Sakurai vindo de algum lugar da casa, parando no lóbulo da entrada em frente aos dois. - Vamos conversar na sala.
- Me Poe no chão. - Rosnou Aya mais foi ignorado pelo moreno até estar confortavelmente instalado no sofá da sala. - Onde está Ayako e Milena?
Johnny sentou-se ao lado de Aya tentando abraçá-lo, mas sendo repelido.
- Johnny se comporte meu filho. - Falou Anton vendo seu filho tentar abraçar o moreninho que lutava com todas as suas forças contra o outro. - Respondendo sua pergunta Ayako e a mocinha foram fazer as malas para mudar-se para a nova casa e continuando o que estava dizendo antes... Fui eu que não permiti que o Johnny o procurasse Aya. Quando ele me contou que achava que tinha engravidado bem... Um garoto de programa e que pretendia se casar com ele eu fui contra. - Falou o homem sem pudores.
- Pai... - Repreendeu Johnny, parando de tentar agarrar Aya que tinha ficado um pouco pálido.
- Johnny... Tenho que ser sincero. Eu não gostei das noticias que recebi do meu filho de apenas 21 anos. - Falou o Sakurai mais velho. - Quando ele disse que pretendia casar-se com você, um garoto de programa e total desconhecido eu enlouqueci, tem que entender que já passei por algo parecido antes com meu filho mais velho, tive medo que a história se repetisse com o Johnny.
- Por isso o impediu de me ver. - Falou Aya. - No seu lugar eu faria o mesmo.
O Sakurai mais velho sorriu, concordando com Aya.
- Na verdade eu dei uma surra nele. - Falou Anton, indicando Johnny com a mão. - Quis mandá-lo para fora do pais dizendo que assumiria a responsabilidade por você e por meu neto mais pela primeira vez na vida Johnny se voltou contra mim, e disse que não, que iria se casar com você.
Aya arregalou os olhos, os direcionando a Johnny que exibia a mesma cara boba e safada de sempre, percebendo só agora um avermelhado em volta do olho do mesmo, imaginando o moreno enfrentando o pai por ele.
- Eu senti orgulho da atitude dele, mas também muito medo de suas escolhas. - Continuou Anton. - Disse que se ele queria mesmo se casar teria que trabalhar, pois não iria mais sustentá-lo e durante essas duas semanas foi isso que ele fez, trabalhou e vai continuar trabalhando para sustentar a família que ele quer formar. Essa casa que está vendo ele comprou com o próprio dinheiro, pois não darei mais o meu para ele.
- O que está querendo dizer com isso? - perguntou Aya. - Eu nem quero me casar com esse idiota. Olha... Eu posso muito bem cuidar desse filho sozinho, cuidei até hoje do Ayako, não preciso do seu filho tampouco da merda do seu dinheiro ou status, só quero que me deixem em paz.
- Eu acredito nisso Aya. Queria te conhecer pessoalmente, confirmar que tipo de pessoa era e ao conhecer Ayako o filho que você luta para criar e Milena que me contou que você a tirou das ruas e impediu de seguir por caminhos ruins me faz crer que Johnny tem razão sobre você... Que é diferente de Raquel.
- Eu não falei? - Falou Johnny orgulhoso. Ele cansou de falar que Aya não era um interesseiro como a ex do irmão, mas o seu pai não acreditava, achava que Aya tinha engravidado de propósito não que tinha sido um descuido do filho. -Vai aprovar o nosso casamento agora? - Perguntou.
- Vou, mas a sua mãe não vai gostar.
- Ei vocês ouviram o que eu acabei de dizer? - Aya interrompeu a conversa de pai e filho. - Não vou me casar com... - Tentou fazer valer o seu ponto de vista nos egocêntricos Sakurais, levando um susto quando o pai de Johnny que estava no sofá em frente a ele rapidamente mudou de lugar sentando-se ao seu lado e o abraçando forte, deslizando a mão de uma forma nem um pouco casta pelas costas dele.
- Ei... Seu velho nojento! Para de tocar o meu Aya. - Gritou Johnny empurrando o pai. - Agora eu sei como o Joshua se sente.
- Bem vindo à família Sakurai Aya. - Falou o homem mais velho ignorando a cara feia do filho. - Hoje à noite você vai conhecer o resto da família. Se prepare docinho. - Falou o homem se levantando e saindo.
