𝟎𝟏𝟐. 𝟎𝟒. 𝐄𝐏𝐈́𝐋𝐎𝐆𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐀 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀

3.2K 311 193
                                        

DOIS DIAS DEPOIS. . .


— Ei, Nancy! — Karen saiu de sua casa, carregando uma caixa de bonecos para a doação. — Achei mais coisas antigas no sótão.

Lizze parou de prestar atenção na conversa que se seguiu entre a mulher e sua filha, já que colocava mais uma caixa de alimentos no porta-malas de Steve. Seus pulsos enfaixados não colaboravam, mas não havia ninguém que vencia a teimosia da garota, que insistia em ajudar.

— Alguém pediu pizza? — A mais velha questionou, fazendo a garota se virar e ver o carro que menos imaginava ver naquele momento.

— Pizza?

Seus olhos encheram-se de lágrimas quando viu a van de Argyle chegando na rua, desgovernadamente e tocando a buzina.

E então, todos saíram, um por um, do carro.

Lizze e Eleven se encararam, sorrindo uma para a outra e começando a correr em direção.

— Eu fiquei tão preocupada. — A mulher disse com a voz falha. — Tão preocupada, El!

— Eu estou aqui agora. — Elas se abraçaram fortemente.

— Você está bem?

— Tão bem quanto poderia estar. — Ela sorriu e olhou para as faixas nas mãos e pescoço da outra. — O que aconteceu?

— Bem... às vezes somos nossas próprias ruínas. — Segurou-a pelo rosto. — Seu cabelo...

— Papa... eu lidei com ele, eu finalmente lidei com ele. E agora você não precisa lidar. — Ela disse, com os olhos molhados.

— Eu te amo tanto, Eleven. — Abraçou-a novamente.

— Eu também te amo, Lizze. — Dustin pigarreou com a garganta, fazendo com que elas o olhassem.

— Também quero vê-la, sabia?

— Toda sua, Dusty-bun. — Lizze deu espaço para o cacheado abraçá-la, e ela puxou Will para junto deles.

— Cadê o Lucas? — O Byers perguntou.

— Está no hospital.

— Ele se machucou?

— Não, ele... ai, deus. Vocês não sabem. — Os dois se encararam, voltando a olhar para a outra dupla.

— Max sofreu uma morte cerebral. Ela está viva, por conta dos aparelhos, mas... cega e com praticamente todos os ossos quebrados.

— Ah, meu deus.

— Seria bom se vocês fossem ver ela... os médicos dizem que ela sente.

— Você vem junto?

— Não, já tive minha cota de hospitais nos últimos dias. — Elas sorriram uma para a outra. — Nos vemos em casa. Em nossa verdadeira casa.

Steve fechou o porta mala de seu carro e logo ajudou a garota com as caixas que ela levava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Steve fechou o porta mala de seu carro e logo ajudou a garota com as caixas que ela levava. Ela logo avistou o grande nome 'HAWKINS HIGH SCHOOL' no topo da construção. O estacionamento estava lotado por pessoas com a mesma intenção que a deles.

Eles adentraram no ginásio, vendo-o ainda mais lotado. Havia um quadro de desaparecidos, e bem no meio deles, Lizze o notou.

O cartaz de Edward Munson cheio de rabiscos em caneta vermelha.

Ela desviou o olhar, não querendo chorar pela quarta vez por aquilo, e logo avistou a mesa de doações.

— Oi. — Robin cumprimentou a mulher que estava ali.

— Oi.

— Aqui temos cobertores e lençóis. — Apontou para sua caixa. — Algumas roupas, brinquedos infantis e comidas.

— Nossa, como está organizadinho! Nós agradecemos. Querem a nota fiscal?

— Acho que não precisamos, mas obrigada. Mas... podemos fazer algo mais pra ajudar? — A mulher olhou em volta e depois sorriu.

— Na verdade... tem sim. Vocês dois, — Apontou para Lizze e Steve. — esperem um pouco. Rita! — Chamou por outra trabalhadora. — Eles querem ajudar.

— Ótimo! Sigam-me.

"Rita", como havia sido chamada antes, levou a dupla até outra bancada, onde várias roupas estavam jogadas em cima.

— Ok, primeiro separamos por idade. Roupas infantis, para meninas, meninos, homens, mulheres. Ah, e se tiver em péssimas condições, nós descartamos.

— Entendido.

— Volto logo com crachás para vocês. — Ela começou a ir embora, mas voltou rapidamente. — Seus nomes, por favor?

— Lizze e Steve.

— Certo, muito obrigada. — A mulher foi embora, e os dois logo começaram a dobrar e separar as roupas de acordo com as instruções. Após alguns segundos, Lizze foi cutucada pelo rapaz, que apontou para frente.

Ela seguiu o olhar dele, vendo Robin conversando enquanto sorria para uma garota desconhecida.

— Quem é? — Perguntou sorrindo.

— Vickie.

— Pera... "A" Vickie?

— Isso mesmo. — Lizze as encarou, sorrindo orgulhosamente da amiga.

Percebendo um olhar em si, ela se virou, vendo o Harrington encarando-a indiscretamente.

— O que foi?

— Você... seu sorriso. — Ao perceber o que falou, balançou a cabeça e começou a gaguejar. — F-foi mal, não foi isso que eu quis dizer... claro, seu sorriso é lindo, mas... desculpa.

— Steve.

— Hum?

— Obrigada. — Ele sorriu. O sorriso logo desapareceu. — O que foi?

— Lizze... olhe. — Apontando para a janela, ela se virou e viu.

As partículas de "poeira" presentes no Mundo Invertido estavam ali, caindo de um céu que antes era ensolarado, e agora estava nublado.

— Merda. — Eles foram até a enorme janela, sendo seguido por quase todas as pessoas no lugar – as outras saíram para fora, tentando entender o que era aquilo.

Sua visão escureceu por alguns segundos, e tudo o que ela viu foram nuvens pretas carregando raios vermelhos se aproximando para destruir Hawkins e todas as pessoas dali.

Quando voltou ao normal, ela sabia.

Bem naquele momento, Lizze teve certeza.

Ainda não havia acabado.

E não estava nem perto de acabar.

Aquele era definitivamente o começo do fim.


— Kisses kisses, Maari<3

see you soon :(

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 17, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐈𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐋 - 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora