Chapter 13

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Proteus

Ilha Muir, Escócia...

Haviam chegado com o Sol. A Ilha estava como sempre, silenciosa e pacífica. Não era grande. Apenas havia espaço suficiente para um laboratório de pesquisa da CIA, mas por alguma razão estranha, Xavier tinha livre acesso ao local. Na verdade, por alguma razão estranha ele tinha livre acesso a qualquer lugar e aquilo não só intimidava as outras pessoas como fazia com que questionasse se de fato os humanos não estavam certos em temê-lo.

Uma mulher que aparentava ser apenas alguns anos mais jovem que Charles os cumprimentou na pista de pouso, sem deixar de pontuar o quanto estava surpresa com a visita dos X-Men.

— Acredite, Moira, nós não viríamos a menos que fosse importante. — Lembrou o professor, finalmente se lembrando de que mais cinco de seus pupilos o haviam acompanhado naquela viagem. — X-Men, quero que conheça a Dra. Moira Mactaggert, uma antiga amiga minha.

Os mais novos acenaram para mulher que apenas mostrou um sorriso nervoso.

— Sei o nome de vocês... — Então virou-se novamente para Xavier. — Charles, eu acho que talvez não seja um bom momento para...

— Na verdade, o momento é péssimo. — Afirmou o professor. — Por isso estamos aqui. Eu pensei que pudesse me dar uma luz sobre a amostra que te pedi para analisar.

Ela suspirou e juntou as mãos para trás do corpo, assistiu e cochichou algo no comunicador.

— Certo... Vamos para o laboratório.

Eles seguiram em silêncio. Haviam pego Kurt e Ororo a caminho da Escócia e Fera, que por sua vez tudo o que queria era uma carona rápida para Washington D.C, mas acabou sendo convencido a seguir viagem com os demais. Charles estava apreensivo, ele sabia que havia algo estranho com o ambiente antes mesmo de aterrissarem na ilha, assim como também sabia, que ele não era o único que havia notado.

Jean Grey deu um passo atrás, enquanto os outros seguiam na direção do laboratório. Definitivamente havia algo estranho om aquele lugar. Uma voz gritava insistente em sua cabeça, algo como um sinal de alerta dizia que provavelmente deveriam ir para longe dalí, e mesmo que todos pudessem ignorar isso, ela iria descobrir o que era.

Havia uma escada no sentido contrário do corredor em que seus amigos seguiram e aparentemente a tal voz vinha de lá. Jean resolveu segui-la até um segundo hall, onde haviam diversas portas. A maioria apenas encostada. Parecia um dormitório, como o que tinham no Instituto, entretanto a voz a chamou até a última porta da parede do fundo. Eu vejo você. Dizia a voz fraca que parecia ser de uma criança. Jean estreitou os olhos e ao encostar a mão na maçaneta sua mente foi bombardeada por inúmeras imagens. Eram confusas demais para dicernir e o zumbido lhe deu uma grande dor de cabeça, fazendo o que soltasse a tranca, no exato momento em que um jovem vestindo um jaleco a abordou. Deveria ser um dos pesquisadores, tinha olhos vermelhos, provavelmente uma lente.

— Moça, está tudo bem? — Indagou ele.

— Está eu só... Acho que me perdi do pessoal. — Mostrou um sorriso cínico.

— Eu posso te mostrar o caminho se quiser.

— Ah, não precisa! Eu acho o caminho.

Ela se afastou, mas o jovem segurou pelo braço. Seus olhos agora estavam brilhosos e havia um sorriso diabólico em seus lábios.

— Oh, o que é isso? Eu insisto! — Ele riu e gesticulou com a mão jogando-a com força contra a parede. Jean caiu no chão um pouco atordoada. Okay... Aquela era pra ser uma missão excursiva, mas que merda estava acontecendo alí.

Então como se tudo a sua volta estivesse se derretendo, as paredes se moveram, tirando-lhe totalmente o senso de localização. Droga! Jean se levantou, sentindo uma leve vertigem.

Distraídos com toda a situação, os demais sequer notariam sua ausência, afinal tal era a gravidade com o problema da tal Cura Mutante. Moira os levou ao laboratório, onde um homem ruivo operava os computadores. O recinto cheirava a tabaco, o que fez com que Tempestade e os outros torcessem o nariz. Scott apenas ignorou. Estava acostumado com pessoas que não se importavam com uma tuberculose ou coisa parecida.

— E vocês devem ser os X-Men. — Ele os observou com um sorriso animado, cumprimentando a cada um com um aperto de mãos. — Sou Sean Cassidy. É um prazer finalmente conhecê-los pessoalmente.

Charles o olhou um pouco receoso, mas sem demonstrar.

— O prazer é nosso... Mas receio não termos muito tempo a perder. Magneto colocou uma arma e nossa cabeça e estou um tanto preocupado com a história da cura.

— Cura? — Indagou confuso. Seus olhos vaguearam pela sala até encontrar a expressão aflita no rosto de Moira. — Oh, a amostra que nos enviou... — Ele andou até a geladeira com alguns tubos de ensaio, e pegou um frasco que estava fechado. — Bom, quanto ao lance de eliminar o gene x, você não precisa se preocupar. Essa coisa não cura nem gripe.

Charles ficou boquiaberto com aquela resposta. Por que razão do inferno, estavam investindo em uma vacina que não tinha efeito algum? A menos que houvesse algum efeito.

— Espere, se essa coisa não é uma vacina... — Tempestade tomou o discurso. — Então o que ela é?

Sean deu de ombros, não parecendo muito preocupado. Mas antes que pudesse dar alguma resposta um estrondo se ouviu vindo do andar de baixo. Moira os encarou preocupada.

— Eu disse que a hora não era boa...

— O que está acontecendo? — Xavier a encarou e só então percebeu que Jean Grey não estava com eles. — Scott, Jean não estava com você?

— Ela estava bem... — Ele olhou para trás. — Aqui.

— Sean, acesse as câmeras do dormitório. — Moira pediu, enquanto pegava uma pistola com tranquilizante.

— Estão desativadas. Não consigo ver nada lá.

— Droga! — Exclamou irritada. Charles apenas se aproximou ainda um pouco confuso. Poderia apenas invadir a mente dela e descobrir o que estava havendo mas havia jurado que não o faria. — Tranque as saídas.

— Wow! — Scott exclamou. — Quer dizer com a gente dentro?

— Escute, precisam confiar em mim, certo? Sua amiga provavelmente liberou algo que não deveria e eu não posso deixar que saia daqui.

— Moira? — Xavier segurou a mão da amiga, que o olhou atônita. — O que está acontecendo? O que tem lá embaixo?

O estrondo tornou-se ainda mais forte e algo atravessou o chão, separando-os imediatamente e fazendo com que caíssem. Um ser de energia psíquica flutuou através dos destroços e os encarou a todos, mas seu olhar e fúria se direcionaram especialmente para Moira.

— Oi, Mamãe!

The Evolution Continues | X-menOnde histórias criam vida. Descubra agora