Aya ficou um tempo parado, olhando por onde o homem tinha saído até sentir a mão boba de Johnny em seu quadril, descendo perigosamente.
- O que está fazendo? - Gritou o moreninho.
- Ora, agora somos marido e mulher, digo, marido e marido, vamos consumar nossa feliz união. - Disse Johnny sapeca.
- Não! Nós não somos nada. Eu não me lembro de ter aceitado nada e mesmo que aceitasse seria pelo bebê, não precisaríamos dormir juntos.
- Ah! Aya, não seja ingênuo. Você vai casar-se comigo, vai ser meu consorte, dentro e fora da cama, você é meu desde o primeiro momento que pus meus olhos em você.
- Não sou seu coisa nenhuma. - Brigou Aya, sendo envolvido pelos braços de Johnny, sentindo seu corpo ceder, apertando o moreno contra si e começando a chorar baixinho. - Isso está muito errado. - Soluçou Aya.
- Não... Agora é que estão certas.
Do lado da mova e humilde, porém bela casa do seu filho mais novo Anton tirou um maço de cigarros do bolso, era habito daqueles homens quando estavam nervosos ou ansiosos fumarem. Pondo um cigarro nos lábios ele o acendeu enquanto ouvia a discussão do casal dentro de casa e começava a se afastar em direção ao carro rezando para que seu pressentimento quanto a Aya estivesse certo, que ele não fosse uma decepção para seu filho e também torcendo por toda aquela força que o rapaz demonstrava fosse suficiente para ele superar os problemas que viriam pela frente com aquela união.
- Está na hora de contar as novidades a minha adorável esposa. - Disse o homem com um sorriso amarelo. - Vai ser muito divertido. - completou com um suspiro.
***
Cap 16
Aya estava no agora seu quarto da sua nova casa, bem ao lado ele podia ouvir Johnny e Ayako brincando, assim como podia sentir o cheiro gostoso que vinha da comida que Milena fazia. Os dois já haviam aceitado com alegria toda aquela mudança enquanto ele estava trancado ali perdido se perguntando por que não podia sentir-se feliz como os outros, e mesmo que tentasse negar, a reposta estava ali na ponta de sua língua, o problema era que em nenhum momento ele tinha ouvido a palavra amor do Sakurai.
Johnny transmitia felicidade com a sua gravidez, falava sobre responsabilidade. Tinha aceitado incrivelmente bem Ayako e Milena e falava em casamento, coisa que Aya estava incrivelmente tentado a aceitar, mas um casamento por causa de uma gravidez acidental realmente os faria felizes, ou melhor, Johnny seria feliz assim?
- Ei... - Falou Johnny batendo na porta, tentando girar a maçaneta vendo que a porta estava trancada, tirando Aya dos seus pensamentos depressivos. - Aya, abra a porta, está tudo bem aí dentro? - falou o moreno preocupado, fazendo o moreninho sorrir.
- Está. - Falou Aya se erguendo e indo abrir a porta, encarando os olhos verdes do outro, procurando ali as repostas para as suas perguntas.
- Vai ficar tudo bem. - Falou Johnny, lendo as expressões de Aya, sabendo que ele estava com medo. - Só temos que enfrentar a minha mãe hoje e depois seremos só nos e a nossa família.
- Arg... Sua mãe. - Lembrou-se Aya que eles iam jantar na casa do irmão de Johnny. - Ela vai me odiar.
Johnny não falou nada, deixando Aya mais nervoso ainda, mas nada ele poderia fazer afinal se sua mãe não gostava de Alec que era de boa família, imagina de Aya, um garoto, ou melhor, ex-garoto de programa e que ainda por cima tinha um filho e já estava esperando outro.
- Vou ser sincero com você. Se dependesse de mim você nunca encontraria minha mãe, ela vai dar um show quando te conhecer, contudo o papai não acha certo ficar escondendo as coisas dela afinal tendo o gênio forte ou não ela ainda é minha mãe, mas em compensação você vai adorar o Alec, ele é um rapaz legal e vocês têm muito em comum.
- E o seu irmão? - Perguntou Aya se sentindo um pouco enciumado pela forma com que Johnny falava do noivo do irmão.
- O Joshua é serio e antissocial, mas ele vai respeitar você, assim como respeitou minhas escolhas.
- Quando vamos?
