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Ao Acaso - Bonus: Especial Johnny e Aya. - capítulo 19

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Jonnhy olhava satisfeito e até com certo orgulho a arrumação do pequeno quintal na parte dos fundos da casa em que dividia com Aya. Depois de três meses morando juntos e adiando o casamento ele finalmente ia acontecer amanhã.
-

Ah! Não acredito que finalmente vamos nos casar. - Murmurou o moreno exibindo um sorriso aliviado e vitorioso.
- Esses são os planos. - Falou Aya, descendo as escadas e se aproximando do parceiro, olhando a arrumação do lado de fora também. Um pequeno coreto tinha sido montado no final do terreno gramado, assim como os brinquedos de Ayako, os bancos e plantas do quintal tinham sido removidos para dar lugar as pequenas mesas redondas e suas cadeiras que preenchiam todo o lugar, deixando apenas uma pequena passagem já forrada por um tapete branco para eles passarem para ir ao coreto. Do outro lado estava sendo montada uma grande mesa onde ficariam o bolo e o Buffet, e mesmo que não fosse estação de chuvas uma grande tenda branca começava a ser colocada quase em todo o lugar, desde a pequena varanda dos fundos até quase onde estava montado o coreto e Aya imaginava onde ainda entraria no apertado lugar a absurda quantidade de flores que o pai de Johnny havia dado de presente para a decoração da festa.
- Não. Dessa vez vai acontecer, já adiamos o casamento hum... Três vezes?
- Quatro sempre tem algo para atrapalhar. O casamento do seu irmão, depois o pedido do Alec para esperar até eles voltarem da lua de mel, Ayako adoecendo e por ultimo nós brigando e eu quase te botando para fora de casa.
- Nem me lembre. - Falou o Sakurai sombrio. Nem gostava de lembrar-se da briga que quase os havia separado.
- Vamos torcer para que tudo de certo dessa vez, senão eu juro que desisto.
- Aya! - Gritou Johnny não acreditando nos seus ouvidos. - Tudo bem que você nunca quis se casar em primeiro lugar, mas nós já tínhamos decidido deixar isso para lá e...
- Desisto da festa Johnny... O casamento no cartório vai acontecer amanhã de qualquer jeito, apesar de eu achar desnecessário até isso e a festa é só uma coisa que você e a sua família desejam, mas que não é muito importante para mim.
- Eu quero um casamento completo Aya. Pode não ser uma grande cerimônia como o Josh e o Alec tiveram, mas pelo menos uma festa mais simples depois do casarmos no civil nós merecemos.
Eu sei que você acha que um pedaço de papel não é tão importante assim mas para mim é a prova absoluta e incontestável de que você é meu.
Não vejo a hora de poder te chamar de meu doce maridinho, que o seu sobrenome também seja Sakurai.
- Ok. - Disse Aya balançando a cabeça e contendo um sorrisinho, seu Johnny ainda era muito infantil e ele achava que mesmo com os anos ele realmente nunca perderia o seu jeito de menino. - Mas vamos, temos que sair agora ou perderemos a consulta afinal você não foi trabalhar hoje porque queria me acompanhar ao obstetra, por mais que eu ache a ideia idiota.
- Não é idiota, quero ver como você e meu filho estão pessoalmente, tenho certeza que você está me escondendo algo Aya.
- Eu não estou escondendo nada, você que é um maldito neurótico. - Disse Aya nada delicado. - E lembre-se de se comportar Johnny, não esqueça o motivo da nossa ultima briga.
- Eu sempre me comporto. - Disse Johnny não escondendo o sorriso e lembrando-se o motivo da ultima briga deles, ciúmes é claro.
- Isso é que você acha Sakurai mais não poderia estar mais longe da realidade agora vamos.
Johnny não disse nada enquanto era arrastado por Aya até o carro, discutir com aquele homem era inútil ele sabia, mas aquele jeito nervosinho do seu Aya era um encanto e até mesmo agora, já na recepção do consultório, tendo os olhos furiosos e desconfiados do seu moreninho sobre si ele não deixava de adorá-lo e pensar que nunca se arrependeria de ter escolhido o outro para ser seu parceiro na vida.
Aya batia nervosamente o pé contra o chão de assoalho da clinica de obstetrícia, a mesma que Johnny o tinha levado para confirmar a gravidez, enquanto observava, quase fuzilando a abusada secretária do consultório, tentar flertar descaradamente com o seu futuro marido.
- Não estou fazendo nada. - Defendeu-se o moreno, quando o parceiro novamente olhou para si enquanto instintivamente protegia seu braço. Aya estava por demais, irritado e quando isso acontecia, ele sempre descontava suas frustrações em seu corpo, seja com beliscões ou tapas.
