O5 | Nem se voce fosse o último homem na terra!

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— Larissa! — Chamei a mesma, que me olhou e depois virou a cara fingindo que não tinha me visto! Qual è o problema dessa garota!?

Ela começa a andar mais rápido com seu cachorrinho me obrigando a correr até ela, a mesma começa a correr também, junto com seu cachorro.
Eu não tava mais entendendo nada! Porque essa doida tá correndo de mim!?
Alcanço ela e seguro seu braço.

— Tabom! Moço! Não precisa mais vim me cobrar! Eu já disse que quem comprou foi meu...— Ela para de falar quando olha pra mim, enquanto eu encarava ela confuso. — Oxi! Solta meu braço seu louco! — Ela diz tirando seu braço.

— Louca è você! Porque tá correndo de mim! — Pergunto e a mesma revira os olhos.

— Primeiro eu não havia enxergado direito! Achei que fosse outra pessoa...— Ela diz olhando para os lados, meio sem graça — E mesmo se eu tivesse te enxergado! Teria corrido! Já basta ter que ver essa sua cara na escola, agora na rua também! È muita tortura! — Ela diz cruzando os braços me fazendo sorrir, ela seria uma perfeita namora de mentira! — Vai falar o que quer! Ou vai ficar me encarando!? — Ela diz estalando seu dedo na frente do meu rosto, me trazendo para realidade.

— Bom parece que somos vizinhos! — Digo me lembrando aonde era a casa dela, e a mesma começou a rir.

— Aiai até parece que você iria vir morar num fim de mundo desses! — Ela diz rindo sem humor e depois começa a caminha com seu cachorro novamente.

— E qual è o problema daqui! Aparenta ser um ótimo bairro! — Digo caminhando ao lado dela, que faz uma careta pra mim.

— Qualquer lugar durante o dia parece perfeito! Vai por mim! Não ande com celular a noite na rua! — Ela diz me fazendo rir.

— Não devemos andar com o celular a noite em nenhum lugar! — Digo e a mesma para e fica sèria.

— Eu não to brincando Matheus! Não é bom andar sozinho aqui a noite, nem se você for o maior cabra macho de todos! — Ela diz me fazendo soltar um riso leve. — Ah vai se lascar! Não sei nem porque me preocupo! — Ela diz voltando a caminhar.

— Em todo lugar è assim Lari! — Digo rindo, a mesma me encara por ter chamado ela de Lari.

— Desde quando eu deixei você me chamar assim? — Ela pergunta cruzando os braços.

— Deixa de drama Marrentinha! E vem cá! Porque quero te falar uma coisa — Digo passando meus braços no ombro dela, já que tínhamos uma diferença de altura, ela è  bem baixinha.

— Opa, Opa, Opa Mauricinho! Tira essas mãozinhas de príncipe do meu ombro! — Ela diz se afastando, è vai ser mais difícil do que eu pensava — Agora diga! — Ela diz voltando a sua caminhada.

— Digamos que eu preciso da sua ajuda! — Digo tentando pensar nas palavras corretas.

— Não vou te ajudar a ficar com alguma garota se è isso que você quer! — Ela diz me fazendo encarar ela confuso.

— Eu não preciso da sua ajuda para ficar com alguém, eu consigo todas as garotas que eu quero! — Digo convencido e a mesma me olha com desgosto e revira seus olhos.

— Galinha...— Ela murmura.

— Mas è sério! Eu preciso muito da sua ajuda! — Digo vendo que nos ja estávamos se aproximando da rua de casa, eu seria vizinho de rua dela, já que a casa dela è no início e a minha è lá no final.

— Porque você precisa especificamente da MINHA ajuda? — Ela pergunta impaciente.

— Porque você è literalmente a única que pode me ajudar! — Digo para ela, que parou em frente a sua casa me encarando. — Por favor! Apenas me escuta então! Não precisa aceitar a ajuda agora! — Suplico e a mesma revira os olhos.

— Tá!...— Ela diz me encarando — Só vou colocar meu cachorro lá dentro e tirar a coleira dele! — Ela diz entrando dentro de casa e fechando a porta.

Ela não vai voltar...— Pensei

Fiquei esperando uns 30 minutos, até ver que realmente ela não ia voltar! Como pode um ser humano ser tão chata e imatura como ela!?
Tinha que ser a Larissa! Ela transforma as pequenas gotas de água, em uma grande tempestade no copo! Pensava enquanto caminhava de volta para casa, até escutar a porta sendo aberta, viro para trás, vendo a mesma saindo de casa, ela caminhou um pouco até mim, por conta da distância, já que eu estava indo embora.

— Eu jurava que você não viria! — Digo encarando ela, que me olha com tédio.

— Mas eu não ia mesmo! Só que a curiosidade falou mais alto! — Ela diz cruzando os braços, mantendo sua posição durona, me lembrando daquele dia, que eu a vi com sua guarda abaixada, parecendo tão vulnerável. È eu preferia a Larissa chatona! — Lá na frente tem uma praça de alimentação, se você quer falar comigo, vamos para lá! Quero comer algo. — Ela diz indo em direção à praça de alimentação.

Caminhamos um pouco até chegar lá, chegamos e eu me sentei na mesa, e ela fez o pedido.

— Boa tarde seu Zè! Quero um combo, hambúrguer, batata frita e um milkshake! Mas o milkshake você pode trazer depois tá? — Ela diz, e o senhor concorda, logo me encarando.

— Vou querer um milkshake, mas trás apenas quando for trazer o dela! — Digo e ele concorda e depois se retira — Mal educada! Nem perguntou se eu iria querer algo! — Digo provocando ela.

— Aí me poupe né Mauricinho! Não tem mais boca pra falar não? Você pediu! Eu não preciso pergunta! Se quer è só pedir! — Ela diz me fazendo rir. — Vai logo ! Fala o que você quer! — Ela diz impaciente.

— Digamos que ultimamente eu estou tendo alguns problemas familiares — Digo e a mesma olha para os lados, como se tivesse desconfortável — Sempre tive na realidade, mas a situação atual está muito fora de questão! Meus pais não aceitam minhas decisões e ... — Eu estava falando até ela me interromper.

— Olha se for sobre sexualidade! Eu te passo o número do Henrique! Vai por mim! Ele vai te falar o maior discurso inspirador! E vai fazer você ter toda a coragem do mundo! E até ceder a própria casa se você for expulso! — Ela diz com uma seriedade, me deixando estático.

— Eu sou hétero! — Digo como se fosse óbvio para ela.

— Ah foi mal! È que esses dias você estava tão unido com o João que achei que tava rolando algo! — Ela diz com um sorriso provocador, ela gosta desse jogo de provocação.

— Se quiser posso te provar que gosto da outra fruta! — Digo sorrindo desafiador para ela, e a mesma fecha cara. 1 ponto pra mim!

Nem se você fosse o último homem na terra! — Ela joga seu veneno me fazendo sorrir ainda mais.

— E é por esse exato motivo, que você é a pessoa mais qualificada para me ajudar! — Digo e ela me olha confuso.

— Qualificada para quê?! — Ela pergunta.

— Para ser minha namorada de mentira! —

A namorada (de mentira)Onde histórias criam vida. Descubra agora