Terceiro dia de Lizze tentando decifrar o código, segundo de Robin. Agora, as duas estavam na sorveteria escutando novamente a conversa russa, enquanto a loira tinha os fones, a morena ficava ao lado também ouvindo e procurando no dicionário alguma palavra que parecesse a da pronúncia. Mas era impossível a garota se concentrar no livro quando uma menina tocava desesperadamente a campainha e chamava a que trabalhava ali.
-Deus, Robin, atenda logo essa criança. - Ela suspirou e tirou os fones, encarando o grupo de crianças
-Gostaria de provar o de amendoim com chocolate, por favor. - Deu um sorriso claramente forçado
-Não. Chega de amostras por hoje.
-Por que não? - O sorriso desapareceu
-Porque está abusando das regras da empresa.
-Onde está o marinheiro? - Se referiu a Steve
-Ele não pode ajudar. Está ocupado.
-Ocupado com o quê?
-Espionagem.
-Está vendo algo? - Dustin perguntava ao rapaz que estava com o binóculo
-Não sei bem o que estou procurando.
-Russos maus.
-Exato. Não sei a aparência de um russo mau.
-Alto, loiro, não sorri. Procure também por fones de ouvido, camuflagem e malas.
-Certo, malas. - Começou a olhar novamente - Está de brincadeira. - Exclamou baixo como se tivesse descoberto algo importante
-O quê?
-A Anna Jacobi está com o imbecil do Mark Lewinsky.
-Se concentre ou me dê o binóculo.
-Jesus, o que houve com os padrões? O Lewinsky nunca saiu do banco.
-Você é o pior espião da história, sabia? - Começou a puxar o objeto
-Pare. Ei, pare.
-Me dê isso. - Pegou-o e começou a olhar pelo shopping com o mesmo - Não entendo por que está vendo meninas. Tem uma perfeita na sua frente.
-Sério, se falar "Lizze" de novo...
-Lizze.
-Não.
-Lizze. Lizze. Lizze. Lizze. Lizze.
-Pare. Não.
-Lizze.
-Não.
-Lizze.
-Não.
-Lizze.
-Não. Nós não daríamos certo. Não estamos nem perto de dar certo. E ela não faz meu tipo. - O cacheado o olhou debochado
-Qual seu tipo, então? Não ser incrível?
-Obrigado. Pra sua informação, ela só sai de casa para vir aqui. E é estranha. É estranha e ameaçadora. Não gosto que seja ameaçadora. E Hopper quase me matou ontem à noite. Isso não é legal. Nunca teve contato social? Não.
-Por que Hopper quase te matou?
-Não é o ponto. - Dustin arregalou os olhos
-Beijou ela na frente dele?
-O quê? Claro que não. Não nos beijamos desde o dia do seu baile.
-Dúvido.
-Já disse, ela é estranha e ameaçadora.
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𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐈𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐋 - 𝐒𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐢𝐧𝐠𝐬
Hayran Kurgu𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐈𝐍 𝐇𝐄𝐋𝐋 || sangue no inferno 1. Cinco segundos é o tempo necessário para mudar totalmente o seu rumo. 2. Cinco segundos foi o tempo necessário para a garota russa sair de um inferno para um outro ainda pior. 3. E em cinco segundos...