- Não está agora, mas bem que quando estivemos aqui pela primeira vez você flertou com ela, por isso ela está assim, toda boba para cima de você.
- Mas isso foi a três, quase quatro meses atrás Aya, se ele ainda está boba por minha causa eu não tenho culpa, tenho esse efeito sobre as pessoas. - Falou o Sakurai com um gigantesco sorriso, não ficando surpreso quando sentiu os dedos de Aya torcendo seu braço em um poderoso beliscão.
- Ai... Aiaiaiai aaiii... Isso dói. - choramingou o moreno, acariciando o local do beliscão que estava vermelho.
- É por essa e outras que penso seriamente se devo realmente me casar com você.
- Por favor. Não diga isso Aya. Nosso casamento já foi adiado por tempo demais, sempre tem alguma coisa para impedir, mas dessa vez vai acontecer, te juro que nesse final de semana nos casamos, não desista de nós. Eu não estou nem aí para aquela, pirua ali, você sabe que eu te amo.
-Ah! Para de drama. Não estou desistindo de nada, mas se eu pegar você retribuindo o flerte daquela mulher juro que desisto. - Falou Aya, mesmo que estivesse mentindo.
- Aya eu... - Começou a retrucar Johnny ainda chateado pela desconfiança do parceiro quando o nome do loiro foi chamado e ele viu o rapaz se erguer e andar na sua frente. - Espera, vou entrar com você.
- Por quê? Fique brincando com a recepcionista. Ela tá super, afim Johnny - Falou Aya seco, olhando brevemente para a mulher que olhava para o seu Johnny de forma apaixonada.
- Isso não vai acontecer. - Falou Johnny, encerrando a conversa quando Aya abriu a porta do consultório. Ele viu seu moreninho sorrir, relaxando totalmente.
Johnny também entrou abrindo um sorriso para a médica, mas esse logo desaparecendo quando viu o homem sentado atrás de uma mesa retangular de magno se levantar da cadeira e sorrir, entendendo a mãos para Aya.
- Oye. Se não é o meu mais belo paciente. Como está indo Aya. - Falou o médico simpático fazendo Johnny franzir o rosto em uma mascara de surpresa e desagrado.
- Quem é você? - Perguntou o Sakurai, não fazendo questão de ser educado, vendo o seu doce Aya sorrir como um bobo para aquele homem.
- Oh! Desculpe você deve ser o companheiro desse lindo rapaz não é? Sou o Doutor Himura, Renzo Himura, obstetra do nosso garoto.
- Nosso garoto? - rosnou Johnny. - Mas e a doutora Hina?
- O Aya não te disse? Como a doutora estava muito atolada, alguns pacientes dela forma transferidos para mim e o Aya foi um deles já que não impôs nenhuma resistência.
- Aya por que...
- Quieto Johnny. - Disse Aya censurando Johnny com o olhar. - Estamos bem doutor Himura. - completou Aya gentil, e Johnny não pode acreditar de como o clima ali dentro era de puro flerte.
Mal conhecia e já odiava aquele médico. O resto da consulta ele permaneceu praticamente colado a Aya, fuzilando o médico com o olhar.
Quando eles saíram do consultório 20 minutos depois Johnny deixou Aya na recepção e voltou ao carro apressado, pegando um convite do casamento, riscando a data, pois aquele convite havia sido impresso para uma das festas que foi adiada, e colocando o dia de amanhã de caneta e voltando apressado, vendo Aya o olhar com curiosidade quando ele bateu na porta do doutor Himura que veio abri-la com um sorriso.
- Algum problema? - Perguntou ele gentil a Johnny. Tinha percebido os ciúmes do companheiro de Aya e não conseguiu evitar provocá-lo um pouco na consulta.
- Não nada. Só quero convidá-lo para o nosso casamento. - Falou com um sorriso entregando o convite ao médico e virando-se para Aya com a expressão muito satisfeita, fazendo o loirinho não aguentar e cair na gargalhada.
- Hahahah Não acredito que estava com ciúmes do Doutor Himura. - Disse Aya sendo colocado no carro depois de ser arrastado do consultório até ali por um Johnny com uma expressão irada em seu rosto pela crise de riso dele.
- Humft... -Resmungou o Sakurai, entrando também no carro parando seus movimentos quando Aya falou de novo.
- Viu filhote, parece que eu não sou o único ciumento nessa relação. - Ditou Aya parando de rir, acariciando a barriguinha de quase quatro meses que já começava a despontar.
- Claro que não. - Falou Johnny.
Aya abriu a boca para dizer que ele estava com ciúmes sim quando Johnny o interrompeu.
- Eu estou morrendo de ciúmes. Convidei aquele médico abusado para o nosso casamento para ele ver que agora você tem dono. - Falou Johnny sério colocando sua mão na barriga de Aya também.
- Johnny... - Disse Aya surpreso.
- Não acredito que você pensou que eu não tivesse ciúmes de você. Por falar nisso vamos procurar outro obstetra.
- Nem pensar, eu gosto do meu.
- Eu sei, e esse é o problema.
- Já disse não Johnny. E deixa de ser bobo. Eu gosto do meu obstetra, mas amo você. - Falou o moreninho corando um pouco. - Não era dado a declarações de amor, esse tipo de coisa ele deixava para Johnny, mas naquele momento ele sentiu que precisava verbalizar seus sentimentos ou se não explodiria.
Johnny arregalou um pouco os olhos, voltando a exibir seu característico sorriso de menino. Antes de se aproximar de Aya e o beijar com delicadeza, acariciando o rosto alvo e rechonchudo por causa da gravidez.
- Então vou acompanhá-lo em todas as consultas a partir de agora. - Falou o Sakurai a centímetros do rosto do rapaz, ainda preocupado com o Doutor Himura.
- A isso não faço objeções, mas se eu pegar você flertando com a recepcionista de novo se prepare para as consequencias.
- Depois eu que sou o ciumento. - Ditou Johnny voltando ao seu lugar e revirando os olhos, reclamando quando levou um beliscão. - Ai... Aya. Por que fez isso?
- Falar bobeira também tem sua consequência Johnny e não ouse reclamar afinal é você que quer casar comigo.
- Eu sei, já estou preparado para isso e não vou mudar de ideia Aya nunca vou muda de ideia.
***
A vontade de olhar para trás e ver se tinha certo médico obstetra odioso com aqueles olhos falsos e cobiçosos sobre o seu Aya era muito grande, porém Johnny se absteve, seria no mínimo muita falta de respeito tanto com o padre que recitava os votos quanto para Aya naquele momento. Então se manteve quieto mesmo que sua mente estivesse em outro lugar. Na verdade a única coisa que ele queria era que o padre parasse de tagarelar e fizesse de Aya seu de uma vez. Parecendo ler seus pensamentos o padre pegou as mãos de ambos e as juntou, finalmente pronunciando as palavras que ele mais ansiou ouvir desde que começou a morar com Aya quase quatro meses atrás.
- Eu os declaro casados.
Johnny sorriu acariciando as mãos pequenas de Aya com as suas tão grandes, seu sorriso se ampliando ao notar o brilho do anel na mão esquerda de Aya, seu anel de casamento, mas mais emocionante que isso, o fato que fez seu coração parar por um momento foi observar o rosto amado, com um pequeno, quase imperceptível e tão raro sorriso.
- Tá olhando o que? Não vai me beijar? - Perguntou Aya notando a cara de bobo de Johnny e ficando um pouco sem graça.
- Não precisa pedir duas vezes...
- Eu não pe... - Aya foi interrompido pelo caloroso beijo e por um momento eles esqueceram o padre, a festa, os convidados, estavam apenas perdidos neles mesmos e no beijo carinhoso que rapidamente evoluía. Aya foi o primeiro a notar a realidade, seu ouvido captando as salvas de palmas das dezenas de convidados que se espremiam no pequeno quintal da casa deles para o casamento. - Johnny... Para, me larga.
- Só mais um pouquinho, tentou o moreno tentando voltar a beijar o menor.
- Me larga ou acredite, serei em breve um homem viúvo.
Um pouco decepcionado Johnny parou de tentar beijá-lo, mas agarrou firmemente o braço de Aya, descendo as escadas do pequeno coreto montado para a cerimônia com cuidado junto de Aya, enquanto começavam a ir às mesas decoradas de forma simples, cumprimentando os convidados um por um, olhando de esguelha para o obstetra de Aya, não vendo a hora de chegar nele e exibir Aya como seu.
Mas o que ele não sabia era que Aya também desfilava por entre as mesas cheio de orgulho por Johnny finalmente ser dele também.
***
Johnny não cansava de olhar para sua aliança dourada. Ele nunca pensou que ficaria tão feliz ao estar permanentemente amarrado a alguém, mas ali estava ele, casado e extremamente feliz.
- Você tem muita coragem mesmo Johnny. - Falou Joshua se aproximando do irmão que estava sentado em uma das mesas dispostas no quintal, à festa de casamento estava quase acabando e ele não via a hora de poder ficar a sós com o seu Aya.
- De que? De casar? - Falou Johnny. - Vou contar para o Alec que você falou isso. - Disse Johnny travesso.
- Não estou falando que é muita coragem sua convidar esse monte de ex-namoradas e namorados. - Foi à vez de Joshua provocar.
- Joshua... Fala baixo. O Aya não sabe.
- Duvido muito, alguns deles estavam praticamente te comendo com os olhos Johnny. Por que você acha que o meu marido levou o seu marido lá para cima? - Falou Joshua morrendo de raiva por ter sido "abandonado" por Alec.
- Para descansarem por causa da gravidez?
- Ah! Meu pobre e ingênuo irmão. Acho que vocês não vão ter noite de núpcias.
Johnny levantou em um pulo e praticamente correu para fora do quintal, mas no momento que pôs os pés na sala Aya e Alec vinham descendo as escadas do segundo andar. Engolindo em seco olhou para o marido que o fuzilou com o olhar enquanto Alec dava uma risadinha sem graça. Ao passar por ele, Aya o ignorou totalmente.
- Daqui a pouco ele se acalma. - Alec murmurou. - Joshua e sua grande boca. - continuou ele a andar e falando. - quando chegar a casa ele vai ver só.
- Joshua... - rosnou Johnny, sabendo quem havia contado ao marido dos ex dele estarem ali. Porém não se sentia vingado com a ameaça de Alec, pois provavelmente as ameaças de castigos do cunhado seriam recebidas pelo irmão como um desafio e os dois iam acabar se divertindo de um modo que ele não iria com Aya, não se o moreninho estivesse com raiva dele.
Incrivelmente ele só conseguiu se aproximar de Aya quando os restantes dos convidados estavam indo embora, até só sobraram os seus pais.
- Ei Aya... Você ainda está...
- Quieto Johnny. - Resmungou Aya com a expressão fechada, só voltando a sorrir quando o pai de Johnny junto de Samantha, que ainda não estava feliz com o casamento, mas tentava aceitar e Milena se aproximou com Ayako já adormecido no colo do "avô". - Tem certeza que está tudo bem vocês ficarem com Ayako o fim de semana?
- Claro. Se não estivesse não estaríamos o levando. - falou Samantha recebendo um olhar contrariado do marido.
- Não se preocupe Aya, vocês nem terão um lua de mel de verdade, só passarão o final de semana fora da cidade o mínimo que podemos fazer e tomar conta do nosso neto enquanto isso.
- Obrigada velho, você é demais. - Falou Johnny comemorando internamente, pensando que ainda teriam a lua de mel deles, Aya não estava tão zangado assim com ele.
Eles acompanharam os pais de Johnny até a porta, Aya dando um beijo em seu filho adormecido, sentindo um aperto por deixar seu filho, mas sabendo que ele seria bem tratado, fora que Milena estava indo junto.
Johnny fez o mesmo o que acalmou um pouco Aya, para ele não tinha coisa melhor do que ver seu marido tratando tão bem seu filho, ou melhor, o filho deles já que Johnny havia registrado Ayako como seu, já que o pai verdadeiro dele nunca se interessou Ayako também era um Sakurai, havia ganhado o sobrenome muito antes dele.
- Então... Você não tem algo para me contar? - Perguntou Aya se virando de costas par Johnny, começando a subir lentamente as escadas.
- E-eu... Juro que não foi minha intenção causar nenhum constrangimento a você Aya. Quando eu mandei os convites foi só para algumas pessoas saberem que agora não estou mais disponível, nunca pensei que nenhum deles realmente viria ao casamento. - Johnny parou de falar quando Aya se virou para ele com um sorriso brincalhão nos lábios, mas os olhos vermelhos brilhando em pura fúria. - Mas eu... Não fiz nada de errado Aya, eu nem olhei para o lado a festa inteira. - Completou o moreno.
Mentira. - Pensou Aya. Pode ter sido pouco, mas ele viu o moreno paquerando. Fora que algumas mulheres tinham descaradamente deixado claro o que eram, ou foram para Johnny muito antes de Joshua falar para ele que tinham alguns ex de Johnny na festa. Odiava as ideias loucas do moreno mesmo que as intenções dele fossem até fofas e boas as consequencias eram sempre desastrosas. Seu moreno merecia ser punido.
- Você me jura que não paquerou, nem deu bola para nenhum dos seus ex? - Perguntou Aya manhoso, parando na porta do quarto deles e abrindo a porta, virando-se para encarar o moreno e entrando no quarto de costas.
Johnny sorriu ao mesmo tempo em que soltava um suspiro de puro alivio ao perceber que seu Aya o estava provocando, seduzindo.
- Eu juro Aya.
- Então eu te perdoo. - Falou o rapaz sorrindo, se surpreendendo quando se sentiu agarrado. Johnny tinha se aproximado tão rápido...
O moreno tomou os lábios do marido de forma sedenta, estava ansioso para ter Aya, afinal hoje seria tudo diferente, agora o outro era seu todinho seu. Contrariando seu ataque desesperado ele lambeu lentamente os lábios doces de Aya, sentindo seu coração quicar quando eles se partiram, permitindo a entrada de sua língua que entrou lentamente, provando o sabor, a textura da boca do seu amor, mapeando e desvendando mais uma vez cada pedacinho dela, instigando a língua quente e macia a mover-se com a sua, até ambos ficarem sem ar.
