𝟎𝟎𝟖. 𝟎𝟐. 𝐁𝐈𝐋𝐋𝐘 𝐐𝐔𝐄𝐑 𝐁𝐑𝐈𝐆𝐀𝐑

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Steve teve que segurar Lizze para que a mesma não fosse em contato com o chão. As lágrimas já escorriam de seu rosto e se juntavam ao sorriso que dava ao ver que ela estava certa: Eleven estava viva.

— Eleven. — Mike ficou de frente com ela.

— Mike. — Os dois se abraçaram fortemente.

— Ela é... — Max perguntou aos dois ao seu lado, que confirmaram com a cabeça.

— Nunca desisti de você. Liguei todas as noites. Todas as noites por...

— Por 353 dias. — Ela completou, sorrindo. — Eu ouvi.

— Por que não falou que estava lá? Que estava bem?

— Porque não deixei. — Hopper falou e, na mesma hora, a jovem ganhou toda sua força novamente e o encarou incrédula. — Que diabos é isso? Onde esteve?

— Onde você esteve? — Perguntou dando ênfase no 'você', os dois se abraçaram.

— Você a escondeu. Escondeu esse tempo todo! — O garoto o empurrou.

— Ei, ei, ei. Vamos conversar. Sozinhos.

— Querem calar a boca por um segundo? — A garota disse com raiva e a menina finalmente a olhou.

— Lizze.

— Eu não vou correr até você, aqueles filhos da mãe acabaram com minha perna. — A menina riu e correu até a outra, abraçando-a fortemente e tendo o gesto retribuído. — Nós também vamos conversar depois, Hopper.

— Pode entrar na fila de espera. — Ele e Mike então foram até o quarto para terem a 'conversa'.

— Merda, garota. Eu disse que você estava viva, mas ninguém acreditou em mim! Eu senti tanto a sua falta.

— Eu sei, eu te vi. Eu também senti sua falta, Lizze.

— E qual é a dessas roupas?

— Conheci uma pessoa, vou te contar depois.

— Ok. — Segurou-a pelo rosto. — Nunca mais faça isso de novo.

— Nunca mais.

— Nós também queremos abraçá-la, sua idiota. — Dustin a puxou para trás.

— Ei, não me puxe, seu idiota. — Os dois meninos então a abraçaram.

— Sentimos saudade de você.

— Também senti.

— Falamos de você todos os dias. — Eles se afastaram e então Eleven colocou sua mão na boca do cacheado, que se afastou assustado.

— Dentes.

— O quê?

— Você tem dentes. — Ele sorriu.

— Gostou? — E então, imitou algum tipo de ronronado de um gato, fazendo a mais velha rir baixo.

— Eleven? — Max se aproximou. — Oi. Sou Max. — Esticou sua mão. — Ouvi falar muito de você. — Eleven apenas fechou sua cara e passou reto, indo na direção de Joyce.

— Eleven. — Lizze a repreendeu, mas foi ignorada. — Sinto muito, Max. Ela só deve estar... estressada, por tudo.

— Tudo bem, relaxe.

Diante de todo aquele momento de reencontro e alívio, a jovem então sentiu as lágrimas voltarem, mordeu os lábios e avisou que tomaria um ar. Saiu pela porta de trás até o lado de fora e sentou-se nas escadinhas, apoiou seus cotovelos nos joelhos e levou suas mãos até a cabeça, deixando-a apoiada entre as pernas. E então permitiu deixar sair o choro que acumulara por meses. 

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐈𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐋 - 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora