capítulo catorze

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A luz do dia invadiu o quarto de Mew Suppasit de forma que foi inevitável não despertar. Era de manhã cedinho e ele tinha que estar no hospital de volta à sua rotina depois de um período de férias.

Cada momento da noite anterior estava gravado dentro de sua mente. Gulf havia dormido ao seu lado como um bebê e ele sorriu bobo por se lembrar de que a mão do jovem estava pousada sobre seu peito, no lado de seu coração.

Sua respiração fica pesada depois que observa o lado oposto da cama vazio.

- Gulf? - Ele chama, com os olhos arregalados.

Ao se levantar, caminhou pela casa procurando o jovem e enfim o encontrou na cozinha, com uma mesa quase pronta de café da manhã.

- Ah! Você acordou! Desculpa mexer nas suas coisas, ontem foi tão legal comigo, queria responder à altura. - Gulf começou a falar sem parar e quando deu uma pausa, sorriu. - Bom dia, P'Mew!

Mew não parava de sorrir como um bobo. Seus olhos viajavam pela face de Gulf, especialmente nos seus lábios. Engoliu seco.

- Obrigado, Gulf! Você é incrível. - O jovem tímido entregou a ele uma caneca de café com leite e suas mãos se tocaram. A eletricidade foi instantânea.

- Não precisa agradecer, eu sabia que você precisava acordar cedo hoje e fazer o seu café, então eu fiz. - Mew sentou na mesa organizada com torradas, cereais e frutas.

- Por favor. - O neurocirurgião pediu, observando Gulf atentamente. - Sente-se, tome café comigo. - O jovem assentiu.

- Claro.

O silêncio permaneceu no ambiente, onde só trocas de olhares e sorrisos aconteciam. Era possível dizer tanto com simples atos?

De repente, Gulf quebrou o silêncio assim que terminou seu café.

- Quando vou ver você de novo? - O coração de Mew acelerou. Ele conseguia sentir o sangue em suas bochechas e orelhas. Era nítido o efeito que Gulf tinha em seu interior.

- Você sabe onde trabalho, pode me visitar, temos o contato um do outro, se quiser vir me ver eu sempre irei te receber. Estou no hospital sempre que possível, mas sábado é meu dia de folga se eu não tiver alguma emergência.

- Se eu aparecer durante a semana para te ver de noite, você vai se incomodar? - Mew riu baixinho.

- Por que quer me ver tanto?

- Por que eu quero ter certeza de uma coisa que eu ainda não tenho.

- E o que seria, Gulf? - Foi a vez do jovem de rir.

- Se eu te dizer não faria sentido. - Mew analisou com cuidado as palavras de Gulf e não as compreendeu, ou pelo menos não quis achar que o fez.

- Eu preciso me arrumar para ir trabalhar, tudo bem? Quer que eu te deixe em sua casa? - Gulf hesitou, mas logo assentiu.

- Sim, eu agradeço. - Mew sorriu e massageou o ombro de Gulf.

- Está tudo bem, me aguarde no sofá da sala de estar, então. - Com um sorriso, Gulf balançou a cabeça.

O jovem organizou tudo do café da manhã, guardando tudo em seu devido lugar e lavando as canecas rapidamente.

Enquanto isso, Mew tomou um banho e em seguida vestiu sua roupa para trabalhar. Ajeitou o cabelo com pouco gel e calçou seu par de sapatos social.

Quando surgiu na sala, Gulf não deixou de observá-lo de um jeito especial, mas logo se levantou do sofá.

- Oi, você está pronto? - Mew assentiu.

say you love me | [MewGulf]Onde histórias criam vida. Descubra agora