- Daqui a pouco. Vim ver se precisa de algo fora que acho que Ayako quer te ver antes de irmos. Ainda tem um tempo, você pode tomar um banho e depois jantar com seu filho e aí a gente vai, pois te garanto jantar na casa de Joshua a gente não vai com certeza. - Preveniu o moreno já prevendo o pior.
Aya deu um sorriso incerto e concordou, em seu intimo já se preparando para o que viria.
- Terei que enfrentar tudo isso mesmo nem tendo certeza se vou me casar com você. - gracejou Aya.
- Não se engane doce Aya, você VAI casar-se comigo. - Disse Johnny sério, erguendo o queixo de Aya para o menor encará-lo, ambos sentindo uma eletricidade transpassar seus copos com o contado, o moreno não resistindo mais e se aproximando perigosamente do menor.
- Acho que vou tomar um banho. Apressou-se a dizer Aya. Se afastando rapidamente de Johnny. Temendo o olhar de puro desejo do outro.
- Eu também. - Falou o Sakurai rouco, seu corpo já sentindo o efeito do eterno desejo que sentia por Aya.
- Nem pensar. - Gritou Aya correndo para o banheiro do quarto e se trancando, encostando seu corpo tremulo a porta, seu rosto corando ao imaginar o que ele e Johnny poderiam estar fazendo naquele banheiro.
Johnny se aproximou da porta, fazendo menção de tocar a maçaneta, mas mudando de ideia afinal sabia estar trancada. Com um suspiro ele também se encostou a mesma antes de passar as mãos pelo rosto em um gesto nervoso e sair do quarto, dando mais um tempo para o outro. - Até quando vai fugir de mim Aya.
***
Johnny estacionava o volvo C30 que havia ganhado de presente do irmão, ou melhor, trocado por sua moto, com Joshua para a melhor conveniência de sua nova vida, em frente à mansão do irmão. Dessa vez foi ele a fazer comparações entre a sua nova casa e a do irmão. Era fato, as duas eram totalmente diferentes, a sua casa apesar de em bairro bom era pequena e simples, porém cômoda, mas ele jurou que um dia daria uma casa daquelas em que Joshua vivia e que havia conquistado com o próprio trabalho para Aya.
Desviado sua atenção ele olhou para o homem sentado ao seu lado no carro reparando só agora como Aya estava retraído, olhando para frente perdido, totalmente estático, muito diferente do Aya que conhecia.
- Está tudo bem? - Perguntou Johnny.
- Hammm... Ah está. - Murmurou Aya, quase pulando de susto quando Johnny tocou seu ombro antes de sorrir e sair do carro contornando o mesmo rapidamente e abrindo a porta para ele sair. Aya se levantou com cautela, sentindo-se totalmente desconfortável e inapropriado em suas calças Jeans apertada e sua blusa xadrez, apesar de Johnny estar também de jeans e uma blusa esportiva.
Johnny segurou a mão de Aya a sentindo, fria demais se perguntando, se não seria melhor levá-lo para casa, mas quando pensou em dar meia volta à porta da mansão se abriu e sua mãe histérica veio correndo e o abraçou, ignorando o rapaz ao seu lado.
- O que foi mãe? - Perguntou Johnny afastando a mãe delicadamente, sem soltar um minuto sequer a mão do rapaz.
- O que está acontecendo Johnny? Seu pai veio com uma conversa estranha mais cedo sobre você. - falou a mulher, batendo o salto alto contra o chão em um gesto nervoso. - Ah! Meu filho eu sabia que tinha algo muito errado acontecendo nessa casa.
- Não tem nada errado mãe. - falou o moreno começando a andar, puxando Aya pela mão. - Agora é que as coisas estão certas.
- O que está acontecendo Johnny Sakurai? E quem é esse homem? - Perguntou a mulher loira ainda parada no mesmo lugar enquanto Johnny e Aya já estavam na porta da mansão.
- Esse é meu futuro marido. - Falou Johnny puxando Aya e entrando correndo na casa, indo direto para sala de estar onde Joshua, Alec e Anton que estava assediando claramente o genro estavam.
- Oi. - Falou o moreno aos presentes no lugar. - Sente-se aí Aya. - Ordenou Johnny empurrando um envergonhado Aya, o forçando a senta-se, entrando na frente do mesmo bem na hora que uma Samantha vermelha e furiosa entrava na sala.
- Seu o que? - Grito a mulher não se preocupando com a etiqueta.
- Meu futuro marido. - Falou Johnny despreocupadamente. - Aliás, Joshua, Alec, esse é Aya, meu futuro marido.
Joshua balançou a cabeça, já conhecia a história do irmão e apenas analisou o rapaz a sua frente com cuidado enquanto Alec que até minutos atrás estava com os olhos arregalados sorriu para Aya, que corou.
- Oi. - Falou Aya fracamente, se surpreendendo quando Alec se levantou e foi sentar-se ao seu lado fazendo Johnny sorrir.
- Você não pode estar falando sério. Anton! - Voltou a gritar a mulher. - Você sabia dessa loucura?
- O fato é: Johnny é maior de idade e dono do próprio nariz, ele pode fazer o que bem quiser fora que o nosso primeiro neto vai chegar em breve. - Falou o Homem lançando uma piscadela para Aya.
- O-o que? - Ofegou a mulher ficando pálida. - Então é isso? - gargalhou a mulher. - Golpe do baú?
- Mãe... - rosnou Johnny, olhando Aya que endureceu do sofá.
- A ignore. - Falou Alec no ouvido de Aya. - Ela só quer proteger os filhos de interesseiros, pena que escolhe os piores métodos. Você acredita que ela me ofereceu uma pequena fortuna para não me casar com o Joshua? - falou o rapaz confidente, vendo Aya encará-lo surpreso.
- Ver-dade? -Murmurou o moreninho incerto, vendo Aya concordar.
- Parabéns pela gravidez. - falou baixinho, hoje quando te encontrei na faculdade eu não imaginei...
- Eu sei. - falou Aya. - Fiquei apavorado quando vi que era você, estava com medo de que contasse ao Johnny, as coisas são mais complicadas do que imagina.
- Pode acreditar que entendo. - Murmurou Alec, lançando um discreto olhar ao noivo que sorria ao observar Samantha tendo um ataque na sala.
- Bem, e você? - Perguntou Aya já se sentindo mais a vontade com Alec, o loirinho se mostrando mais simples e gentil do que ele imaginava.
- Eu o que? - Perguntou Alec genuinamente confuso.
- Não está grávido? Bem, você estava passando mal hoje né?
Alec arregalou um pouco os olhos concordando. Mas depois negando com a cabeça. Seria impossível estar grávido afinal depois que ele e Josh transaram pela primeira vez e ele questionou a falta do preservativo a Joshua ele garantiu a Alec que o loiro não corria riscos, mesmo que ele não tenha entendido. E desde então ele vinha tomando precauções, como um cuidado extra.
- Não. Eu... Foi só um mal estar mesmo. - garantiu Alec.
Johnny olhava de sua mãe que gritava coisas incoerentes com seu pai antes de lançar um olhar Aya e Alec que conversavam baixinho, confidentes como se conhecessem há anos. Agradecido ele olhou com carinho o cunhado bem na hora que Aya olhou para ele, logo desviando o olhar como se tivesse visto algo proibido.
- Johnny... - voltou à mulher a falar com o filho. - Uma gravidez hoje em dia não é mais motivo para casamento, é para isso que existe pensão e...
-Não. Vou me casar com Aya, ver meu filho nascer e crescer, ter uma família e nada do que disser vai mudar isso. - Falou seriamente o moreno. - Agora que você já sabe o básico vamos embora, só viemos para eu apresentá-lo e para comunicar minha decisão, não para pedir opinião. - Falou o moreno decidido, vendo que Anton segurava a mãe que queria partir para cima dele, ou de Aya talvez. - Vamos Aya.
Johnny estendeu a mão ao moreninho que se ergueu e aceitou a mão oferecida ainda atordoado, saindo ao lado de Johnny trocando um menear de cabeça e um sorriso discreto com o sogro, recebendo um olhar de ódio da sogra.
- Você vai cair nessa? Pensei que fosse mais esperto meu filho. - Gritou a mulher. Você sabe por acaso quem é esse homem?
Aya olhou para trás, mas não fez nada. Claro que ele queria se defender discutir com a mãe do moreno, mas sabendo de antemão que aquela não era a melhor opção no momento.
Joshua se ergueu quando viu Alec fazer o mesmo e seguir o casal, os dois também de mãos dadas indo até a porta.
