Capítulo 24

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Não posso negar que senti raiva assim que soube que Nicole, a garota especial de Christen, não passava de sua irmã. Este tempo todo Christen já havia percebido o quanto eu ficava apreensiva com a existência de Nicole e ela nunca me revelou que elas eram irmãs. Durante todo este tempo eu fui trolada enquanto Christen se divertia com isto. E isto me encheu de raiva assim que soube da verdade mas, confesso que também me senti aliviada ao constatar que não tem ninguém na vida de Christen que impeça-me de avançar com as minhas investidas em relação a ela.

- Nicole é minha filha mais nova. - Joanna falou tirando-me de meus pensamentos.

Percebi que a garota me olhava com curiosidade.

- Prazer. - Falei constrangida enquanto ouvia que Christen ainda dava algumas risadas.

- O prazer é todo meu princesa.

- Venham, vamos iniciar logo nossa conversa. - Aaron pediu. - Se a ausência da princesa for sentida no palácio, Jeanne não conseguirá nos dar cobertura por muito tempo.

- Exatamente, o combinado com ela é que a princesa e Aaron voltarão logo. - Joanna disse lembrando-me das recomendações que Jeanne me dera antes de eu sair de casa.

Então sem mais demoras começamos a conversar sobre os trabalhos conduzidos por Phelipe.

Durante a conversa descobrir que os três líderes que estavam com Phelipe eram Peter, Henry e Mia.

Mia é sobrinha de Mary, a namorada de meu tio Luís que foi morta a mando de meu avô George. Durante toda a conversa percebi que Mia é uma mulher meiga mas de opinião forte. Durante o pouco tempo que fiquei na presença dela senti um afeto maternal. A forma como ela se dirigia a mim pareceu-me conversa entre mãe e filha. Nem com a rainha Sophie eu senti um afeto tão grande. Conversar com aquela mulher pareceu-me que eu estava conversando com Jeanne. Eu me senti segura na presença dela.

Já Peter, o marido de Mia, lembrou-me em muito o meu tio Luís. Pareceu-me que ele é um homem correto e elegante. Seu bom humor me fez recordar os momentos de minha infância que eu passei com meu tio, quando ele ainda era consciente.

E Henry, assim como Phelipe, também trabalhou com meu tio Luís quando o grupo da resistência foi reorganizado. Os dois não esconderam a cumplicidade entre eles.

Percebi o quanto cada um deles, que estavam naquela sala, confiavam cegamente uns nos outros. Então eu não tive outra escolha a não ser, passar a confiar totalmente neles.

Enquanto conversávamos, eles me colocaram a par dos trabalhos do grupo. Me surpreendi quando me revelaram que já conseguiram detectar vários focus dos grupos republicanos. Mostraram-me um mapa onde pude perceber que os republicanos estavam espalhados por vários pontos do reino e, foi através de Henry que eu soube o quanto o grupo dos republicanos é organizado tanto financeiramente como taticamente. Para nós ficou claro que temos que agir rapidamente para tentarmos conter o avanços deles.

Mas, durante toda a conversa, o que mais me surpreendeu foi saber o tamanho do nosso grupo de resistência. Não somos tão numerosos quanto os republicanos, mas temos muitos seguidores e, sob o comando de Peter e Mia, eles também estão sendo organizados em pontos estratégicos para responderem aos ataques dos republicanos, assim que decidirmos que chegou a hora de revidarmos os atos ocasionados pelos nossos adversários.

- Então como vossa Alteza pode ver, nós estamos nos preparando para duelarmos com os republicanos. - Peter falou concluindo o relato deles.

- Bem, o que me preocupa nisto tudo é que ainda não temos pessoas suficientes para entramos em confrontos direto com eles e, nosso arsenal é inferior ao dos republicanos. - Falei para eles. - Os republicanos contam com barcos da Ship e tem armas que podem usar em conflitos terrestres.

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