Quando seus lábios se desconectaram ele olhou o rosto vermelho e sorridente do seu menino e dando um curto gemido deu um beijo no queixo de Aya antes de se abaixar e levantar a bata que Aya vestia beijando a barriga avantajada do rapaz, o fazendo estremecer.
- O que está fazendo? - Perguntou Aya o ofegante. Sentindo os lábios e agora as mãos quentes sobre a sua barriga de forma tão delicada que nem parecia o seu tão sempre enérgico e empolgado amante.
- Estou adorando-os, você e o meu filho.
Aya deu uma risadinha antes de dar alguns passos para trás desvencilhando-se de Johnny. O moreno estava tão doce que ele temia acabar desistindo dos seus planos de vingança.
- Então nos adore na cama Johnny. - Falou o moreninho com um sorriso. - deite-se e feche os olhos.
Johnny encarou Aya decepcionado quando ele se afastou, mas logo se animou com a ordem que ele obedientemente cumpriu.
- Não vale espiar hein? - Ditou Aya enquanto ia até o guarda roupas e pegava algo, logo voltando para cama, vendo seu marido estava na posição perfeita para seus planos. Com a camisa e calça já entreaberta, estava esparramado no centro da cama com os braços para cima da cabeça e o rosto corado e assim como ele pediu de olhos firmemente fechados. - Você foi um bom menino Johnny, por isso vai ganhar uma recompensa.
- Mesmo? - Perguntou Johnny animado, fazendo menção de abrir os olhos, mas os tendo coberto pelas mãos macias de Aya, gemendo quando o sentiu sentar-se em cima do seu membro já quente e ereto, pronto para tornar o menor seu novamente.
- Mesmo. - Falou Aya se esfregando sobre o membro de Johnny, enquanto tirava as mãos dos olhos dele que continuaram fechados. Dando beijinhos por todo o rosto dele desceu lentamente para o pescoço, ombros e peito, beijando o mamilo e o lambendo até ficar eriçado, e depois mordendo e puxando com os dentes, ouvindo Johnny gemer alto e erguer os quadris.
- Ah! Ayaaaa... Pare de provocar. - Gemeu Johnny movendo seu quadril contra o traseiro de Aya que deu uma risadinha. - Já estou quase.
- Tudo bem, vou parar, mas lembre-se que foi você quem pediu. - Ditou Aya, parando os movimentos e erguendo mais um pouco os braços de Johnny, que se surpreendeu quando sentiu o peso em cima de si sumir.
- O que? - Perguntou Johnny abrindo os olhos, vendo Aya já fora da cama, depois olhando para os próprios braços, notando que estavam presos a cabeceira da cama com uma algema que ele tina comprado para "brincar" com Aya mais que o mesmo havia jurado que tinha jogado fora depois de se recusar a usá-las. - Que brincadeira é essa Aya? Vamos brincar com a algema é?
- Sim, mas é uma brincadeira diferente. Você vai ficar aí, quietinho de castigo enquanto eu penso se iremos viajar ou não em lua de mel amanhã, mas por hoje sem sexo.
- Mas Aya...
- Você pensa que eu sou cego? Que não te vi flertando com seus ex? Aproveite o seu castigo e se for um bom menino, talvez só talvez possamos viajar e curtir nosso fim semana juntos.
Johnny suspirou e fechou os olhos cheios de magoa com aquele gesto de Aya, porém se manteve em silencio, afinal no fundo sentiu que merecia aquilo. Dando um fraco sorriso ele abriu os olhos novamente para falar com Aya, porém o mesmo já tinha sumido.
- Droga, sempre fugindo. - Resmungou o moreno, porém levantou os olhos para a aliança que brilhava em seu dedo, sabendo que com aquele laço Aya nunca mais poderia fugir, pelo menos não para muito longe. - Além de preso vou ter que dormir sozinho? Beleza. - Resmungou o moreno, contudo seu sorriso ainda estava ali enquanto ele esperava que a excitação abrandasse logo e o sono chagasse de uma vez, antes que ele enlouquecesse.
Quando Aya voltou para o quarto depois de horas tentando dormir no quarto de Ayako e se sentindo incapaz por causa da culpa do que tinha feito, ele encontrou Johnny dormindo com o corpo virado em uma posição estranha por causa das algemas e parecendo totalmente desconfortável. Dando um sorriso Aya foi até o guarda roupa de onde tirou as chaves das algemas e se aproximou do moreno, as retirando com carinho e cuidado para não desperta-lo, ajeitando o corpo dele da melhor forma possível na cama ele se deitou ao lado do mesmo, ficando surpreso quando teve seu corpo enlaçado por braços poderosos.
- Desculpe, não foi minha intenção chatear você. Eu juro que não notei que estava flertando, acho que isso é uma coisa tão natural para mim que...
- Eu sei me desculpe por isso também, acho que exagerei. - Falou Aya se enterrando no peito de Johnny, quase chorando de alivio ao perceber que o outro não estava zangado com ele.
- Eu só quero que entenda que eu te amo Aya, paquerar é instintivo para mim, não posso jurar que nunca mais vai acontecer apesar de eu tentar, mas saiba que nunca nem sequer passou por minha cabeça te trair.
Aya balançou a cabeça não confiando em sua voz naquele momento. O envolvimento deles aconteceu de forma tão rápida, tão intensa e explosiva que ele temia que um dia Johnny acordasse e simplesmente mudasse de ideia, então toda vez que ele ouvia um eu te amo do outro não poderia deixar de se sentir feliz e seguro, apesar de suas eventuais crises de ciúmes.
- Vamos dormir Aya. Amanhã será o novo dia que marcara o começo de nossas vidas. Terei todo o tempo do mundo para provar que o que falo não é uma mentira. - Falou Johnny abraçando Aya. - todo o tempo do mundo.
Extra - Lua de mel conturbada.
Johnny e Aya tinham acabado de chegar à pequena pousada fora da cidade onde moravam para passar a lua de mel. O pai do moreno tinha dado de presente à estadia com tudo pago para eles passarem o final de semana ali, porém enquanto o moreno queria transar Aya queria passear.
- Vamos Johnny... A cidade parece tão pequena e bonita, e aquelas, confeitarias que vi da janela do carro. Humm... Parecem promissoras.
- Sim, a cidade é uma beleza, o que tem de bela tem de fria. - Disse o moreno se jogando na cama e puxando a colcha forrada na mesma e se embolando nela. - Você quer mesmo ignorar nosso quarto e cama quentinhos para ir zanzar pela cidade com todo esse frio lá fora? Além disso, você prometeu que me compensaria pela noite perdida de ontem.
- E vou, mas temos o final de semana inteiro pela frente para isso. Agora eu quero sair e ir a uma daquelas confeitarias estou com desejo de comer torta de framboesa com mousse de chocolate e não é que essa cidade é famosa por suas tortas de framboesa? Olha que se não formos o seu filho vai...
- Nascer com cara de torta de framboesa com mousse de chocolate? - Disse Johnny rindo, enquanto erguia-se da cama. Aquela história já conhecia de cor. Tudo bem, você venceu, mesmo que eu ache que com dois pais lindos como nós ele não possa nascer com cara de torta de framboesa. Alias como seria uma criança com...
- Ai já entendi apenas vamos logo. -Falou Aya puxando Johnny pela mão. - você sabe que é muito presunçoso não é Sakurai?
- E você e tão teimoso Sakurai. - Disse Johnny não escondendo o gigantesco sorriso ao sair do quarto. - Sabe, acho que esse sobrenome combina com você. Sakurai, Aya Sakurai... - continuava a cantarolar o moreno o nome e sobrenome do marido, mas parando quando outra pessoa falou aquele nome tão precioso a si.
- Aya!
- Mas que diabos está fazendo aqui Himura? - Perguntou Johnny entrando na frente de Aya, antes que ele pudesse fazer qualquer coisa.
O medico vendo a irritação do moreno, não conseguiu resistir a brincar um pouco, mesmo que estivesse correndo sérios riscos.
- E se eu disser que vim ver o meu mais belo paciente Sakurai?
Irritadíssimo Johnny não pensou, apenas agiu. Fechando o punho com força ele o acertou no rosto do médico que cambaleou um pouco para trás, mas se recuperou logo, botando as mãos na frente do rosto quando viu o homem irado se aproximar novamente com os punhos erguidos.
- Ele tem dono. Será que isso não ficou provado ontem doutor? - Falou Johnny agarrando a camisa de Renzo Himura, que ria sem graça tentando acalmar Johnny enquanto Aya estava parado no mesmo lugar ainda não acreditando no que estava acontecendo.
- Ei... O que está acontecendo aqui?
Aya reagiu quando ouviu à voz de uma quarta pessoa que se aproximava apressada do corredor que levava aos quartos que era onde estavam.
- Johnny para... - Falou Aya, agarrando as mãos do marido, fazendo os olhos verdes se cruzar com os seus, enquanto Johnny relaxa um pouco ao ver o assombro do marido, soltando Renzo que caiu no chão.
- Aya... Eu...
- Querido. O que está acontecendo?
- Querido? - Perguntou Johnny olhando para a mulher que estava abaixada ao lado do Doutor Himura olhando de forma irritada para ele. - Doutora Hina?
- O que você fez? - Perguntou ela ao médico enquanto olhava Johnny de forma sem graça.
- Sim, a culpa foi minha, acho que eu exagerei um pouquinho. Desculpa Sakurai. - Falou o obstetra, com um risinho.
- o Doutor Himura é marido da doutora Hina Johnny. Eles são os donos da clinica de obstetrícia.
- Mas você foi ao casamento... Sozinho? - Falou Johnny ficando totalmente vermelho de vergonha.
- Oh! Sinto muito querido. - falou a doutora se dirigindo a Aya. - Não pude ir a sua festa, espero que esse aqui não tenha aprontado nenhuma. - Ditou a mulher apontando o marido.
- Não, claro que não, eu nuca faria uma coisas dessas. - Disse o Renzo vendo a esposa erguer as sobrancelhas. - Tá, eu me distraí com o Alec e fiquei implicando com o Joshua. - Falou o médico que também cuidava da gravidez de Alec. - foi por isso que não aprontei nada e Johnny, não estou aqui para ver o Aya e sim para um final de semana com a Hina, foi só uma grande coincidência nos encontrarmos.
- Eu... Desculpa-me doutor. - Falou Johnny entorpecido enquanto meio perdido dava a volta e praticamente corria de volta ao quarto totalmente sem graça.
- Acho que você deve ir atrás dele não? - Falou Hina a Aya.
- Sim, eu vou e novamente desculpas Doutor.
- Que isso Aya docinho... Ai... - Reclamou o Himura quando levou um tapa na cabeça.
- É por isso que você sempre se dá mal. - Falou Hina com um sorriso no rosto. Seu marido era um provocador barato, mas ela sabia disso quando o conheceu. - Acho melhor irmos para outra hospedaria, não quero você causando mais confusão do que já causou.
- Claro, querida, claro. - Falou Renzo e mesmo que seu rosto estivesse dolorido pelo soco tinha levado havia valido a pena a provocação. - Jovens... Eles são tão divertidos.
***
Aya entrou no quarto, vendo seu marido jogado na cama com a mão sobre os olhos, o que fez Aya suspirar e se lamentar já que assim não poderia ler as emoções do outro através dos emotivos olhos verdes.
- Johnny?
- Nosso filho vai nascer com cara de torta, pois eu não vou à confeitaria Aya.
- Sabe que eu tinha até esquecido disso? Está tudo bem com você? - Perguntou Aya se aproximando da cama, mas não tocando o moreno.
- Você sabia é claro, que aquele pervertido era casado.
- Sim. - Disse Aya. - sabia que ele era muito bem casado e só aceitei fazer o meu pré-natal com ele por saber disso e, apesar de às vezes ser inconveniente ele é um ótimo médico além de me lembrar, muito alguém. O doutor Himura é um provocador barato, e flerta com tudo que se mexe, mas mesmo assim ele ama a sua esposa e pelo que ouvi falar nunca fez nada que a tenha magoado isso não soa familiar para você?
Johnny sorriu e quanto tirou as mãos do rosto e mostrou seus olhos Aya ficou surpreso com o que viu o brilho nos olhos dele. Não era raiva, tampouco magoa ou preocupação o que brilhava naqueles olhos era apenas... Diversão.
- Oh! Então você entendeu o que estou querendo de mostrar desde que estamos juntos não é mesmo? Que apesar de paquerar "tudo que se mexe" como você diz. - falou o moreno. - Eu amo você, somente você e nunca faria nada para te machucar.
- Eu sei, finalmente entendi. - Falou Aya envergonhado.
- Acho que devo agradecimentos ao doutor. - Ditou Johnny exultante.
Aya ergueu a sobrancelha.
- Tá... Nunca vou agradecer aquele pervertido, mas...
-Mas? - Perguntou Aya curioso.
- Você foi um garoto mal Aya, me castigou ontem por eu ter escondido algo de você enquanto estava fazendo o mesmo.
- Johnny...
- Você merece ser punido não concorda?
- E o que você via fazer? Greve de sexo? - Disse Aya não contendo a gargalhada com a ideia.
- Hahaha até aprece. Na verdade é totalmente o contrário. Se prepare Aya, pois teremos uma maratona.
- Nem pensar. - falou Aya rindo nervosamente, já dando alguns passos para trás e olhando de esguelha para os lados, procurando uma rota de fuga, vendo a porta do banheiro que estava mais próxima do que a saída e correndo para lá, porém não foi rápido o bastante para fechar a porta.
- Te peguei Aya. - falou Johnny com um sorriso malicioso nos lábios, agarrando Aya pelos ombros e o puxando contra si, o beijando com vontade, mas sem agressividade, não queria machucar o seu marido. Ainda beijando Aya ele andou com o Rapaz entrando no Box e girando a torneira.
- Johnny... Não. - Falou Aya sentindo a água quente bater sobre o seu corpo, tentando inutilmente ver a expressão de Johnny. - Estamos vestidos ainda.
- E daí? Só quero esquentar as coisas meu amor.
- Seu maldito pervertido.
- Sou mesmo. - Riu Johnny começando a livrar-se das roupas molhadas e colantes de Aya enquanto dava beijinhos por todo o rosto do mesmo, sorrindo internamente quando sentiu as mãos pequenas guiarem-se as suas roupas as retirando com dificuldade até ambos, estarem totalmente nus, seus corpo aquecidos, pelo contado e pela água quente.
- Te adoro Aya, te amo muito. - Falou Johnny acariciando as laterais do corpo de Aya, sentindo em suas mãos a mudança do corpo amado, ficando feliz em saber que aquelas mudanças se deviam ao fruto do amor deles que crescia dentro do menor.
- Eu sei Johnny. - Murmurou Aya enquanto queria dizer que também amava, mas não tinha coragem, porém mostraria aquilo com o seu corpo.
Erguendo uma das pernas Aya a rodeou em volta da cintura de Johnny, se esfregando no corpo molhado e escorregadio de forma premeditada e ritmada.
- Aya... Você está brincando com fogo.
- Sim... Eu quero me queimar...
- Para quem não queria sexo até agora você está muito saidinho não. - Falou Johnny passando a esfregar-se contra Aya também, mordendo os lábios para conter os gemidos.
- Aprendi com você a ser um sem vergonha. - Ditou Aya erguendo o rosto e dando beijos e chupões no pescoço do maior.
Johnny deu uma risadinha misturada a um gemido antes de abaixar o rosto exigir a boca de Aya na sua de forma apaixonada, enquanto deslizava suas mãos pelas costas quentes e molhadas do menor até as nádegas redondas e firmes as apertando tocando a abertura do marido com um dedo, fazendo o moreninho gemer alto e forte em sua boca.
- Aya... Preciso de você.
- Então venha Johnny... - Gemeu Aya voltando a tomar a boca quente na sua.
Estavam tão excitados que não se preocuparam com preliminares. Johnny apena preparou rapidamente a abertura de Aya para não machucá-lo e entrou nele, lentamente, engolindo os seus e os gemidos de Aya.
- Jo... - Gemeu Aya arrastadamente ao desconectar as bocas ainda ligadas por um fio de saliva, sentindo quase todo o membro de Johnny dentro do seu aperto canal, o completando. - Mova-se.
Johnny rosnou, se movendo lentamente. Agarrando a coxa erguida de Aya ele a apertou e abriu mais, podendo ir mais fundo, porém aquilo era pouco comparado ao que ele sabia que podia ter. Largando a coxa branca que já tinha se tornado vermelha por causa da força do aperto das mãos do moreno ele o soltou, saindo de dentro do menor que resmungou em reprovação, virando Aya rapidamente de costas para si, voltado a entrar nele em uma estocada, o segurando forte pela cintura enquanto arremetia forte.
Aya gritou, sentindo as estocadas poderosas que tocavam constantemente sua próstata. Separando mais as pernas ele se abriu todo para Johnny o permitindo ir mais fundo e forte.
- Meu... - Murmurou Johnny enterrando-se com tudo dentro de Aya, sentindo o por menor convulsionar e o marido gritar o seu nome, chegando ao auge sem nem mesmo ser tocado, apertando seu membro fortemente e o empurrando para a beirada do abismo o fazendo também gritar e derramar-se dentro de Aya, empurrando-se todo para dentro do canal apertado e derramando sua semente o mais profundamente possível.
- Isso foi... - falou Aya.
- Incrível. - Terminou Johnny enquanto saia lentamente de dentro de Aya e o virava de frente para si ajoelhando-se em frente à Aya e beijando a barriga do marido - Disposto a uma nova rodada?
- Só se me levar para cama. - Ditou Aya mole, sabendo que não conseguiria negar as vontades de Johnny, não com ele lhe olhando daquela forma tão apaixonada.
- Fechado. - Falou o moreno, mas ao contrário do que Aya esperava Johnny o banhou e só depois de secá-los o ergueu e levou para cama, onde voltaram a se amar novamente e novamente e ele sabia que se dependesse de Johnny seria assim até que tivesse que voltar para casa afinal aquele era Johnny Sakurai o homem mais pervertido e insaciável que ele conhecia, e o seu homem.
Hoje agora e sempre. Não tinha mais porque duvidar das palavras daquele homem afinal já estava provado, aquele Sakurai sempre cumpria com suas palavras e era exatamente com isso que ele estava contando.
Fim.

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