Capítulo 17

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           - Então podemos escolher, ou Argentina, ou ir direto para o Brasil. - Cho disse.

                Estávamos sentados na mesa para comprar as passagens para o próximo destino e estávamos um pouco em dúvida.

                 Depois que Gina e eu saímos daquele bar nojento, vinhemos direto para a casa dela rindo igual uns retardados de pulmão ferrado. Ela confessou que não sabia oque estava fazendo, viu tudo aquilo em um filme de ação e só estava atuando para que a gente não morresse cedo, e também comentou como eu fui super maluco de ter explodido o negócio do cara, eu só não disse que não fazia idéia (literalmente) do que estava fazendo, era como se estivessem sobre posse dos meus movimentos corporais e da minha mente, denovo. Quando chegamos na casa, demos de cara com Emília sentada no sofá nos esperando e com uma cara de brava, porque ninguém tinha acordado ela nem ao menos para se despedir. Nem preciso dizer que foi uma conversa chata e com muitas perguntas animadas vindas da garota. Também contamos para Theodore e Cho que igualmente ficaram chocados e demos altas risadas.

                 Depois só ficamos sem fazer grandes coisas, enquanto esperávamos a hora de comprar as passagens e zarpar para longe da Europa. Esses serão nossos últimos momentos nesse continente e então só quando tudo isso acabar que eu vou voltar.

                 - Brasil. - Digo e Gina concorda comigo.

                 - Acho que Argentina. Draco não levaria, Pansy, com ele. - Theo sugeriu. - Ele a deixaria para a proteger e para despistar quem quer que seja que esteja procurando por ele.

                  - A América inteira. - Digo revirando os olhos. - Temos que estar cientes que procurar por Draco, pode nos colocar em grande perigo. Duvido que somente o FBI esteja na cola dele.

                  - Mas Draco é inteligente o suficiente para se esconder em um bom lugar e ficar longe de perseguições. - Contou a ruiva. - Draco passou a maioria de sua adolescência com políticos, ele deve saber alguns truques.

                   - Posso ligar para Luna e perguntar se ela tem mais alguma informação. - Sugiro e todos parecem pensar. - Ela disse que antes dele fugir, ele passou na casa dela. Talvez eles tenham mantido contato.

                 - Pode funcionar, mas eu não sei... - A pirralha disse surpreendentemente pela primeira vez desde que começamos a conversar. - Não estou muito certa de nada disso.

                  - Como assim? - Perguntei preocupado e ela me olhou, olhou no fundo dos meus olhos.

                  - É uma sensação estranha, de que algo vai acontecer e não é algo bom. - Vi medo passar pelos seus olhinhos castanhos.

                   - Você é vidente? - Gina perguntou e todos olhamos para ela. - Oque? Não sabiam que todos nós temos um dom?

                    - Um dom? - Cho perguntou confusa.

                  - Sim, vai dizer que nada de estranho aconteceu com vocês. - Disse como se fosse óbvio.

                  Nem precisei parar para pensar, as lembras do coração arrancado voltaram a minha cabeça, mas arrancar corações seria muito estranho, não é um dom. Arrancar corações... "...ele dizia umas coisas sobre borboletas e corações, eu não entendi nada..." e também "...Blaise viu nas cartas e me falou que o coração estava quebrado. O tempo corre Luna e você sabe disso melhor do que ninguém..."

                   - Arrancar corações. - Pensei em voz alta.

                    - Do que está falando Harry? - Cho perguntou e eu olhei para todos.

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