𝟎𝟎𝟒. 𝟎𝟑. 𝐂𝐎́𝐃𝐈𝐆𝐎 𝐃𝐄𝐂𝐈𝐅𝐑𝐀𝐃𝐎

4.2K 455 563
                                    

Terceiro dia de Lizze tentando decifrar o código, segundo de Robin. Agora, as duas estavam na sorveteria escutando novamente a conversa russa, enquanto a loira tinha os fones, a morena ficava ao lado também ouvindo e procurando no dicionário alguma palavra que parecesse a da pronúncia. Mas era impossível a garota se concentrar no livro quando uma menina tocava desesperadamente a campainha e chamava a que trabalhava ali.

-Deus, Robin, atenda logo essa criança. - Ela suspirou e tirou os fones, encarando o grupo de crianças

-Gostaria de provar o de amendoim com chocolate, por favor. - Deu um sorriso claramente forçado

-Não. Chega de amostras por hoje.

-Por que não? - O sorriso desapareceu

-Porque está abusando das regras da empresa.

-Onde está o marinheiro? - Se referiu a Steve

-Ele não pode ajudar. Está ocupado.

-Ocupado com o quê?

-Espionagem.


-Está vendo algo? - Dustin perguntava ao rapaz que estava com o binóculo

-Não sei bem o que estou procurando.

-Russos maus.

-Exato. Não sei a aparência de um russo mau.

-Alto, loiro, não sorri. Procure também por fones de ouvido, camuflagem e malas.

-Certo, malas. - Começou a olhar novamente - Está de brincadeira. - Exclamou baixo como se tivesse descoberto algo importante

-O quê?

-A Anna Jacobi está com o imbecil do Mark Lewinsky.

-Se concentre ou me dê o binóculo.

-Jesus, o que houve com os padrões? O Lewinsky nunca saiu do banco.

-Você é o pior espião da história, sabia? - Começou a puxar o objeto

-Pare. Ei, pare.

-Me dê isso. - Pegou-o e começou a olhar pelo shopping com o mesmo - Não entendo por que está vendo meninas. Tem uma perfeita na sua frente.

-Sério, se falar "Lizze" de novo...

-Lizze.

-Não.

-Lizze. Lizze. Lizze. Lizze. Lizze.

-Pare. Não.

-Lizze.

-Não.

-Lizze.

-Não.

-Lizze.

-Não. Nós não daríamos certo. Não estamos nem perto de dar certo. E ela não faz meu tipo. - O cacheado o olhou debochado

-Qual seu tipo, então? Não ser incrível?

-Obrigado. Pra sua informação, ela só sai de casa para vir aqui. E é estranha. É estranha e ameaçadora. Não gosto que seja ameaçadora. E Hopper quase me matou ontem à noite. Isso não é legal. Nunca teve contato social? Não.

-Por que Hopper quase te matou?

-Não é o ponto. - Dustin arregalou os olhos

-Beijou ela na frente dele?

-O quê? Claro que não. Não nos beijamos desde o dia do seu baile.

-Dúvido.

-Já disse, ela é estranha e ameaçadora.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐈𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐋 - 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora