Capítulo 44

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        Dormindo levemente como um bebê. Sem sonhos estranhos ou sem sentido.

          Acho que eu não tinha uma noite de sono tão boa a séculos. Mas infelizmente toda a paz acabou quando acordei pelos barulhos de tiro. Na verdade eu fiquei processando por alguns segundos até me tocar de que o barulho que eu ouvia era de tiros, tipo balas saindo de uma arma.

            Sentei na cama em uma velocidade surreal e olhei para o lado vendo Draco dormindo como se a boate onde estávamos não esteve sendo atacada.

            - Draco acorda. Vamos Draco, agora! - Chamei ele procurando pelas minhas roupas que estavam espalhadas pelo quarto e vendo que Draco não acordava entrei em desespero e sacudi ele para que acordasse, mas no processo ele acabou caindo com tudo no chão - Anda, se veste, temos que sair daqui agora.

             - Isso são tiros? Meu deus, que horas são?

           E eu fiquei indignado com a lerdeza desse garoto. Não dei bola pra ele e terminei de me vestir em poucos segundos, peguei todas as minhas coisas que estavam espalhadas e parei por um minuto. Meu coração estava batendo muito rápido, tão rápido que fiquei com medo de ter um ataque cardíaco, só que o medo de morrer foi mais alto e então olhei para um relógio que tinha na cômoda do lado da cama e me surpreendi por ainda ser três horas da manhã. Pensei por alguns segundos enquanto Draco terminava de se vestir e quando ele terminou nós saímos do quarto com cuidado.

              - Desde quando você tem uma arma aí? - Perguntei vendo o mesmo checar se tinha bala na mesma.

              - Desde sempre, me surpreende você não ter uma. - Disse como se fosse óbvio, mas não era óbvio.

             - Eu nunca precisei e também não sou um terrorista.

            - E você acha que eu sou?

           A pergunta ficou no ar já que eu não respondi. Descemos umas escadas que eu nem sabia que existia e não deu tempo nem de pensar e já estávamos no fogo cruzado.

           Todas as mesas viraram escudos, cracos de vidro estavam espelhados pelo chão que estava todo molhado e cheio de garrafas quebradas. Não consegui ver as meninas pela boate, mas consegui ver onde estavam os atiradores, quando me dei conta Draco já estava me puxando para trás de uma das mesas e atirava sem dó e sem ver em quem atirava.

            Em meus pensamentos só vinha uma coisa "eu tenho que sair daqui, tenho que sair daqui, tenho que sair daqui" e então estava eu procurando uma saída. Eu sabia que atrás do bar tinha uma porta de saída, mas estava muito longe, eu não iria conseguir sair sem levar um tiro. Então tinha a saída de emergência, mas se encontrava tão longe quanto o bar. Fui para o outro lado da mesa e vi que nenhuma das janelas seriam úteis já que todas são no alto, também não conseguiria subir para os quartos a passagem estava interditada.

             - Que porra é essa? - Perguntei tentando fazer Draco ouvir por cima dos tiros. O mesmo que estava atirando se sentou do meu lado sem parar de olhar para todos os lados.

            - Uma emboscada, alguém sabia que a gente estaria aqui.

            - Mas quem... - Então foi que eu pensei e tudo clariou como claras em neve - Moody filho da puta.

            Na mesma hora o corpo de um cara foi jogado bem do meu lado, mas já estava morto, porém carregava uma arma e mais umas coisinhas que poderiam ajudar a gente. Segurei firme o braço dele e puxei para mais perto tirando a arma de seu corpo e umas facas que parecia de ninja. Óbvio que eu não sei usar nenhuma dessas coisas, mas que se dane não é? Eu tenho que sair daqui vivo e é isso que eu vou fazer.

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