- Acho que foi melhor do que eu imaginava. - Falou Johnny.
- Melhor? - Perguntou Aya não querendo imaginar o pior. Imaginado a reação da mulher quando ela soubesse toda a história dos dois, principalmente o passado dele e o fato de já ter um filho.
- Acredite Samantha quando quer sabe dar um show. - falou Joshua pela primeira vez, observando novamente Aya com curiosidade.
- O que você olha tanto hein? Você já tem o seu Alec, Aya é meu. - Disse em um misto de brincadeira e seriedade Johnny fazendo os dois homens de olhos vermelhos corarem.
- Só estou pensando que devido às circunstâncias ele deveria ser mais parecido com Alec, mas fora os olhos eles não se parecem nada. - Disse Josh dando de ombros.
- O que quer dizer com isso? - Pergunto Aya desconfiado.
- Nada. - falou Johnny fuzilando o irmão com o olhar. Ele sabia que Joshua conhecia sua antiga atração por Alec, ele havia contado afinal como conheceu Aya e nunca quis tanto quebrar a cara de alguém como no momento. Joshua não tinha que ter aberto a boca. - Boa noite irmão. - Falou ríspido. - Boa noite Alec. - continuou ele amenizando a voz.
- Boa noite. - disse Alec, danço um curto aceno a Aya que era literalmente arrastado por Johnny.
- O que foi isso? - Perguntou Alec não entendendo nada.
- Uma pequena vingança pessoal. - Falou Josh enlaçando os ombros de Alec e entrando em casa com um pequeno sorriso afinal mais um rival em sua lista de pessoas querendo roubar Alec estava eliminada.
***
O caminho para casa foi silencioso, ambos querendo falar, mas sem coragem. Quando chegaram Aya rapidamente saiu do carro seguindo direto para o quarto do filho, que dormia calmamente, buscando um tempo só par refletir, porém Johnny o seguiu vendo o menor falar baixinho com Ayako antes de dar um beijo na testa do filho e sair do quarto, passando por ele sem olhar-lo, indo direto para quarto, pretendendo entrar e trancar a porta, mas sendo impedido por Johnny que rapidamente entrou.
- Aya...
- Você está apaixonado por ele não está? Por seu cunhado. - Falou Aya.
- Não! - falou Johnny exasperado, passando a mão pelos cabelos lisos e compridos em um gesto nervoso. - Como pode pensar isso, vamos nos casar Aya.
- Johnny eu não sou tolo. Eu vi o jeito que fala e olha para ele, para o Alec! E agora pensando bem na noite que nos conhecemos você queria especificamente um Tal Neo, era por ele não era?
- Não, sim. Droga Aya. Quando eu conheci o Alec fiquei sim atraído por ele, mas era só atração e quando eu te conheci isso ficou bem claro para mim.
- Mentira, você vê ele em mim não é? Todas as vezes que transamos estava pensando nele.
- Porra Aya, você não entende nada! Você e o Alec não tem nada a ver, a não ser a cor dos olhos claro. O que eu sinto por Alec é apenas carinho e por você...
- Por mim o que? Não tente me enganar... Mas afinal o que mais eu poderia esperar?Um mero garoto de programa... Desde o inicio você só me usou, como todos os outros, essa sua cara culpada é muito clara.
- Sim, eu sou culpado, mas não de te usar.
- Do que é então? - Perguntou Aya, seu coração quase saindo pela boca. Estava triste, magoado, se era ruim viver com Johnny sem a certeza de ser amado imagina viver uma vida sabendo ser o substituto de outro.
- O Alec não tem nada a haver com o pouco de culpa que sinto. O que eu fiz foi errado, foi uma idiotice, mas não consigo me arrepender.
- O que foi? - Falou Aya temendo o que Johnny diria. - O que você fez?
- Eu não usei camisinha de propósito. Minha intenção não era você engravidar, era apenas para termos um motivo para manter contato, eu ia insinuar que você poderia ter engravidado e que queria estar por perto caso acontecesse, mesmo que você dissesse que estava prevenido e quando eu vi seu desespero percebi que as chances de uma gravidez eram mais reais do que eu imaginei, mas em momento nenhum eu me arrependi, fiz para poder te ver de novo porque eu sabia que você não ia querer mais me ver, que estava com medo de mim.
