- Você só pode estar louca se acha que eu vou te deixar ir lá.
- Mas...
- Sem mas. É um cassino, criança não pode ir lá. Não teime comigo.
A garotinha cerrou os olhos e cruzou os braços começando a bater os pés. Eu sabia que ela iria começar uma leve birra, mas eu não poderia deixá-la ir a um lugar daquele tipo, muitas coisas poderiam acontecer.
E tem o adicional de ser proibido, então mesmo se eu tivesse a epifania de deixar ela ir, ela não iria entrar e isso não parece entrar na cabeça da pirralha. E também é perigoso, já vou sair desse hotel com o cu na mão, com medo de me reconhecerem e meterem uma bala na minha cara, eu não posso deixar ela ir, porque aí eu teria que proteger ela e eu, e eu quero me priorizar e deixando ela aqui vai ser um problema a menos, e outra coisa, não estou deixando ela totalmente sozinha, Dean e Seamas vão ficar aqui fazendo pesquisas e essas coisas, então está de boa.
Ela então olhou de canto para o loiro que estava sentado na poltrona desde o começo da conversa e sorriu como se tivesse tido a ideia do ano e eu sabia qual era. Draco é péssimo em dizer "não" para qualquer criança e eu sei disso por experiência própria, se ela pedisse para ele, ele iria dizer que ela pode ir e então ela vai achar que ele pode opinar nas decisões sobre ela. Mas ele não pode, porque ele não passa de um conhecido na vida dela.
- Dra...
- Emília! Eu disse não, você tem que me ouvir porque estou dizendo isso para o seu bem. - A cortei e ela ficou em silêncio, só me ouvindo. - Quando eu disser que você não vai, é porque você não vai e fim de papo. Por mais que Draco seja legal, ele não pode decidir coisas sobre você.
- Mas...
- Sem mais e se você insistir, vai estar de castigo.
Ela então como a boa dramática que é, se jogou para trás (na cama) e começou a falar como eu era injusto e coisa do tipo, mas eu só ignorei, não estava no clima de ser o ruim da história, não hoje.
Pela milésima vez no dia, disquei o número de telefone e cruzei os dedos na esperança de que alguém atendesse ao telefone. Estava a horas tentando ligar para os meus pais, já faz alguns meses que não ligo e apesar de saber que eles não estão preocupados, porque eles sabem que eu sempre vou, mas sempre volto pra eles, não quero deixar eles preocupados a toa. E tem uma outra coisa que eu quero falar com eles também, agora seria um ótimo momento para conversar, por mais que eu quisesse conversar pessoalmente eu sentia a estranha necessidade de conversar nesse momento. Por isso estou a cinco horas ligando sem parar e nem é meme.
Também liguei para Remus e o mesmo não atende de jeito nenhum, o que só faz minha preocupação ficar maior ainda. Remus nunca e eu repito nunca não atende o telefone.
Então coloquei o telefone novamente no gancho e pensei no Tio Reg, ele sem dúvidas vai me atender. Só esperei alguns minutos e então disquei o número que eu já sabia de cor a anos.
- Eu sou...enfim, quem é? - Perguntou assim que atendeu o telefone e tive que afastar um pouco do meu ouvido pelo barulho altíssimo que estava de fundo e sem falar na gritaria que estava e por isso ele estava gritando.
- Régulos! É o Harry, onde...onde você está?
- Harry? OH MEU DEUS, HARRY! - Ele gritou e fiz uma careta ao sentir uma dorzinha no ouvido pela altura da voz - Finalmente garoto, eu é que pergunto, onde você está?
- Olha eu vou falar, mas não pode contar para os meus pais.
- Tabom, espera um instante que vou sair dessa barulheira toda.
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Once Upon A Time
FanfictionLivro 1 Uma maldição foi lançada em cada canto do reino encantado. A única solução foi enviar treze crianças para o mundo real, com a esperança de que elas um dia voltariam para salvar a todos que foram pegos pela cruel maldição. Mas quando se é cr...