Capítulo 22

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        Os corredores pareciam todos iguais, todos brancos e mais branco, sem nenhuma cor diferente. Eu estava correndo e tentando entrar em qualquer porta que eu conseguisse encontrar destrancada, mas todas estavam fechadas.

               Deveria ir rápido, tenho certeza que ele em algum momento vai descobrir que aquilo é um holograma e vai vir atrás do Harry certo. Ao virar um corredor me deparo com três pessoas, um homens e duas mulheres, eu sabia perfeitamente quem eram eles e sabia que não poderia vence-los.

                 Não conseguiria fazer outro holograma, eles são muito espertos e mais experientes do que eu e iriam notar bem de cara. A tal de Lady Tremaine ou para os mais íntimos, a madrasta da cinderela. Gaston e Gothel. Ótimo, só tem doido da cabeça por aqui, oque eu faria agora?

                    - Ora, ora, ora...oque temos aqui? - A mulher mais jovem diz com cara de sínica, o que achamou a atenção dos outros três que também sorriram.

                    - Um dos que deveriam estar bem longe daqui. - Gaston disse e eu franzi o cenho.

                    - Pensei que você fosse burro. - Ele cerrou os dentes e fez um barulho estranho com a boca. - Olha, foi um desprazer ver vocês, mas eu tenho que ir.

                    - Acha mesmo que vai para algum lugar? - A mais velha perguntou e eu tinha uma resposta bem na ponta da língua, mas não pode usar.

                   - É, ele vai sua velha feia. - A voz de Neville se fez presente e ele estendeu a mão fazendo um brilho verde sair delas e uma parede de trepadeiras crescer no chão, dividindo os corredores. - Eai cara? Faz tempo que não te vejo.

                    - Obrigado, Neville. Mas faz literalmente meia hora que nos vimos.

Dois dias antes...

                    - Sim, ou melhor, eu acho que sim. - Disse depois de abraçar Cho. - Eu sou Lilá Brown. Conheci Harry e Cho em uma festa e nos tornamos ótimos amigos, junto com alguns outros.

                    - Como...como ficou sabendo disso tudo? - Perguntei sem acreditar que Lilá também estava nessa. - Isso é surreal.

                    - Também achei. Foi tudo tão confuso, lembra quando estávamos naquela festa? Então, aconteceu tudo muito rápido, vocês estavam super bêbados e acho que não prestaram atenção, mas fomos meio que sequestrados e levados para um jatinho particular. Nele estava um cara, Indentico a você, Harry, só os olhos que eram diferentes.

                     - Meu irmão gêmeo. Sirius me contou.

                     - Sim, eu não acreditei quando ele me contou todo esse negócio de cidade mágica e maldição, mas com o tempo...eu vi ele fazendo magia e meio que ele me ajudou e ajudou os outros a usar nossos dons. Apesar do sequestro, não achei que ele era mal, eu vi que ele era mal quando ele arrancou o coração de alguém. - Disse com o olhar meio distante, doia para ela lembrar daquilo.

                    - Arrancou o coração de quem? - Gina perguntou e a loira engoliu um seco.

                   - Do Harry. - Franzi o cenho e foi no automático levar minha mão em direção ao meu peito.

                   - Por isso pensou que eu estava morto...

                  - Sim, mas eu ainda não sabia que tinha uma possibilidade de você estar vivo e ele com o seu coração. Ele guardou seu coração, Harry, está com ele esse tempo todo. - Explicou e eu senti o ar envolta ficar ralo. - Ele monitorou sua vida toda, mesmo sem ter seu coração em mãos. Ele te seguiu dos Estados Unidos até a Europa e te impediu de ir para Harvard. Henry sente ódio de você, e não pouparia forças para fazer você sofrer e depois te matar.

                   - Se ele monitora o Hazz, isso quer dizer que ele sempre soube onde estávamos. - Cho refletiu. - Ele sabe que estamos aqui e para onde vamos.

                   "Bingo!"

                  
                  - Mas e a Cho? O coração dela também não foi arrancado? - Theo perguntou e minha amiga fez uma careta, logo olhando para Lilá.

                   - Não. Bom...pelo menos eu não vi. - Deu de ombros e voltou a me olhar. - Ele pode te controlar e você sentia isso, precisa nos dizer as vezes que isso aconteceu. Eu preciso saber o quanto de influência ela tem.

          "Total. Tenho o controle total."

                     - Não sei dizer, eu não consigo pensar em um momento específico...Tirando o dia em que meu padrinho foi preso.

                 - Precisa contar, conte agora.

                  - Não posso. - Neguei.

                  - Você deve nos contar. Só assim vamos saber como prosseguir. - Insistiu e eu neguei denovo me levantando da cama e indo até a janela, eu não conseguia. - Eu tenho um jeito de te fazer falar, mas eu não quero invadir sua mente assim. Então me fale por vontade própria.

                    - Não, eu não posso. Não pode me forçar a dizer nada. - Senti as lágrimas vindo e o ar ficando cada vez mais difícil de ser puxado.

                     - Eu posso, me diz todas as vezes que fez algo errado. Precisa. Me. Contar.

                     - Está forçando ele, não pode fazer isso. Eu lutei muito para ele acreditar e estar aqui, você não vai colocar tudo a perder. - A pirralha diz.

                     - Ele está colocando tudo a perder se não me falar, eu só quero ajudar. - Exclamou.

                  - Ajuda muito quem não atrapalha, e você está atrapalhando. - Theo diz e se levanta da cama vindo em minha direção e me abraça. Eu precisava daquilo, eu preciso disso... - Tudo bem, eu estou aqui. Só conte quando você achar que deve contar.

                   " Ah... Theodore, tão gentil e encantador. Não consegue não se iludir, eu avisei ele. Parece que quer ter o coração arrancado e esmagado."

                  " Henry..."

                    " Veja só, você finalmente se tocou que eu não sou sua consciência. Agora eu sei que os dias de vitória estão próximos."

                   " O que está fazendo? Porquê está tentando nos impedir?"

                    " Eu? Jamais. Não estou tentando impedir nenhum deles, só você."

                    " Porquê? "

                     " Hunf! Não vou te explicar pela sua mente, você é lerdo, não vai entender nada. Mas não se desespere, nosso reencontro está perto, bem próximo de acontecer e então você vai saber de tudo. Cuidado irmãozinho, eu estou a um passo de você."

                    "O que?"

                     "Henry!"

                      "Henry!"

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