Chapter 9

27 2 0
                                    

The clash part 1

Instituto Xavier Para Jovens Superdotados

Estavam às cegas. Duas de seus colegas de equipe haviam desaparecido, Xavier estava em um estado de coma e o cerebro não estava funcionando. Este foi o estado em que Hank Mccoy encontrou o Instituto quando retornou a pedido de Scott. Ele geralmente saberia o que fazer em situações como essa.

— Francamente, Scott, eu... Não sei o que posso fazer pelo Charles. Essa situação... É perigosa. O cerebro é fácil de consertar, eu projetei, mas sem alguém que o opere... A Jean não pode fazer isso? — Olhou para a ruiva, que pareceu se assustar com a indicação.

— Eu? Mas... O cerebro requer um nível altíssimo de controle, se acontecer qualquer coisa eu posso...

— Explodir a cabeça de todo mundo. — Scott explicou. — Melhor não arriscar.

Ela assintiu. Embora estivesse no final de seu treinamento, era responsável o suficiente para compreender que nada poderia custar a vida de outras pessoas. Nem mesmo uma pequena tentativa de localizar suas amigas.

Jean mordeu o lábio inferior, tentando conter a inquietação que crescia dentro de si, olhou através do vidro da janela do escritório, notando os estudantes jogando basquete na quadra. Resolveu deixá-los conversando para ir ver seu professor na enfermaria.

Ele estava como da última vez que o viu. Dormindo com os olhos abertos, os pensamentos nublados e sem cor. Jean deixou escapar uma lágrima mas a afastou rapidamente, envolta em uma injeção subta de coragem ela se dirigiu a sala do cerebro. A porta se abriu ao reconhecer sua biometria lhe dando acesso livre. Era a primeira vez que tentaria aquilo sozinha. Ela respirou fundo ignorando tudo ao seu redor, então pós o capacete que a ligaria a máquina.

Scott havia acabado de descer para o hangar inferior e ao ver a porta da sala se fechando com Jean dentro correu para impedir que a ruiva fizesse o que tinha em mente. Entretanto a porta se trancou antes que ele pudesse entrar. E quando abriu automaticamente, lhe dando passagem, ele correu para socorrer sua namorada.

— Jean, você tá legal?

— Eu tô... Encontrei as meninas. A gente precisa reunir os X-Men urgentemente.

Nova York, Ilha da Liberdade

Se pudesse escolher ter um super poder, qual seria? A idéia parece incrível na mente de uma criança de cinco ou seis anos, até que se passa mais algum tempo, e se descobre que de fato se pode ter super poderes. Algo que os gebeticistas chamam de evolução. Ela mantém a sobrevivência das espécies, tornando-as mais fortes, condedendo-lhes... Qual é a palavra? Superioridade.

Erik Lehnsherr, por anos acreditou que de fato poderia haver coexistência, uma vez que humanos e mutantes eram igualmente racionais, poderiam chegar a um consenso. Infelizmente graças a esse pensamento, irmãos e irmãs mutantes morreram diante de seus olhos, e com eles a mínima porcentagem de fé que ainda tinha nos seres humanos. Um não poderia viver se houvesse o outro, ele dizia. Mas agora, finalmente todos os seus problemas haviam acabado.

Ele desfilava imponente pela grande ponte que os levaria à torre da liberdade, onde Mística e a irmandade de mutantes já deveriam estar a postos. Aquela seria a noite em que mudaria a história da humanidade para sempre e tudo o que precisava era de um mutante.

Tudo perfeitamente arquitetado, após o atentado no Havaí, que havia servido ao seu propósito, tudo o que precisava era utilizar Gambit para atrair a mutante de que precisava.

— Está tudo pronto, Magneto. — Garantiu Mística, recebendo como resposta um aceno do homem, e inconformada, ela segurou o braço do mesmo, interrompendo seu percurso. — Antes de começar, preciso saber se a Anna vai ficar bem.

