Capítulo 9

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             - Não há perigo. - Emília disse se afastando da janela, oque me fez ficar confuso. - Não fizemos nada de ilegal, para entrarem no prédio precisam de provas concretas de que algum de nós fez algo.

                 - Theo está a um passo de ir para a cadeia por roubar um quadro idiota. - Cho acusou e apontou o dedo para o rapaz que levantou a mão em rendição. - Droga, como não pensamos nisso?

                  - Aí, nem vou perguntar como sabem disso, mas eles não tem prova alguma de que fui eu. - Disse simplesmente, como se não estivéssemos cercados e prontos para sermos massacrados. - Eu não sou o problema aqui, não fui eu que mexi com a máfia francesa.

                    - Ok, chega dessa história de máfia francesa, eu tinha 18 anos, seu idiota. - Fui até a janela e vi que literalmente estávamos cercados. - Todos armados, fuzileiros e carros de fuga, sabiam que iríamos tentar fugir. Quanto tempo até o aeroporto?

                   - Já devem ter avisado os seguranças do lugar, provavelmente não vamos conseguir sair do país.

                  - Perguntei quanto tempo, não se vamos conseguir sair. - Retruquei e sai da janela olhando para ele. - Quanto tempo?

                   - Meia hora se andarmos rápido. Contando de dez minutos nas catacumbas e mais vinte minutos andando cautelosamente rápido pelas ruas. - Disse olhando para o teto, como se estivesse com um mapa no cérebro. - Podemos cortar caminho se pegarmos uma das passagens subterrâneas do Louvre, então chegaremos em 25 a 20 minutos.

                   - Você consegue descrever o caminho? A passagem mais rápida, a do Louvre, consegue? - Ele confirmou. - Ótimo, vamos ter que nos separar. Fale para Cho e Emília como fazer todo o percurso pelo caminho mais rápido. Eu e você vamos despistar eles e ir pelo caminho mais longo. Enquanto isso elas tem de cinco a dez minutos de vantagem para comprar as passagens.

                   - Isso é suicida, não vai dar certo. - Cho disse e eu tinha que concordar com ela.

                  Mas eles queriam a pirralha e pensariam que ela estaria comigo, sei que não se deve brincar com pessoas assim, mas eu sou meio idiota então tá valendo.

                  - Não temos escolha, vamos logo. Vai explicando para elas enquanto eu olho se a barra está limpa. - Theo confirmou e começou a contar tudo que elas iriam precisar saber.

                 Saímos do quarto e eu fui olhando os corredores, em alguns tivemos que parar e esperar algumas pessoas passarem, chegamos no elevador e eu apertei no andar do porão que estranhamente estava liberado não somente para funcionários, mas para todos que estivesse naquele elevador. Theo ainda sussurrava com as meninas e falava coisas que eu não fazia a menor intenção de escutar.

                Tudo que eu queria no momento era estar no meu adorado apartamento com aquele vinho barato que eu detestei por tanto tempo. Eu só queria estar passando estresse depois de um dia inteiro de trabalho na B&B model. Mas eu estou virando um foragido da máfia, que minha mãe nunca descubra isso ou eu vou estar mortinho.

                   - Vem vamos por aqui. - Senti a mão de Theo no meu braço e olhei para os lados não vendo as meninas. - Você estava no mundo da lua, já estamos sozinhos a uns dois minutos.

                   - Certo. Tem certeza que vai dar certo? Que vamos chegar a tempo? - Pergunto tirando sua mão do meu braço e mantendo uma distância segura dele.

                   - Tenho, se não formos seguidos estaremos fora desse país em alguns minutos. - Disse desviando de alguma coisa com muito sangue.

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