- O-o que?- gaguejou Aya sentindo seu corpo ficar mole e sentando-se na cama antes que desabasse.
- Eu fiz isso Aya e digo que se você engravidou melhor ainda, pois assim posso te prender permanentemente a mim, estou obcecado por você. Te amo Aya.
- Ama? E o Alec? - Perguntou Aya com cuidado, ainda temeroso.
- O Alec é o meu amado irmão, o homem que faz Joshua feliz. É a você que Amo como homem e sei que me ama também. Posso ver no seu olhar e antes que pergunte não vou me casar com você por causa da gravidez. Eu tinha planejado convencer você a um namoro primeiro e mais tarde a nos casarmos, mas se aconteceu assim, melhor.
- Você é o pior. - Falou Aya deixando as lágrimas escorrerem. - Eu sou um garoto de programa Johnny, e ainda por cima tenho um filho.
- Você era Aya, a partir de agora você é meu marido e Ayako o meu filho. Nosso encontro foi à chance que a vida te deu para mudar e ser feliz. - Disse o moreno se aproximando, ajoelhando em frente à Aya.
- Seu presunçoso.
- Eu sei, mas você ama esse presunçoso não ama?
- Sim. Eu amo. - Se rendeu Aya de vez.
Johnny sorriu seu típico sorriso enquanto erguia o rosto e tomava a boca de Aya para si.
Aya correspondeu ao beijo com quase desespero, agarrando-se aos ombros fortes do moreno, deixando as lagrimas que tentava evitar escorrer por seus olhos.
- Oh! Chorando de emoção por causa de um único beijo? Eu sou o Maximo mesmo.
- Seu nojento. Acabou com o clima. - Falou Aya soltando o moreno, enxugando o rosto e jogando-se de costas na cama.
Johnny sorriu e se ergueu, subindo em cima da cama ficando por cima de Aya com um joelho de cada lado do corpo do menor.
- Pois vamos criar novamente um clima meu bem. - Falou Johnny erguendo a blusa do menor. - Foram duas semanas Aya, estou faminto. - Falou o moreno antes de se abaixar e ao contrário do que Aya esperava beijar sua barriga delicadamente.
- Johnny...
- Antes de comer você tenho que pedir permissão para esse aqui, afinal agora você não é só meu.
- Eu nunca fui...
Johnny interrompeu o menor com seus lábios enquanto se deitava em cima do corpo de Aya sem colocar todo o seu peso. Como ele mesmo disse estava faminto e logo tratou de mostrar isso ao deslizar a boca pelo rosto branco do menor, descendo para o pescoço o marcando todo com chupões possessivos, descendo para a pele descoberta do ombro enquanto suas mãos se infiltravam por entre os corpos e tocavam a barriga de Aya, subindo lentamente até alcançar os mamilos que sensíveis ficaram rígidos.
- Nossa! Que sensível. - Falou Johnny surpreso.
- É por causa da gravidez. Todo o meu corpo está... - Parou de falar o menor quando viu um sorriso gigantesco brilhar no rosto do outro.
- Mesmo? Tenho que ver isso. - falou Johnny e para a surpresa de Aya ele rapidamente se ergueu e arrancou todas as roupas do menor e depois as suas voltando a se deitar, agora ao lado do outro, enquanto puxava Aya para si encostando os copos, vendo deliciado os finos pelinhos do corpo do menor se arrepiar.
- Está mesmo muito sensível. - Disse o Sakurai mais novo rouco, suas mãos deslizando pelas costas de Aya, chegando às nádegas fofinhas as apertando com vontade, juntando mais os corpos, ouvindo o menor gemer e se remexer, sentindo-se endurecer ao atrito dos corpos quentes. - Humm... Tão sensível.
- Você também. - Falou Aya. Tocando e pescoço de Johnny, vendo as mesmas reações que seu corpo teve no outro. - Eu posso culpar o meu estado mais e você?
- Bem, eu posso te culpar. - Falou Johnny com um sorriso antes de beijar Aya, sua boca desvendando cada pedaço da boca pequena antes de virá-los na cama, colocando o menor sobre si, sentindo Aya deslizar o quadril mais para baixo e se esfregar contra o seu membro que pulsou desejoso.
- Acho que o meu provocador voltou ao normal. - Falou Johnny quando o beijo findou. - Bem vindo de volta meu Aya.