— O processo será indolor, Mística...

— Você sequer testou essa coisa! — Reclamou. — Se algo acontecer com ela...

— Terá sido uma morte gloriosa, a salvação vicaria de todos os mutantes.

— Eu não estou brincando, Erik!

Ele a olhou sério.

— E eu também não. Agora vamos logo com isso. Não queremos que os X-Men estraguem a nossa festinha.

Como uma resposta às palavras do mestre do Magnetismo, o jato negro cortou o céu de Manhattan sem sequer ser notado. Aquela era a única vantagem de uma batalha sem a luz do dia, a menos o treinamento havia previsto situações semelhantes, ainda que não tivessem o apoio telepático de Xavier.

— A equipe se dividirá dois grupos. — Scott avisou aos demais. — Destrutor, Homem de Gelo e Polaris, encontrarão o Magneto, mantenham ele longe da tocha. Nós vamos tirar a Kitty e a Vampira de lá e nos encontramos com vocês na linha de frente.

— Entendido. — Alex respirou fundo. — Isso vai ser mais difícil do que eu pensava.

— E quando não foi? — Respondeu o Homem de gelo, construir um tobogã para a saída da equipe, então tornou a olhar para o loiro. — Damas primeiro.

Alex balbuciou uma resposta silenciosa, mas preferiu deixar aquela idiotice de lado, afinal ainda tinham um mundo para salvar. Fosse o que Magneto estava planejando, não poderiam permitir que obtivesse êxito.

Lorna foi a última a chegar ao chão, com o auxílio de uma espécie de escudo magnético que se projetava ao seu redor, o que afastou automaticamente Colossus, que tentou atacar o trio.

— É meio injusto a outra equipe ter um cara de metal, não? — Reclamou Bobby, recebendo como resposta um sorriso malicioso e companheira de equipe. Ela estendeu a mão em direção ao gigante de metal o arremessando para longe do campo de batalha.

— Não é mais.

— Boa. — Comentou o Destrutor, porém foram surprreendidos por mais um exército de acólitos do Magneto. — Só faltam mais vinte.

Scott avistou o confronto de cima e resoirou fundo, tentando manter o foco. Vampira estava na tocha, presa a uma espécie de máquina, que eles não fazia idéia do objetivo, senão que precisavam urgentemente tirá-la de lá. Jean estava fazendo uma varredura psíquica em busca de algum sinal de Kitty e Gambit, o que de fato ela encontrou, afinal não havia treinado anos com Xavier a toa.

— Estão no interior da estátua. — Informou a ruiva. — Tem mais alguém lá.

— Sempre tem. — Scott Suspirou, deixando o jato pousar de forma brusca na água.

— Faltou a aula de pilotagem né?! — Brincou Fera.

— Foi mal.

Um raio cortou o céu, deixando os Acólitos em alerta. Magneto revirou os olhos, enquanto ajustava algo na máquina.

— Eles estão aqui. — Informou Dentes de Sabre.

— E porquê diabos ainda estão vivos? Acabem com eles. — Ordenou o mestre do Magnetismo, fazendo com que seus subordinados se apressassem ele olhou para Mística, que estava logo atrás. — Temos de nos apressar.

A mulher assintiu, ligando então o dispositivo. Erik se aproximou de Vampira, que estava presa a máquina.

— Vocês são doentes! — Esbravejou a jovem. — Qual o sentido de toda essa loucura?

— Eu irei explicar, à sua débil inteligência. — Riu Magneto. — Por anos os mutantes tem sido marginalizados, sujeitados pelos inferiores, escravos da ralé... Digamos que você será minha arma para virar esse jogo.

— Que nobre! — Ela debochou. — Quer uma paróquia com o seu nome também? São Erik, o libertador dos oprimidos.

— Não sou chegado a bajulações, e de qualquer forma... Você não estará viva para Isso.

The Evolution Continues | X-menOnde histórias criam vida. Descubra agora