Capítulo 7

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         Já tínhamos chegado em Paris, no momento eu estava praticamente arrastando a pirralha em direção ao táxi, porque ela parecia um zumbie de tanto sono.

                   - Anda pirralha, ou te largo aqui na estação. - Não adiantava ameaçar, acho que ela estava dormindo de olho aberto. - Vão achar que eu estou sequestrando você, para de ser estranha.

                   - Mais eu tô com sono. - Choramingou e eu bufei.

                   - Você dormiu a viagem inteira, larga de ser dramática. - Nem preciso dizer que a maioria das pessoas nos olhava de um jeito estranho, como se eu estivesse batendo na criança. ~ Se você não se arrumar agora mesmo, eu te largo no hotel e volto pra Londres. - Sussurrei pra ela e logo estava bem acordada e sorrindo.

                   - Que dia lindo, padrinho. Você não acha? - Perguntou e eu revirei os olhos.

                    - Eu já disse para não me chamar assim, não somos nada.

               Cho já estava do lado de fora nos esperando e provavelmente ainda não tinha conseguido chamar um táxi, mesmo ela sabendo Francês, ela não consegue falar muito. Depois de alguns minutos, um dos táxis parou para a gente e demos o endereço do hotel. Emília estava tão grudada no vidro que eu pensei que ela iria se fundir com ele, exclamava a cada coisa diferente que passava e eu não estava diferente, só não estava grudado no vidro.

                 - Nous sommes arrivés, passez un excellent séjour dans la ville. - O motorista ofereceu assim que chegamos e pagamos. Agradecemos e então eu fui fazer o check in na recepção enquanto as meninas esperavam sentadas.

                   A recepcionista parecia uma oferecida, a cada frase 80% era cantadas em Francês, Hunf, mulher estranha. Peguei a chave do quarto e por fim subimos até o sexto andar do prédio, um lugar bem moderno se for reparar e bem aconchegante de uma forma chique mediana. O quarto tem duas camas de casal, um guarda-roupas bem grande, uma tv na parede e um banheiro com...coisas de banheiro.

                  - Podemos ver a torre Eiffel? - Emília perguntou e Cho fez um som de desaprovação. - Cho? Pensei que essa resposta fosse vir do Hazz, mas de você?

                  - Cho tem um pequeno problema com Franceses. - Digo e a asiática começa a resmungar e vai em direção a própria e mala e começa a tirar o Notebook de lá. - Viemos pra França a uns dois anos, fomos para Lyon e de primeira foi muito legal e louco, fomos a muitas festas e baladas, ficamos super chapados, tão chapados que Cho encontrou uma fonte na praça central da cidade e praticamente se jogou e fez uma dança adulta em público.

                  - E você não parou ela? - Emília perguntou com um ar de preocupação.

                   - Eu meio que não estava lá e só fiquei sabendo disso no dia seguinte quando o vídeo estava rodando pela internet...foram bons e sombrios tempos. - Olhei para a garota que estava de boca aberta e olhos arregalados. - O vídeo foi apagado é claro, brigamos muito com o delegado de Lyon e ele fez de tudo para o vídeo parar de circular por aí e ainda ganhamos uma indenização de 2.500 euros.

                    - Nossa, tudo que vocês fazem é em relação ao dinheiro? - Dei risada e ouvi a de Cho também.

                    - Na verdade a maioria delas, mas dinheiro não é tudo na vida. - Dessa vez Cho soltou uma gargalhada bem forte. - Dinheiro é quase tudo na vida...que se dane, dinheiro é tudo e eu não estou mentindo, todos sabem que é verdade e quando você aprender a barganhar, você vai ficar feliz da vida.

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