- Obrigada. Também estou feliz por estar de volta ao normal. - Falou o moreninho, deslizando as mãos pelo peito de Johnny, acariciando os mamilos com as pontas dos dedos até ficarem rígidos. Com um sorriso sapeca ele se abaixou beijando o mamilo e o sugando, ouvindo o moreno gemer rouco e o membro embaixo de si pulsar.
- Não aguento mais. Quero comer agora. Já esperei tempo demais.
- Eu também. -Falou Aya segurando o membro de Johnny e se encaixando, sentando lentamente no membro endurecido.
- Aya... Espera. - rosnou o moreno preocupado. - Eu não te preparei.
- Não importa. Eu quero agora. - Falou Aya brusco, sentando-se de vez, sentindo suas paredes internas rasgarem para dar espaço à carne pulsante do maior, seu rosto contraindo-se em dor.
- Seu doido. - Falou Johnny.
- Ahhh! Bom. - falou Aya, mesmo que no momento sentisse apenas dor para ele era sim muito bom sentir novamente o outro. Fazia tanto tempo que ele não sentia aquilo afinal desde a última vez com o outro ninguém o havia tocado. - Você não disse que estava com fome? Vamos me come. - falou Aya depois de um tempo parado, sentindo enfim sua dor abrandar.
- Sim, estou faminto. - Ditou Johnny rouco agarrando os quadris de Aya o erguendo antes de abaixá-lo com força ao mesmo tempo em que seu quadril subia a penetração forte, intensa fazendo ambos gritarem, esquecendo-se que Ayako e Milena estavam nos quartos ao lado.
- Bom... Murmurou Aya, mordendo os lábios tentando conter os gemidos, quando as estocadas intensas e profundas tocavam sua próstata.
- Sim... Hummm... Mais que bom doce Aya. Isso... Ahhh... É incrível. - falou Johnny aumentando o ritmo do vai e vem, seu quadril se erguendo, ajudando Aya com os movimentos enquanto se aproximava cada vez mais do auge. Sabia que estava acontecendo rápido demais, mas fazia tanto tempo que não tinha Aya, não conseguia mais se controlar e por isso infiltrou a mão pelos corpos, alcançando o membro de Aya e o manipulando rapidamente até sentir a essência de o menor melar sua mão.
Aya sentiu seu corpo contrair-se todo ao chegar ao auge, prendendo o membro de Johnny duramente em sua passagem sentindo o moreno tremer e gemer alto também chegando ao auge derramando-se dentro de si.
- Johnny... Te amo. - sussurrou Aya, deitando-se sobre o corpo suado do maior. - Vamos nos casar mesmo? - Perguntou o moreninho.
- Sim. Não tenha duvidas. Vou dar entrada nos papeis amanhã e o mais rápido que pudermos estaremos casados.
Aya sorriu voltando a beijar o moreno, sendo deitado delicadamente na cama enquanto o corpo maior esfregava-se ao seu voltando a buscar o prazer do ato sexual, melhor do ato de amor, porém tudo sendo parado quando escutaram o grito e posteriormente um choro de criança.
- Ayako. - falou Aya alarmado. - Ele deve estar estranhando a casa. - Falou o moreninho, mas antes que pudesse fazer algo Johnny já estava de pé limpando rapidamente o corpo com o lençol da cama e vestindo-se apressadamente.
- Deixa que cuido dele. Você deve descansar.
- Mas Johnny...
- Ayako agora é meu filho também. - Disse o moreno se abaixando, tirando algumas mexas do cabelo castanho e molhado do rosto bonito de Aya e tocando o mesmo com carinho. - e além disse eu devo treinar para quando o nosso filhote nascer, enquanto isso descanse, pois quando eu voltar vamos brincar mais um pouco.
Aya sorriu não acreditando na sua sorte depois de uma vida de azar. Ele perdeu os pais jovem, foi seduzido e acabou engravidando quando era uma criança ainda, e posteriormente abandonado, tendo que abrir mão de muitas coisas, inclusive de sua dignidade para criar o filho sozinho e agora ali estava sua recompensa, tinha encontrado algo bom na vida e caminho ruim que escolheu seguir para sobreviver, finalmente a sorte o tinha alcançado e ele decidiu que acontecesse o que acontecesse lutaria com garras e dentes por aquela felicidade tão duramente conquistada.

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